“SER PRESIDENTE DE JUNTA É UMA TAREFA DIFÍCIL, MAS É A MELHOR DO MUNDO”

Depois das obras de requalificação do edifício, a sede da Junta de Freguesia de Olival foi inaugurada, no passado dia 13 maio, com uma sessão solene, que contemplou a homenagem a todos aqueles que assumiram os destinos desta localidade, desde a Revolução dos Cravos. A cerimónia contou com a presença de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, vereadores, autarcas e representantes de entidades civis e militares.

 

A inauguração do edifício requalificado da Junta de Freguesia de Olival aconteceu no passado dia 13 de maio e constituiu um momento marcante para a população e o poder local. Depois das intervenções, sobretudo, ao nível de caixilharias, mobiliário e coberturas, que contaram com um investimento da Câmara Municipal de Gaia, na ordem dos 150 mil euros, a sede da União de Freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma (SOLC) assinalou a abertura das suas portas a toda a comunidade com vários momentos solenes.

Após Manuel Azevedo, presidente da SOLC, e Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, descerrarem a placa evocativa, os vereadores, autarcas e representantes de entidades civis e militares, que se encontravam presentes, foram conduzidos ao Salão Nobre do edifício, onde participaram numa iniciativa simbólica, que iniciou com um momento musical, protagonizado por uma saxofonista da Banda Musical Leverense.

Seguidamente, José Maria Sá e Moura, membro da Assembleia da União de Freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, encetou as intervenções, evocando a história deste edifício. “Quando há mais ou menos 26 anos fizemos uma cerimónia muito parecida com esta, aquando da inauguração desta sede, estava longe de imaginar que, um dia, iria estar, aqui, noutra cerimónia, que acho que é importante, porque rejuvenesceu a Junta”, afirmou o elemento da casa da democracia da SOLC, ressaltando que “estas reparações são fundamentais para o bom desempenho, quer dos funcionários, quer dos próprios órgãos em si”.

Assegurando que é importante recordar todas as pessoas que tiveram um papel muito importante nos órgãos autárquicos e na política em geral, após o 25 de Abril, José Maria Sá e Moura convidou Manuel Azevedo, Eduardo Vítor Rodrigues, e todos os presentes que exerceram o cargo de presidente da Junta de Freguesia de Olival, nomeadamente, António Barbosa, eleito de 1983 a 1998, Fernando Barbosa Pereira, eleito de 1998 a 2005, e Luísa, em representação do marido, Américo Pedrosa, eleito de 1976 a 1983, a descerrarem a placa de homenagem aos autarcas desta edilidade.

Posteriormente, o ex-autarca António Barbosa foi convidado a usar da palavra, em representação dos antigos presidentes da Junta de Olival, tendo aproveitado a ocasião para enfatizar que “faço-o com todo o orgulho e com a certeza do dever cumprido de todos eles. O nome de cada um de nós e o seu simbolismo marcará, para sempre, o trabalho abnegado que fizemos e perdurará para a posterioridade na história da autarquia de Olival. Felicito o executivo da Junta da União de Freguesias pelas obras de reabilitação neste edifício, que muito me orgulha, pois foi construído num dos mandatos em que eu era presidente”.

Por conseguinte, Manuel Azevedo também se dirigiu aos presentes, sublinhando que “esta é uma sessão simples, mas de grande simbolismo e importância para nós”. Evidenciando a importância desta homenagem a todos aqueles que lideraram os destinos de Olival, desde o 25 de Abril de 1974, o edil salientou que “com a colocação deste mural de homenagem, na parede do Salão Nobre da sede da Junta, estamos a perpetuar o nome dos cidadãos que serviram, e servem, a freguesia nas funções de presidente de Junta e neles estamos a distinguir todos aqueles que foram e são autarcas (…) e serviram a freguesia com o máximo de dedicação e empenho, para conseguirem melhorar a nossa terra e a qualidade de vida dos nossos cocidadãos”.

Para o autarca da SOLC, “ser presidente de Junta é uma tarefa difícil, mas é a melhor do mundo, por sermos capazes de servir os outros, termos a possibilidade de darmos continuidade aos projetos que herdamos, quando iniciamos funções e deixarmos, a quem nos sucede, projetos e obras. O desenvolvimento da nossa terra não começa ou acaba connosco, é um processo de continuidade, em que cada um dá o melhor de si no serviço aos outros”.

Garantindo que, hoje, Olival, é uma terra com mais equipamentos e infraestruturas do que em 1974, o edil afiançou que, “daqui a 50 anos, será ainda melhor, graças a muitos homens e mulheres, que dão o melhor de si, em prol da população”.

Na ocasião, Manuel Azevedo não escondeu a ânsia de ver concluídas as reabilitações nos edifícios da Junta de Lever e Crestuma, até ao final do mandato e aproveitou, ainda, a oportunidade para sublinhar que “estas obras foram importantes para quem cá trabalha diariamente e para quem precisa de cá se deslocar”, agradecendo a Eduardo Vítor Rodrigues, pelo apoio financeiro e usufruindo do momento para “fazer-lhe um pequeno pedido. Hoje estamos neste espaço, mas não podemos estar todos, porque, para isso, precisávamos de um apoio para a colocação de um elevador, para este salão ficar acessível a todas as pessoas”.

Por fim, foi o presidente da Câmara Municipal de Gaia quem encerrou as intervenções, asseverando que “os nossos recursos podem ser aproveitados para, por um lado, continuarmos a acarinhar aquilo que é de todos, os nossos edifícios e espaços públicos, jardins e estradas. Por outro lado, olharmos para a realidade e percebermos, com os recursos que sobram, o que é que é necessário fazer e, hoje, é necessário cuidarmos dos mesmo mais desfavorecidos, depois cuidarmos daqueles que para cá vêm à procura de novas oportunidades”.

Enaltecendo que o dinheiro foi bem aplicado e que esta reabilitação “prestigia a nossa tradição, história e identidade” , Eduardo Vítor Rodrigues reiterou que “estamos a criar conforto para aqueles que cá estão e cá vêm, porque devemos tratar aqueles que, no dia a dia, usam as infraestruturas, neste caso a sede da Junta de Freguesia de Olival e cuidar deles, porque, na verdade, aquilo que, hoje, estamos a ver é um edifício no qual estamos, neste momento, mas há quem venha cá, na segunda-feira, e trabalhe, aqui, todos os dias da semana e é para quem, verdadeiramente, estas obras se vocacionam”.

Assim, Eduardo Vítor Rodrigues encerrou o seu discurso, desejando que “esta, para já, União de Freguesias continue apaixonada pelo seu património, pelo seu espaço público, pelas suas pessoas e, dessa forma, consiga construir uma freguesia melhor, uma cidade melhor, um país melhor e um mundo onde as pessoas se estimam e gostem umas das outras”.