Luís Borges Gouveia, investigador e professor catedrático, foi o convidado de honra do jantar-palestra promovido pelo Rotary Club Gaia-Sul, que decorreu no passado dia 18 de junho, no Restaurante do El Corte Inglés Gaia Porto, com o tema “O Digital e as tecnologias que estão a redefinir o nosso tempo e a promover novos questionamentos”. Esta iniciativa contou com a presença de dezenas de companheiros, oriundos de vários clubes rotários, nomeadamente Águas Santas – Pedrouços e Porto Douro.
“O Digital e as tecnologias que estão a redefinir o nosso tempo e a promover novos questionamentos” foi o mote do jantar-palestra promovido pelo Rotary Club Gaia-Sul, que decorreu no passado dia 18 de junho, no Restaurante do El Corte Inglés Gaia Porto, e teve como convidado de honra o investigador e professor catedrático Luís Borges Gouveia. Esta iniciativa contou com a participação de inúmeros companheiros, oriundos de vários clubes rotários, nomeadamente de Águas Santas – Pedrouços e Porto Douro.
Na ocasião, Manuela Rocha, presidente do Rotary Club Gaia-Sul, fez questão de ressaltar que “o nosso movimento é mundial e é constituído por profissionais, que põem ao serviço do movimento as suas capacidades, o seu know-how e a sua profissão, em prol do bem da humanidade e da paz. Temos vários projetos internacionais, mas o mais conhecido de todos é a erradicação da pólio no mundo, em que o Rotary é parceiro da Organização Mundial da Saúde”.
Posteriormente, foi a companheira Margarida Marques quem apresentou o convidado, que é doutorado em Ciências da Computação e deu início à palestra, abordando vários temas relacionados com as redes neuronais, aprendizagem, inteligência artificial e os limites das máquinas em relação ao cérebro humano.
Afiançando que “a inteligência é uma questão em aberto”, Luís Borges Gouveia reforçou que “a base da qualificação binária da informação em computador originou o digital com todas aquelas transformações e com a capacidade de processar e armazenar informação. As redes neuronais e a inteligência artificial generativa aquilo que fizeram foi proporcionar o desenvolvimento de redes neuronais para lidar com a linguagem, fazendo com que o ser humano, hoje em dia, tenha um parceiro cognitivo para falar. O que levanta imensas questões interessantes”.
Neste seguimento, o investigador fez questão de frisar que “esta é uma área onde, neste momento, há muito desenvolvimento”, sublinhando que “aquilo que propomos é uma explicação do modo como nós podemos interagir com este tipo de estruturas, de forma a preservar quer as dimensões éticas, quer, acima de tudo, as dimensões sociais e humanas”.
Garantindo que “a minha grande paixão acaba por ser as pessoas”, Luís Borges Gouveia, alertou que “corremos o sério risco de perder a nossa humanidade e aí perdemos, claramente, a razão de ser”.