A Síndrome de Charles Bonnet carateriza-se pela presença de alucinações visuais simples (linhas, flashes de luz) ou complexas (pessoas, animais) em pessoas com défice visual grave ou cegas.
Estima-se que afete entre 10 a 40 por cento dos adultos que passam por perdas significativas de visão. A valorização dos sintomas junto do médico é essencial para a redução do transtorno emocional causado por esta doença.
Na maior parte das vezes, os doentes relatam alucinações silenciosas e coloridas que envolvem rostos, desenhos e objetos. As pessoas que o doente vê, em geral, são mudas ou não emitem som. Estas alucinações podem durar minutos ou até horas.
O doente geralmente tem consciência que as alucinações não são reais. A causa da doença está relacionada com a ausência de informação visual que chega ao cérebro, o que o leva a criar as suas próprias imagens.
Esta síndrome não pode ser diagnosticada com recurso a exames. A sua deteção depende do reconhecimento dos sintomas junto do médico. O tratamento deve contemplar medicação e acompanhamento psicológico.
A síndrome de Charles Bonnet é um dos temas em discussão no 8º Encontro Internacional Psicogeriátrico que vai decorrer de 2 a 4 de novembro, no Hotel Dom Pedro Golf, em Vilamoura.