TROFA HOMENAGEOU FORÇAS VIVAS DO CONCELHO PELO COMBATE À COVID-19

A Assembleia Municipal da Trofa assinalou o 47º aniversário do 25 de Abril de 1974, com a concretização de uma sessão solene, que se realizou em formato presencial, no Fórum Trofa XXI e à distância. A iniciativa contemplou o reconhecimento e homenagem às forças vivas do concelho da Trofa que combatem a pandemia e apoiam as vítimas de covid-19.

 

 

A cerimónia comemorativa do 25 de Abril, organizada pela Assembleia Municipal da Trofa, contou com a presença dos membros da Mesa e dos líderes da Assembleia Municipal da Trofa, do presidente da Câmara Municipal, Sérgio Humberto, do vereador da Proteção Civil, Sérgio Araújo, da vereadora da Ação Social, Lina Ramos, e de inúmeras instituições e entidades civis e militares e começou com um momento musical protagonizado pela Orquestra de Ritmos Ligeiros da Trofa.

Isabel Cruz, presidente da Assembleia Municipal da Trofa, revelou, aquando da sessão solene, que “este 25 de Abril, para a Trofa e para a Assembleia Municipal da Trofa, tem um significado muito especial”, acrescentando que “hoje é o momento de estarmos aqui e dizermos a todos, obrigada. Muito obrigada por tudo o que fizeram por todos”.

A iniciativa foi feita sob a forte emoção de reconhecimento e homenagem às forças vivas do concelho da Trofa, pela voz e rosto das pessoas que vivem na linha da frente do combate a pandemia e apoio às vítimas da covid-19.

“É na humildade que nós construímos pontes e conseguimos chegar a todos. E que essa humildade nunca desapareça da força que temos do bem servir. Que saibamos servir o próximo e que o nosso propósito seja o propósito de servir. Quando assim é, 25 de Abril acontece”, ressaltou a presidente da Assembleia Municipal da Trofa aquando da homenagem que contemplou a entrega de um ramo de cravos “que significam a liberdade e que significam o servir o outro, a humildade e o espírito de serviço. E uma agenda da Assembleia Municipal, para assinalar o dia de hoje e é um gesto de coração, de grande gratidão”.

Por conseguinte, Nuno Carvalho, diretor do ACES Santo Tirso/Trofa; Vítor Boucinha, membro do Conselho da Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave; Vítor Correia, membro da Direção do Lar Centro Social e Paroquial de São Mamede do Coronado; João Marques, presidente do Conselho Clínico de Saúde da ACES Santo Tirso/Trofa; Laurinda Martins, em representação do Grupo de Caridade de São Martinho de Covelas; Zélia Reis, em representação dos Lares da Imaculada Conceição e Alfredo Carriço; Júlio Maia, membro da Direção do Lar Padre Joaquim Ribeiro, Centro Social e Paroquial de São Martinho de Bougado; Emília Santos, em representação da Conferência de Vicentinos da Trofa; Daniela Esteves, presidente da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa da Trofa; Lina Ramos, presidente da CPCJ da Trofa e vereadora da Ação Social da Câmara Municipal da Trofa; Paulo Pereira, comandante da Guarda Nacional Republicana; Luís Elias, presidente dos Bombeiros Voluntários da Trofa; David Macedo, coordenador municipal da Proteção Civil; Pedro Carvalho, chefe da divisão da Polícia Municipal e Proteção Civil; Sérgio Araújo, vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal da Trofa; e Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, foram os homenageados, uma consagração que Isabel Cruz enalteceu que se alarga a todos os elementos constituintes das entidades civis e militares, tal como das instituições que representam.

As intervenções políticas iniciaram com o discurso de Paulo Queirós, representante da CDU, que afirmou que “as comemorações da Revolução de Abril, no ano em que se assinalam os 45 anos da constituição da república, devem ser um momento para afirmar o poder local e o que ele representa de espaço de realização, de direitos e aspirações populares”, referindo que celebrar Abril é, também, “fazer uma afirmação de confiança no futuro, mostrar que a vida pode e deve prosseguir, criando todas as condições de prevenção e proteção”.

Posteriormente, Hélder Reis, representante do CDS, destacou que “os últimos tempos foram pródigos em dar-nos razões para verificarmos, hoje, os alicerces da nossa sociedade, da nossa dita democracia de Abril”, asseverando que “estes novos tempos trouxeram-nos uma palavra nova: pandemia” e, nesse seguimento, “tem sido um ano duro, angustiante, frustrante, solitário. Muitos perderam a vida, outros tantos escaparam com sequelas graves, que os seguirão para sempre”, mas “a sociedade civil uniu-se, para que todos tenham o essencial às suas vidas”.

Por seu turno, Luís Calmeirão, líder do PS na Assembleia Municipal da Trofa, sublinhou que “a pandemia que atravessamos cortou-nos liberdades, transitoriamente, assim o esperamos e desejamos, e, também, nos fez compreender que, afinal, o essencial está tão perto. O essencial está no esforço e dedicação de uma corporação de bombeiros, o essencial está no trabalho dos corpos de segurança, o essencial está nos médicos, enfermeiros e auxiliares, o essencial está nas inúmeras instituições de solidariedade social das mais diversas índoles e que são, antes de tudo, mais fruto da sua vontade livre. Foram e são estas instituições que, enquanto comunidade, nos salvam e nos fazem resistir, nos fazem confiar que podemos ser melhores e viver dias melhores. São estas instituições, os seus promotores, os seus dirigentes, a sua vontade que fazem com que o 25 de Abril não seja uma data. São estas pessoas que fazem com que o 25 de Abril seja o desejo de uma sociedade mais justa, mais livre, mais fraterna, onde todos caibam na sua diversidade. São estas pessoas que fazem com que o 25 de Abril não seja uma data, mas, sim, um estado de consciência”.

Já Alberto Fonseca, líder do PSD na Assembleia Municipal e deputado na Assembleia da República, mencionou que “foram muitos os que estiveram na linha da frente e que agora, mais do que nunca, viram o seu papel ser devidamente reconhecido”. Para o deputado, “a pandemia trouxe, sem dúvida, muitas coisas más às nossas vidas, mas, também, há que reconhecer que trouxe algumas coisas boas. A pandemia fez emergir o melhor do ser humano, a solidariedade, a compreensão e o respeito pelo próximo”, por isso “que esta pandemia, pelo menos, tenha a virtude de nos tornar melhores seres humanos”.

Por fim, foi Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, quem interveio na cerimónia comemorativa do 25 de Abril e de homenagem às forças vivas e de segurança do concelho que combatem, diariamente, a covid-19.

“Esta pandemia cortou-nos liberdade. Esta pandemia, espero eu, que também nos traga muitos, muitos ensinamentos e espero que possamos aprender com aquilo que nós estamos a viver e que possamos ser todos melhores e menos individualistas, menos materialistas e muito mais altruístas em função do bem comum”, salientou o autarca, garantindo que “nós queremos atingir a imunidade de grupo o mais rápido possível. Mas, a seguir a isto, nós temos as moratórias a terminar em setembro e quando acabarem as moratórias vem aí, para mim, verdadeiramente, o maior problema, que é da classe média”.

O edil aproveitou, ainda, a ocasião para declarar que “nós temos uma sociedade trofense brutal e eu tenho o maior orgulho de representar o município da Trofa”, assegurando que “na Trofa nós aprendemos uma coisa, é tudo muito difícil de conquistar. Na Trofa nada é impossível. Na Trofa, quando as coisas são conquistadas com garra, tal e qual foi a vila, a cidade e a autonomia administrativa, tudo aquilo que nós temos ganho tem outro sabor e a Trofa tem isto, tem homens e mulheres que valem muito”.

“Nós todos, juntos, unidos, claramente somos mais fortes e quando isso acontece nós ganhamos a batalha”, assegurou o presidente da Câmara Municipal da Trofa, evidenciando que “muito mais importante do que a obra infraestrutural é a obra imaterial e a obra humana. Na Trofa, ninguém passará fome, só se quiser, porque nós temos um dos melhores movimentos associativos de cariz social articulado de que há memória e eu tenho um enorme orgulho daquilo que está a acontecer e, portanto, aqui não vai haver um saco com fundo, porque ninguém vai passar fome. Agora, vamos ter um problema, a classe média que, pela primeira vez, vai passar necessidades e, aqui, temos de estar juntos, próximos, atentos e fazer chegar essa informação, para nós podermos ajudar essas pessoas”.