RUSGAS AO SENHOR DA PEDRA: CRAVOS E CAMARINHAS REGRESSARAM À ALAMEDA

As Festas em honra do Senhor da Pedra regressaram à Alameda, de 3 a 6 de junho. No dia 4, uma multidão assistiu às tradicionais rusgas, que foram promovidas pela Confraria do Senhor da Pedra, em parceria com a União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares e da Câmara Municipal de Gaia, e contaram com a participação de Elísio Pinto, vereador gaiense, e Miguel Almeida, presidente da Junta de Freguesia da Madalena, entre representantes de coletividades e entidades civis.

 

A Confraria do Senhor da Pedra voltou a promover as grandes festas de Miramar, com o apoio da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares e da Câmara Municipal de Gaia.

Assim, as Festas em honra do Senhor da Pedra iniciaram durante a tarde do passado dia 3 de junho, na Alameda, com o Festival Nacional de Folclore, que contou com a participação do Rancho Regional de Gulpilhares, do Grupo Folclórico “Os Camponeses de Vila Nova” e com o Rancho Folclórico do Grupo Cultural “Os Medroenses”. À noite, foi Marcus Lima quem subiu ao palco, que antecedeu a BandaFestival. Posteriormente, decorreu o espetáculo de fogo de artifício e, mais tarde, o momento musical protagonizado por Paulo Ribeiro.

As rusgas ao Senhor da Pedra, que se assumem como sendo a epígrafe desta romaria, aconteceram no dia 4 de junho e contaram com a presença de Elísio Pinto, vereador da Câmara Municipal de Gaia, e Miguel Almeida, presidente da Junta de Freguesia da Madalena, assim como de Valentim Machado e Isabel Costa, em representação da Confraria do Senhor da Pedra.

Assim, entre danças de roda e moda, cravos e camarinhas, o Grupo Folclórico do Baixo Douro de Santa Marinha, o Grupo de Danças e Cantares de Sermonde, o Grupo Folclórico da Madalena, o Rancho Regional de Gulpilhares, a Associação Recreativa Entre Parentes, o Grupo Dramático de Vilar do Paraíso, a Associação Recreativa de Francelos, o Grupo Folclórico de Valadares e o Orfeão Universitário do Porto, participaram nesta tradição, que é secular e recriou, ao longo da manhã, um passado cheio de costumes.

Neste seguimento, Alcino Lopes, presidente da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares, fez questão de sublinhar, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, que “não tinha a ideia de que teríamos tanta participação. Foi uma surpresa. Portanto, foram muitos grupos, mas a população também esteve, aqui, em peso. Acho que foi um dos anos em que estiveram mais pessoas a apreciar esta tradição”.

Ressaltando a importância das Festas em honra do Senhor da Pedra para a população, o autarca mencionou que “tivemos a oportunidade de ver, nas rusgas, muitos jovens mesclados com pessoas mais velhas e isso só demonstra que a juventude sabe apreciar o que é a vivência em comunidade, porque há outros jovens que não estão disponíveis para intervir em algo deste género. É uma demonstração de que há jovens sensíveis, que estão disponíveis para dar continuidade a estas tradições”.

Na ocasião, o edil fez, ainda, questão de afiançar que a Alameda do Senhor da Pedra devia ser aproveitada ao nível concelhio. “Acho que não há outro espaço como este, no concelho, que por si só já é muito procurado, porém poderia acomodar muitas iniciativas culturais, mas é muito pouco utilizado. Acho que o município podia desviar para aqui alguns eventos, porque esta praça é fantástica, mas pode ser que um dia se inverta e que a autarquia tenha condições financeiras para colocar isto a funcionar”, reiterou Alcino Lopes.

Também presente nesta romaria, Elísio Pinto, vereador da Câmara Municipal de Gaia, cedeu à animação que se fez sentir, juntando-se aos mais diversos grupos que passaram pelo arraial, para vivenciar as danças, usos e costumes seculares. No final das rusgas, o edil salientou, em exclusivo ao AUDIÊNCIA, que “esta é uma das romarias mais antigas e, também, mais carismáticas do concelho de Vila Nova de Gaia. Eu diria que assinala a abertura, até, das nossas festas populares. Por isso, é fundamental mantermos estas tradições, porque, efetivamente, nós, hoje, vivemos num mundo global e é com estes costumes que conseguimos manter a nossa identidade. Aliás, este encerramento, hoje, com o Orfeão Universitário do Porto, com esta juventude, com esta alegria, deu-nos a garantia de que estas tradições têm a sua importância e a sua relevância para a nossa memória, mas também, obviamente, e acima de tudo, para a nossa identidade, que nós queremos defender. Como tal, acho que a Junta de Freguesia de Gulpilhares e Valadares está de parabéns e a Câmara também se associa, em nome do senhor presidente, e reconhece a importância destas romarias”.

Posteriormente, decorreu a eucaristia, porém a festa continuou durante a tarde, com o Palhaço Mix, insufláveis, pipocas, algodão-doce e muita música, terminando, apenas, de madrugada, depois das atuações de Diogo Duran, Ana Ritta e Sons do Minho.

No dia 5, pelas 21h30, foi a vez de Nel Monteiro subir ao palco, tendo sido Rui Porto e Banda a encerrar os momentos musicais.

Esta festa, que é uma das mais cantadas do país, terminou no dia 6, com a procissão, que sucedeu à eucaristia, e partiu da Capela do Senhor da Pedra, no areal, bem junto ao mar, mobilizando milhares de pessoas que, ao longo de quatro dias, reviveram a história e eternizaram os usos e costumes desta localidade.