UM GESTO DE AMOR À CASA DOS ROTÁRIOS DA ALDEIA CRIANÇAS SOS DE GULPILHARES

Chá de Coração foi o nome da iniciativa promovida pelo Rotary Club de Vila Nova de Gaia, em parceria com a Casa da Amizade, que decorreu no The Yeatman e cujas receitas reverteram a favor da Casa dos Rotários, gerida pela Aldeia Crianças SOS de Gulpilhares. Este evento contou com a participação de 90 pessoas e contemplou, para além de um momento dançante, uma tertúlia com Odete Costa, presidente e fundadora do Movimento Lírio Azul, Rosa Zulmira Macedo, diretora do Serviço de Ginecologia do Centro Materno-Infantil do Norte do Centro Hospitalar do Porto, Joana Mourão, médica assistente sénior na Especialidade de Anestesia no Centro Hospitalar Universitário de São João.

 

 

O The Yeatman acolheu, no passado dia 8 de março, data em que se assinalou o Dia Internacional da Mulher, o Chá de Coração, promovido pelo Rotary Club de Vila Nova de Gaia, em parceria com a Casa da Amizade. Esta iniciativa solidária contou com a participação de 90 pessoas e as receitas angariadas reverteram a favor da Casa dos Rotários, gerida pela Aldeia Crianças SOS de Gulpilhares.

Após a atuação da Tuna Feminina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Filomena Frazão de Aguiar, presidente do Rotary Club de Vila Nova de Gaia, deu as boas-vindas aos participantes, reforçando que “já há longos anos que nós apoiamos a nossa Casa dos Rotários na Aldeia SOS das Crianças e então resolvemos ajudar a melhorar o interior da casa e para isso fizemos este ano este chá, que vai reverter na totalidade para a obra que queremos lá fazer”.

Posteriormente, o Grupo Fúria, liderado pelos bailarinos Dasha & Aleks, encantou os presentes neste evento solidário, antecedendo a tertúlia, moderada pelo past-governador Sérgio Almeida, que contou com a participação de Odete Costa, presidente e fundadora do Movimento Lírio Azul, Rosa Zulmira Macedo, diretora do Serviço de Ginecologia do Centro Materno-Infantil do Norte do Centro Hospitalar do Porto, Joana Mourão, médica assistente sénior na Especialidade de Anestesia no Centro Hospitalar Universitário de São João.

Na ocasião, o moderador afirmou que “porque é que é importante celebrarmos este dia, mas celebrarmos, sobretudo, todos os dias o Dia da Mulher, porque há países e há zonas no planeta, no mundo que anda virado de pernas para o ar, como todos sabemos, onde infelizmente os direitos essenciais e básicos das mulheres são todos os dias colocados em causa. O Rotary tem lutado contra tudo isso e tem essa missão por todo o mundo”.

Falando sobre o papel da mulher na sociedade e no mundo, Odete Costa ressaltou que “a maior dificuldade que eu acho que as mulheres encontram, eu pessoalmente, não é a nível de discriminação, não é tanto no sentido de falta de oportunidades, mas conciliar a vida familiar como mãe, como avó, como cuidadora. (…) Com a pandemia, mudou-se um pouco as mentalidades e viu-se que, afinal, também podíamos conjugar melhor, ter essa oportunidade de não ser tudo ou nada. E eu, na minha opinião, é mesmo conciliar com qualidade o tempo necessário para a família, com uma vida profissional, associativa e uma vida de causas. Na minha opinião, essa é a minha maior dificuldade. Felizmente, eu tenho uma família compreensível, tenho um marido que me ajuda muito e eu acho que todas as mulheres podem dizer que muito ajuda quem não atrapalha, mas se já nos der uma vida com oportunidade para nós exercemos aquilo que nós gostámos, acho que já é uma bênção”.

Seguidamente, Rosa Zulmira Macedo sublinhou que “só a palavra mulher já é suficiente para nós sabermos que tem algumas dificuldades em tudo e o nosso papel, eu acho que é exatamente desmontar, e é o que temos feito nestes últimos tempos, desmontar e lutar por um equilíbrio. Não é uma igualdade, porque eu não quero mudar pneus aos carros, nem levantar os grandes móveis. Mas, a igualdade, o equilíbrio, acho que é fundamental na nossa vida e na nossa casa, tentando perceber que nós podemos não estar presentes fisicamente, mas estamos sempre lá. (…) Portanto, eu tento sempre gerir uma coisa que é uma motivação, não só no trabalho como em casa, para fazer, para ajudar e um controlo muito grande de uma coisa que nos ocupa e nos gera muito mal a todos, que é o stress. Gerir stress é muito difícil. Eu tento sempre não ter stress em casa, eu tento gerir stress em vários sítios”.

Por último, Joana Mourão enalteceu que “é um orgulho para mim ser mulher. Eu julgo que, até determinada fase da nossa vida, as mulheres vão penetrando muito facilmente nas faculdades, na universidade e no primeiro internato. A partir daí, começa um obstáculo. A dificuldade de conciliação da vida profissional com a vida familiar impede-nos, muitas vezes, não de tecnicamente atingirmos o que é expectável, mas de às vezes irmos àquele jantar onde se vai decidir quem é que vai chefiar ou não e é aí que começam os nossos primeiros problemas, porque temos que fazer opções e, tendencialmente, opta-se pela família e, outras vezes, se não, tem proporções essa opção. A sociedade está alerta para isso Nós vivemos numa sociedade atenta e felizmente na Europa, onde temos um grande humanismo. (…) As mulheres trazem um know-how diferente dos homens e acho que a junção desta complementaridade é fundamental para em qualquer organização se poder expandir”.

No final do evento, Filomena Frazão de Aguiar homenageou “aquelas que têm estado sempre connosco” com o Diploma do Dia da Mulher, porque “é muito gratificante ter pessoas que realmente compreendem e que aceitam de imediato os meus desafios”.

 

Rádio Audiência
Rádio Audiência
LIVE