No dia 17 de abril, os Bombeiros Voluntários de Valadares apresentaram à população o novo fardamento dos cerca de 100 bombeiros que constituem o corpo ativo e batizaram a nova viatura VCOT, oferecida à corporação o ano passado pela EDP Distribuição.
“Hoje é um dia feliz”. Foi esta a frase que António Silva, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valadares, usou para descrever o dia 17 de abril, dia em que o quartel acolheu um momento simbólico para a apresentação dos novos fardamentos do corpo ativo dos bombeiros e, também, o batismo de uma viatura oferecida à corporação pela EDP Distribuição.
Numa formatura bem aprumada, os bombeiros de Valadares mostraram às várias dezenas de pessoas presentes no quartel o seu novo fardamento. São cerca de cem bombeiros que constituem o corpo ativo de Valadares e que receberam o novo fardamento, de uma só vez. O presidente da direção garantiu que o melhor do dia foi ver a felicidade na cara dos bombeiros, que admitiu que também são um pouco vaidosos. “É uma exigência, tanto da direção, mas, essencialmente, do comando, que todos os nossos bombeiros tenham uma postura digna, uma apresentação cuidada e isso reflete-se também na qualidade do serviço”, referiu António Silva, que deixou claro que neste momento apenas as escolas de formação ainda não têm acesso a este novo fardamento.
O presidente mostrou-se surpreso com a presença de tantas pessoas no evento, uma vez que o mesmo não foi muito anunciado, no entanto associou a quantidade de pessoas à boa relação que a comunidade tem com a associação.
Além da apresentação dos fardamentos, o momento foi solene. O padre Carlos Correia, responsável pela paróquia de Valadares, marcou presença e benzeu a nova viatura VCOT (Veículo de Comando Tático) oferecida à corporação pela EDP Distribuição. O padrinho, engenheiro João Torres, presidente da EDP Distribuição, também marcou presença no evento e ainda teve o prazer de regar a nova viatura com o habitual champanhe, para dar sorte. O presidente da associação humanitária contou que a viatura que servia o comando anteriormente era antiga e se encontrava em péssimas condições. Esta nova viatura foi oferecida já no ano passado, era totalmente descaracterizada e sofreu uma transformação, não só no que diz respeito ao seu aspeto, mas também e essencialmente, na instalação de um vasto conjunto de meios de comunicação. “Hoje sim, o nosso comando está preparado para se deslocar com conforto, segurança e, essencialmente, com uma alta taxa de comunicabilidade”, referiu António Silva.
Com novos fardamentos e uma nova viatura, o AUDIÊNCIA quis saber quais são os sonhos dos Bombeiros Voluntários de Valadares. A construção do lar e edifício social, para a qual já há terreno adquirido, anda, segundo António Silva, devagar. Primeiro, garantiu, estará a reabilitação de um edifício para destacar e autonomizar o serviço de transporte de doentes não urgentes. “O edifício já foi comprado pela associação, o projeto já está acabado, estamos em fase de lançamento de concurso”, contou o presidente.
No entanto, a maior ambição da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valadares é um assunto bem mais sensível e difícil de resolver: a acessibilidade ao quartel. “Hoje temos umas instalações com uma dignidade e com uma dimensão muito significativa, mas a verdade é que se sairmos do nosso quartel em ambiente de emergência, quer para a direita ou para a esquerda, a via de comunicação é terrivelmente estreita. Muitas vezes os nossos carros de combate a fogos ou de socorro arrancam do quartel e travam uns metros à frente porque não se cruzam dois carros”, explicou António Silva, que garantiu que a associação está a estudar uma proposta para apresentar à Câmara Municipal de Gaia para tentar resolver esta questão.