“É IMPOSSÍVEL TRADUZIR AQUILO QUE SÃO 100 ANOS DE UMA FANTÁSTICA HISTÓRIA”

A Gala de Homenagem Associativa, promovida pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia (FCVNG) decorreu, no passado dia 15 de novembro, no Auditório Municipal de Gaia. A celebração, que contemplou a distinção da Tuna Musical de Santa Marinha (TMSM), contou com a presença de Elísio Pinto, vereador da Câmara Municipal de Gaia, Manuel Filipe, diretor dos Auditórios Municipais, Mário Reis, secretário do executivo da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, Mário Jorge, presidente da Assembleia de Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, Eduardo Ribeiro, tesoureiro da Junta de Freguesia de Avintes, Isa Sanches, deputada da CDU, Manuel Moreira, presidente da Mesa do Congresso da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, e representantes de coletividades, assim como de entidades civis e militares.

 

O Auditório Municipal de Gaia foi palco da Gala de Homenagem Associativa, promovida pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia (FCVNG). A celebração, que decorreu no dia 15 de novembro, contou com a presença de Elísio Pinto, vereador da Câmara Municipal de Gaia, Manuel Filipe, diretor dos Auditórios Municipais, Mário Reis, secretário do executivo da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, Mário Jorge, presidente da Assembleia de Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, Eduardo Ribeiro, tesoureiro da Junta de Freguesia de Avintes, Isa Sanches, deputada da CDU, Manuel Moreira, presidente da Mesa do Congresso da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, e representantes de coletividades, assim como de entidades civis e militares.

A atuação da Tuna Musical de Santa Marinha assinalou a inauguração desta cerimónia que encantou a plateia com a protagonização de inúmeros momentos musicais, dançantes e teatrais e antecedeu uma viagem pelos 100 anos de vida da instituição.

Posteriormente, foi Paulo Rodrigues, presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, quem deu início às intervenções, “é impossível traduzir aquilo que são 100 anos de uma fantástica história”.

“Este ano, a Direção decidiu homenagear a nossa associada Tuna Musical de Santa Marinha, que foi fundada em 1924 e que curiosamente viveu dois períodos distintos, 50 anos de vida durante da ditadura nacional e o Estado Novo e os últimos 50 em democracia e liberdade, após a Revolução de 25 de Abril de 1974”, revelou o dirigente associativo, assegurando que “a Tuna nestes 100 anos desempenhou um papel muito importante junto da comunidade da beira-rio e da Freguesia de Santa Marinha, não só no plano musical, que foi a sua génese, mas também no plano cultural, recreativo, desportivo, mas, acima de tudo, com uma dimensão social muito forte junto das populações carenciadas, em períodos muito difíceis do século XX, como por exemplo no caso da Segunda Guerra Mundial, durante a qual a Tuna desempenhou um papel muito importante junto da comunidade. Atualmente, a tuna continua a desenvolver as atividades que todos nós conhecemos, que são de enorme relevância, em particular no que diz respeito ao teatro, ao teatro de revista, à dança, também na organização do Festival de Teatro José Guimarães, na participação em imensos festivais de teatro não só no nosso concelho, mas também noutras cidades”.

Salientando que a Tuna Musical de Santa Marinha já foi agraciada pela Câmara Municipal de Gaia com a Medalha de Mérito, classe ouro, Paulo Rodrigues ressaltou que “é chegada a vez da merecida homenagem do movimento associativo gaiense, que a Federação das Coletividades representa. (…) A Tuna, de facto, é uma das nossas melhores coletividades”.

Para o presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, “de facto, estes 100 anos são de uma dignidade fantástica. Estão de parabéns, portanto continuem o vosso trabalho e orgulhem-se da vossa história, do vosso passado e de todos aqueles que passaram pela Tuna Musical de Santa Marinha”.

Por conseguinte, decorreu a entrega da tradicional peça de filigrana portuguesa, da autoria do artesão gondomarense António Cardoso, à Tuna Musical de Santa Marinha, nas mãos do presidente da Direção, Filipe Santos. Neste seguimento, também o presidente da Assembleia Geral desta direção, Firmino Pereira, e o sócio mais antigo, Fernando Garcia, foram agraciados pelo presidente da Direção da instituição homenageada, porque “são eles a maior representação dos nossos associados”.

Seguidamente, foi César Oliveira, presidente da Assembleia Geral da FCVNG, quem prosseguiu com os discursos, lembrando que “eu já acompanho a Tuna Musical de Santa Marinha há muitos anos”.

Atestando que “as pessoas são o mais importante numa instituição”, o presidente da Assembleia Geral da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia salientou que “celebrar 100 anos é um momento de grande alegria, mas, ao mesmo tempo, de grande responsabilidade, porque nós temos, também, de passar o testemunho aos mais novos”.

Na ocasião, César Oliveira frisou que “a Tuna Musical de Santa Marinha é uma instituição que tem um coração grande”, asseverando que “as coletividades são instituições de solidariedade, que são a extensão da nossa família e uma componente importante das nossas vidas. (…) O movimento associativo dá exemplos de uma grandeza enorme e a Tuna Musical de Santa Marinha tem dado exemplos de uma enorme exemplaridade para os seus associados, mas também para o coletivo gaiense e para o coletivo de Portugal”.

Presente na cerimónia, Manuel Moreira, presidente da Mesa do Congresso da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, foi convidado a tomar a palavra. Agradecendo a Filipe Santos “pelo exemplo, trabalho, dedicação e amor ao associativismo, que está bem patente na Tuna Musical de Santa Marinha”, o dirigente associativo recordou o facto de ter sido “vizinho da Tuna Musical de Santa Marinha”.

Assegurando que esta instituição “continua a ser eclética”, Manuel Moreira, afiançou que “promove a cultura, o recreio, o desporto e o social, que são as pessoas, porque interagimos uns com os outros. Por isso, as instituições são, também, sempre sociais, (…) porque aquilo que fazem, todos os dias, de juntar pessoas e criar espaços de encontro, convívio e valorização da promoção humana é realmente muito importante e tem de ser devidamente reconhecido por todos nós, cidadãos, e pelos poderes públicos”.

Também, Mário Reis, secretário do executivo da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, se dirigiu aos presentes. Revelando que “falar da Tuna Musical de Santa Marinha é falar da freguesia e vice-versa”, o autarca salientou que “é com emoção que estou, aqui, hoje, porque a Tuna representa uma comunidade enorme, que é a Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada e tem um papel muito importante na comunidade do centro histórica de Vila Nova de Gaia”.

Lembrando os inúmeros dirigentes que passaram pela instituição, o secretário do executivo da União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada dirigiu-se a Filipe Santos e afirmando que é alguém que “se dedica dia e noite à coletividade”.

Por seu turno, Manuel Filipe, diretor dos Auditórios Municipais, fez questão de transmitir uma mensagem de Paula Carvalhal, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Gaia, na qual a edil ressaltou o “extraordinário trabalho” que é desenvolvido pela Tuna Musical de Santa Marinha, aludindo que “este é um momento muito especial, pois estamos a celebrar o centenário de uma instituição que representa a cultura e a alma de uma comunidade (…) e tem mostrado, ao longo do tempo, que uma união de talentos e paixões pode transformar vidas e deixar um legado valioso”.

Já, Elísio Pinto, vereador da Câmara Municipal de Gaia, revelou que “eu tenho a certeza absoluta de que quando tudo o que é construído vem do coração, o efeito é muito maior”.

Garantindo que “é através da arte e da música que nós podemos salvar o mundo”, o edil frisou que “o enorme legado desta instituição deve-nos fazer refletir sobre a importância que coletividades com esta dimensão emprestaram ao município e ao território onde estão inseridas. Por isso, temos de estar gratos à Tuna Musical de Santa Marinha e a todos os homens, mulheres e jovens que transportaram, afirmaram e valorizaram esta nobre instituição”.

“A Tuna Musical de Santa Marinha é uma instituição inspiradora para o nosso concelho e, por isso, o reconhecimento perante a Câmara Municipal para que, efetivamente, a instituição possa levar, por diante, um conjunto de iniciativas”, enalteceu Elísio Pinto, agradecendo à coletividade “por tudo aquilo que representa para o município”.

Por fim, foi Filipe Santos, presidente da Direção da Tuna Musical de Santa Marinha, quem encerrou os discursos. Agradecendo à Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia pela homenagem, o dirigente associativo sublinhou que “é muito importante para as coletividades ver o seu trabalho reconhecido e valorizado”.

“A Tuna Musical de Santa Marinha é as paredes, o edifício, assim como as pessoas que viveram, vivem e viverão esta coletividade tão peculiar”, afiançou Filipe Santos, recordando a história desta instituição, que “nasceu com o propósito de cultivar”.

“As coletividades têm de voltar a ser a solução para esta sociedade, que hoje está poluída de maus valores e tem de ser a esperança para os futuros dos mais novos e o colo e o apoio para os mais velhos, para que não fiquem sozinhos em suas casas. Sobretudo tem de ser a solução para que o futuro da sociedade seja diferente daquele que vivemos hoje. Têm de voltar a ser verdadeiras escolas de valores cívicos e morais”, reforçou o dirigente associativo.

Aludindo que “a Tuna Musical de Santa Marinha esteve sempre na vanguarda em muitas iniciativas. Formou pessoas, educou-as e permitiu que desenvolvessem as suas capacidades. Foi é e continua a ser uma verdadeira fábrica de concretizações”, o presidente da direção desta instituição afirmou que “o associativismo é uma das mais importantes ferramentas e a solução para construir e não destruir. (…) A Tuna Musical de Santa Marinha, como sempre o fez, é parte integrante da solução e assim o será enquanto a ela for permitido existir”.