Na posse de dois instrumentos essenciais à sua política hegemónica, os Estados Unidos exploram economias estrangeiras através do FMI e do Banco Mundial, tanto como o maior credor global como o maior devedor nos tempos de hoje, pelo menos até à morte anunciada da dominação do dólar.
O imperialismo está a obter algo em troca de nada, ou seja, utiliza uma estratégia para conseguir excedentes de outros países sem desempenhar um papel produtivo, através da criação de um sistema de saque de rendimentos, geralmente provenientes de bens imobiliários ou da aplicação de capitais.
Tal como no tempo do império romano e outros em que os imperadores obrigavam as províncias e países que governavam ou controlavam ao pagamento de um tributo, também os Estados Unidos o fazem, porém de forma mais sofisticada pelo trabalho dos seus diplomatas que instigam outros países a investir os seus excedentes da balança de pagamentos e as poupanças dos seus bancos centrais em dólares norte americanos, mas especialmente em títulos do Tesouro Público estado unidense, o que transforma o sistema monetário e financeiro global num sistema tributário e ao mesmo tempo paga os custos militares das mais de 800 bases militares norte americanas espalhadas pelo mundo.
Os bancos dos Estados Unidos são possuídos pelos accionistas e detentores dos títulos, os quais nunca deixariam o Chase Manhattan ou o Citibank e mesmo o Wells Fargo perdoarem suas várias categorias de empréstimos, sendo esta a razão pela qual a banca pública é muito mais eficiente ao nível económico do que bancos privados.
Cerca de 12% das companhias norte americanas são consideradas companhias fantasmas, pois já estão insolventes, incapazes de obterem um lucro depois de pagarem seu pesado serviço de dívida, no entanto, os bancos ainda estão a dar-lhes crédito suficiente para permanecerem no negócio, de modo a não terem de ir à bancarrota e criar uma crise.
A ideia base da administração Trump é baixar o valor do dólar, assim reduzindo o custo do trabalho para o patronato, pois a depreciação não reduz custos que tenham um preço comum à escala mundial; há um preço comum regulado para o petróleo no mundo, um preço comum de matérias-primas e um preço quase comum para capital e crédito, logo o principal factor que é desvalorizado quando se pressiona uma divisa para baixo é o preço do trabalho e das condições de trabalho.
Daqui resulta também a política da inaplicabilidade e crescente fragilização de Tratados que procuravam e procuram controlar a poluição global, limitar a corrida armamentista, nomeadamente a proliferação nuclear, contrariar a tendência para a apropriação das tecnologias emergentes para fins militares e de controlo ou repressão social, mas resulta ainda na significativa e crescente tomada de posição dos trabalhadores para a melhoria das condições de trabalho com direitos.