Presente em seis ilhas da Região Autónoma dos Açores, a Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo (CEMAH) chegou agora à cidade da Ribeira Grande. Este novo balcão insere-se na política de desenvolvimento da instituição e tem como principais objetivos a proximidade e a avaliação personalizada de cada cliente ou empresa. Alexandre Gaudêncio, presidente da autarquia ribeiragrandense, admitiu ao AUDIÊNCIA que esta era uma excelente forma de “abrir com chave de ouro” mais quatro anos à frente da Câmara Municipal.
A Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo (CEMAH) inaugurou, no passado dia 3 de outubro, um novo balcão na Ribeira Grande, mais precisamente na Rua Nossa Senhora da Conceição, nº 90.
A abertura deste novo balcão resulta de uma política comercial de expansão consolidada, pautada por princípios e valores conservadores e em articulação com a missão de cofinanciamento da relevante obra social da sua instituição, a Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo.
A CEMAH, com presença em seis ilhas açorianas e exercendo exclusivamente nesta região, mantém a sua atividade alicerçada na prestação de serviços financeiros a particulares e empresas, tendo, por isso, um papel fulcral na consolidação do sistema financeiro e na dinamização da economia local e do espaço económico da Região Autónoma dos Açores.
Desta forma, António Maio, presidente do Conselho de Administração da Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo acredita que a inauguração deste novo balcão “revela-se uma expansão comercial fulcral na persecução do principal objetivo de apoio às famílias e empresas regionais”.
“Mais do que nunca, a Caixa pretende continuar a posicionar-se como banca regional, num modelo de negócio que privilegia a banca de proximidade como um elemento diferenciador, quer de uma perspetiva de relevância da oferta desse serviço ao sistema financeiro, quer pela certeza e conservadorismo da tomada de decisão que advém do conhecimento de cada cliente”, afirmou António Maio.
Sendo uma instituição “exclusivamente de cariz regional”, o presidente do Conselho de Administração da CEMAH lembra que os fatores de proximidade e conhecimento local são fundamentais neste negócio, em “estreita obediência com os princípios comumente aceites de uma gestão sã e prudente, em cumprimento escrupuloso das normas e regulamentos” a que estão sujeitos.
“Este conceito de banca de proximidade revela-se basilar, uma vez que a instituição aborda no contexto da sua atividade, a inclusão como abrangência, integração ou inserção de todos os cidadãos no sistema financeiro bancário permitindo assim o seu livre acesso conforme as suas características e necessidades”, acrescenta.
A escolha da cidade da Ribeira Grande também não foi em vão, já que esta é “um importante polo industrial e de exportação dos Açores”, sendo, igualmente, “um dos concelhos da Região com maior desenvolvimento e crescimento nos últimos anos”. Por isso mesmo, António Maio faz um “balanço preliminar de sucesso” deste novo balcão.
“Acreditamos que este balcão será uma mais-valia para a população porque encontrarão neste espaço um atendimento personalizado, próximo e transparente de uma instituição centenária, segura e de confiança, e que se orgulha do seu papel como ator da economia social. É por este longo e meritório percurso de 121 anos que alimentamos a profunda convicção que temos ainda espaço para crescer na Região Autónoma dos Açores, sobretudo na ilha de S. Miguel, indiscutivelmente, o espaço económico regional onde se faz a maior geração de negócio de valor acrescentado”, rematou António Maio.
Também António Barcelos, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, considerou esta inauguração como “um dia especial para a Ribeira Grande e para a Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo”, agradecendo ao presidente do conselho de administração e demais membros, o facto de “terem interpretado bem a vontade da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo para alargar o âmbito territorial de serviço pela causa do desenvolvimento e causa social da Caixa Económica”.
O provedor agradeceu ainda à Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande por terem aceitado o desafio e feito com que “este encontro de vontades” fosse uma realidade. “Estamos no espaço da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, onde funcionou durante 44 anos um estabelecimento comercial. A partir de hoje vai funcionar também um negócio, de natureza diferente, mas com um pendor muito especial porque trata-se de uma Caixa Económica que emana de uma Misericórdia que faz, no próximo ano, 520 anos. Sendo uma pequena instituição financeira do tecido financeiro português é, contudo, uma muito particular instituição financeira, porque é a única que ainda está ligada a uma Misericórdia nos Açores em Portugal”, acrescentou António Barcelos.
Presente no evento esteve também Ricardo Medeiros, Diretor Regional da Direção Regional de Apoio ao Investimento e Competitividade, em representação do Governo Regional, que não deixou de salientar a importância deste novo balcão, em contraciclo com o que acontece a nível nacional.
“Hoje é um dia importante para a Caixa Económica mas também um dia muito importante para todos os empresários que estão sediados no concelho da Ribeira Grande. Assistimos, normalmente, não à abertura de novos balcões mas ao fecho de muitos balcões. Aqui estamos a assistir a uma tarefa muito notável que a Santa Casa, através da Caixa Económica, está a fazer, que é a ampliação da sua rede de balcões. É, sem dúvida, um passo muito importante porque traduz bem aquilo que a Caixa Económica tem em mente e tem feito ao serviço da nossa economia e dos nossos empresários”, afirmou.
Aproveitando a ocasião, Ricardo Medeiros lembrou que a procura de sistemas de incentivos é cada vez maior, nomeadamente do Competir+, que já atingiu quase 700 candidaturas e 300 milhões de euros de investimento. “Numa economia pequena como a nossa, isso traduz a confiança e aposta das nossas empresas e empresários. Através do programa Empreende Jovem tem-nos aparecido muitos jovens empresários e é bom que assim aconteça. Estamos motivados e toda a equipa tem trabalhado para permitir que cada vez mais possamos ser uma ferramenta de apoio às nossas empresas e empresários. E hoje temos aqui, sem dúvida, mais uma ferramenta de apoio a esta atividade com a abertura deste balcão”, reforçou o diretor regional.
Já para Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, este novo balcão traduz bem “a dinâmica que a cidade tem assistido nos últimos anos”. “É uma cidade que está revigorada no seu tecido económico local e esperamos que este novo balcão possa dar um novo alento aos nossos empresários. Acreditamos que sim e, por isso, fomos um dos parceiros ativos para que esta agência ficasse colocada na Ribeira Grande. Quando fomos contactados pelo banco desta possibilidade, fomos incansáveis na procura de soluções de implantação deste local e, por isso mesmo, é com enorme regozijo que assistimos a esta inauguração”, afirmou o autarca ao AUDIÊNCIA.
Recentemente reeleito para mais quatro anos à frente da autarquia ribeiragrandese, Alexandre Gaudêncio acredita que esta é uma forma de “abrir com chave de ouro o novo mandato”. “Significa que estamos a trabalhar e os últimos quatro anos foram prova dessa dinâmica que agora assistimos”, reforçou.