O executivo da Câmara Municipal de Gondomar, liderado por Marco Martins, garantiu que está a trabalhar numa solução que permita reduzir a tarifa de água no concelho, nomeadamente, através de um pedido de reequilíbrio das contas das Águas de Gondomar que favoreça a população.
O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, e o vereador do Ambiente, José Fernando Moreira, reuniram-se, no passado dia 30 de julho, com elementos do Movimento Cívico em Defesa dos Interesses dos Consumidores das Águas de Gondomar, que reivindica a retirada da concessão à empresa Águas de Gondomar. O autarca gondomarense considera estas preocupações legítimas mas lembra que o executivo enfrenta diversos constrangimentos na sua ação perante uma concessão a uma empresa privada contratualizada em 2001, e válida até 2031, e quais as implicações no caso de incumprimento.
Sobre a possibilidade de assumir o ónus da redução das tarifas da água, Marco Martins salienta que não é por falta de vontade política que a Câmara ainda não o fez, mas sim porque existem questões legais que o limitam, além do facto de que “injetar capital do município na redução da tarifa implica suspender outros investimentos”.
Contudo, o autarca garante que a Câmara está a trabalhar numa solução que permita reduzir a tarifa de água no concelho, nomeadamente, através de um pedido de reequilíbrio das contas das Águas de Gondomar que favoreça a população, já que este é uma preocupação do executivo desde o primeiro dia em funções.
Desde 2019 que a Câmara de Gondomar tem vindo a estudar a possibilidade de pedir um reequilíbrio que favoreça os munícipes e, agora, o autarca gondomarense acredita ser essencial um trabalho em conjunto com o Movimento Cívico, esperado, através deles, reunir e debater soluções. Nesse sentido, Marco Martins pediu para que o Movimento reporte as situações abusivas de casos concretos, tendo solicitado inclusive a entrega de provas documentais desses abusos por parte das Águas de Gondomar, de forma a que a Câmara possa exercer pressão junto das autoridades competentes.
Além disso, foi também proposto, por parte do executivo, reuniões de trabalho mais frequentes com os elementos do Movimento Cívico, estando a próxima já prevista para setembro. Um dos assuntos terá a ver com a discussão de uma comissão de supervisão onde esteja presente não só o Movimento e a população, mas também as várias forças políticas para que o processo seja totalmente transparente.
No final da audiência, Marco Martins saiu convicto de que houve o entendimento por parte do Movimento de que não é por má vontade do executivo municipal que a redução dos escalões não foi feita, mas sim por limitações legais, pelos contratos herdados e pelas limitações financeiras.