“SEREMOS UMA DISTRITAL FORTE E UNIDA, AO SERVIÇO DAS PESSOAS E DOS TERRITÓRIOS”

O 20º Congresso Federativo do Porto do Partido Socialista (PS) decorreu no passado dia 19 de novembro, no Pavilhão Multiusos de Gondomar. A despedida de Manuel Pizarro, a consagração de Eduardo Vítor Rodrigues como líder, até 2024, a participação do secretário-geral do PS, António Costa, e a eleição dos órgãos distritais marcaram esta reunião magna, que contou com a presença de milhares de pessoas, entre as quais representantes da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias, de entidades civis e militares, assim como de inúmeros partidos políticos.

 

O arranque do 20º Congresso Federativo do Porto do Partido Socialista (PS) foi assinalado pelo discurso de despedida de Manuel Pizarro, enquanto líder da distrital portuense do PS, durante o qual recordou os seis anos de trabalho e combates, que deixaram o partido “muito mais forte no distrito e que marcam uma atitude de proximidade com as pessoas, com as instituições e com as autarquias, que é a chave para o nosso sucesso”. “Estou certo de que vamos continuar assim, próximos, solidários e combativos, a favor dos cidadãos e do distrito”, afirmou.

Posteriormente, decorreram inúmeras intervenções de figuras socialistas de relevo, a nível regional e nacional, com destaque para João Paulo Correia, Tiago Barbosa Ribeiro, Marco Martins e Patrocínio Azevedo, presidente da Concelhia de Gaia do PS, que aproveitou a ocasião para congratular Eduardo Vítor Rodrigues por “ter aceitado este desafio”. Asseverando que o líder da Federação Distrital do Porto do PS, também presidente da Câmara Municipal de Gaia e da Área Metropolitana do Porto (AMP), é um homem de causas que, “pela sua forma de estar, pela sua dedicação, empenho e trabalho fez com que Gaia fosse, hoje, uma referência”. “O Eduardo Vítor Rodrigues é um exemplo de autarca, que é reconhecido dentro de Gaia, e a prova disso foram as vitórias de 2013, 2017 e 2021, mas, sobretudo, é reconhecido no país, pelo trabalho que faz, a pensar no seu território e no bem-estar das suas pessoas”, sustentou.

Durante esta reunião magna dos socialistas, decorreu a eleição dos órgãos federativos do Porto do Partido Socialista, que teve como vitoriosa a Lista A, liderada por Eduardo Vítor Rodrigues, que, no sufrágio para a Comissão Política Federativa, obteve 417 votos válidos, 42 em branco e foi aprovada com 90,95%. Já para a Comissão Federativa de Jurisdição conseguiu 429 votos, 30 em branco, sendo aprovada com 93,4%, ao passo que para a Comissão Federativa Económica e Financeira reuniu 429 votos válidos, 30 em branco, tendo sido igualmente aprovada com 93,4%. Neste seguimento, também foi aprovada por unanimidade a Moção de Orientação Política “Tod@s Contam”, proposta pelo edil gaiense.

Depois da eleição, que se realizou no passado dia 5 de novembro, no qual reuniu 98% dos votos, Eduardo Vítor Rodrigues viu a sua liderança, à frente dos destinos da Federação Distrital do Porto do PS, para o biénio 2022/2024, ser consagrada neste congresso. “Este é um mandato muito importante, pois apesar de não termos um quadro eleitoral à vista e de termos, aparentemente, dois anos sem eleições, pelo menos de âmbito nacional, temos dois anos, para um trabalho importantíssimo de debate, proximidade e aprofundamento das relações institucionais, enfim, para um trabalho político de profundidade, que, em tempos eleitorais, dificilmente poderia ser feito. Isto deve ser realizado em nome do trabalho político local e regional, mas, também, pelas nossas responsabilidades e pelo Governo do Partido Socialista, liderado pelo nosso António Costa”, sublinhou o também presidente da Câmara Municipal de Gaia e da Área Metropolitana do Porto (AMP), aquando da sua intervenção.

Assegurando que os desafios são múltiplos, o edil enfatizou que “o papel do PS é responder aos problemas de hoje, é certo, mas ser, também, o farol das grandes mudanças”. “Acredito, para isso, no papel decisivo da juventude, por isso, o ano de 2023 vai ser dedicado, pelo PS/Porto, às nossas juventudes. (…) O Partido Socialista, como partido responsável, tem de olhar para a multiplicidade de problemáticas e encontrar uma resposta, que não seja estandardizada, para um conjunto de concretas juventudes”, declarou.

O autarca aproveitou, ainda, a ocasião para tecer duras críticas à oposição, reforçando o apoio “à resistência e ao trabalho do nosso secretário-geral, do nosso primeiro-ministro, pois o seu mote é referência de estabilidade e isso incomoda muita gente, como, aliás, se tem visto”.

Evidenciando que o distrito do Porto e a sua distrital têm o hábito de serem reivindicativos e exigentes, Eduardo Vítor Rodrigues salientou que “reforçaremos, no âmbito distrital, as nossas ligações com as instituições”, revelando que agendarão, “em 2023, um encontro com o Partido Socialista da Galiza, que unirá não apenas a distrital do Porto, mas as distritais da região Norte, num verdadeiro encontro estratégico, para a reflexão desenvolvimentista destas duas regiões irmãs”.

O presidente da Federação Distrital do Porto do PS fez, também, questão de dirigir a palavra a Manuel Pizarro, cujo legado é de “vitórias, é certo, mas que só foi possível devido a um diálogo, abertura e dedicação ao partido e à região”. “Agora, assume novas funções, o país ficou a ganhar, a saúde ganhou um dos seus melhores, como ganhou o nosso distrito, a quem ainda terá muito para dar. O Manuel Pizarro é uma grande suplência de todo o partido, é um líder por excelência e vai ser um grande ministro, mas, mais importante do que isso, será sempre um de nós”, ratificou.

Garantindo que é movido pelo Partido Socialista, o país, as pessoas e a sua felicidade, o edil destacou que “seremos sempre uma distrital forte e unida, ao serviço das pessoas e dos territórios”, realçando que “acredito que temos mesmo uma missão a cumprir no nosso partido, na região e no país, todos e todas em cooperação, com solidariedade e fiéis aos nossos princípios, com sentido humanista e inclusivo, porque tod@s contam mesmo. Eu sou um de vós, por isso também podem contar comigo e comigo contam para o trabalho, para a luta, na defesa do território e das nossas convicções”.

Por conseguinte, foi o secretário-geral do PS, António Costa, quem cessou o 20º Congresso Federativo da Distrital do Porto do Partido Socialista. No início do seu discurso, o líder dos socialistas direcionou as suas palavras a Eduardo Vítor Rodrigues, a quem “eu desejo as maiores felicidades, no mandato que, agora, inicia. O Eduardo Vítor já provou ser um grande autarca, é um grande político e vai, sobretudo e seguramente, prestar ao socialismo do Porto todo o seu saber, competência, militância e vontade, para continuar a fazer do PS do Porto uma grande Federação do Partido Socialista”. Posteriormente, o também primeiro-ministro dirigiu uma última palavra a Manuel Pizarro, pelo trabalho “extraordinário que fez, para construir a unidade e fazer crescer o PS Porto”.

Assumindo que existem enormes desafios que terão de ser enfrentados, fruto da pandemia e da guerra na Ucrânia, António Costa adiantou que “as consequências da guerra traduzem-se na maior crise de inflação que temos desde há 30 anos, por isso, a nossa primeira missão é estar ao lado das famílias e das empresas, para enfrentar esta crise”.

Neste seguimento, o secretário-geral do Partido Socialista admitiu a relevância de “cumprir a agenda progressista e reformista, que deu a maioria absoluta” ao partido, e que o compromisso é cumprir a agenda, que tem diversas frentes de trabalho, “assentes nos dois pilares fundamentais do Estado social: o SNS e a escola pública”. O primeiro-ministro reafirmou, ainda, o compromisso de proteger os rendimentos dos portugueses, atestando aos pensionistas, que não perderão um cêntimo das suas reformas, em 2023.

Reiterando que esta é uma agenda fundamental que será, seguramente, cumprida, o líder dos socialistas terminou o seu discurso frisando que “nós iremos fazer desta, uma legislatura histórica na descentralização e no reforço das competências na saúde, na educação e na ação social, em benefício das portuguesas e dos portugueses”.

No final desta reunião magna dos socialistas, Eduardo Vítor Rodrigues fez, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, um balanço “muito positivo, no que diz respeito às emoções, porque foi um congresso muito animado, mas, ao mesmo tempo, muito emotivo, com momentos muito importantes, com o Manuel Pizarro e as múltiplas palavras de incentivo das pessoas, que se repercutem em maior responsabilidade e temos pela frente dois anos muito importantes, para construirmos o período das eleições. É um grande desafio, mas enfrento-o com muito orgulho”.

Reconhecendo que os resultados obtidos nas eleições aos órgãos federativos foram “absolutamente extraordinários”, o presidente da Federação Distrital do Porto do PS, afiançou que não vai “defraudar as expectativas das pessoas”.

“Orgulho”, “unidade” e “proximidade” foram as palavras mais proferidas pelo edil gaiense, durante o seu discurso, que esclareceu que a distrital é composta por “18 concelhos muito distintos, 18 concelhias muito heterogéneas, portanto a unidade é uma construção e, depois, um sentido de responsabilidade, para aquilo que temos pela frente, agora é trabalhar arduamente. Durante este mandato distrital, não vamos ter eleições autárquicas, mas a melhor preparação, para evitarmos cisões e conflitos é, durante estes dois anos, dialogar, para que tudo corra bem”.

Eduardo Vítor Rodrigues confessou, ainda, estar confiante no espírito de união que se criou e aproveitou a ocasião para deixar “uma mensagem de esperança, num Governo que não abandona o país, nem as pessoas, e que assume, apesar das dificuldades, políticas arrojadas e, agora, cada um fará a sua parte e nós faremos a nossa, com certeza”.