ENTRE PRÍNCIPES E REIS

Nesta edição do AUDIÊNCIA destaco Prince. Pela sua contínua elasticidade, irreverência e criatividade. O senhor era imparável. E o álbum Purple Rain é um mimo. “I would die 4 u” é uma autêntica pérola. Já para não mencionar os clássicos “Purple Rain” ou o vibrante “When doves Cry”. Simplesmente icónico.

Recomendo vivamente, já que é dos álbuns mais orelhudos deste verdadeiro (mas pouco ortodoxo) principe. Recomendo vivamente a audição. Vão delirar.

Outra banda que farta-se de passar por cá (e ainda bem!) são os James. Tim Booth tem o “dom” de trazer positivismo e boas vibrações à letra e melodia das canções. É revigorante ouvir uma banda assim. “Waltzing Along” é um carpe diem aberto, “Tomorrow” outra carta de amor à vida. De que estão à espera?

Os The Cult são outros emblemáticos senhores. Estou muito revivalista. É certo. Mas para a chamada “evolução na continuidade”, sempre necessária, diga-se,  é importante regressar a importantes “portos de abrigo”. E no rock alternativo estes senhores são mestres. O álbum “love” transmite muito essa força e “she sells sanctuary” ou “rain” são absolutamente obrigatórios em qualquer setlist de respeito.

Quanto a bandas sonoras, para continuar o Ano (que não começou mal) em grande, sugiro Sisters of Mercy. São pesados e potentes. Mas aguentamos. O desfile de pérolas segue-se agora mesmo: “More”, “Lucretia”ou “This Corrosion”.

Sugiro ainda numa onda mais “soft” os Tom Tom Club, com “Under the Boardwalk”. Um tema muito brincalhão. Este grupo sabia aproveitar a vida.

Quanto a festivais, aproveito para demonstrar a minha literal ansiedade com a edição deste ano do Vilar de Mouros. The The, sim, por favor? Pedir não custa.

Num registo mais romântico, com os slows imortais, sugiro Walk away dos Cheap Trick ou Stay The Night, de Benjamin Orr.

E já agora um ultimo apontamento para as cabeças falantes. Perguntam vocês e bem. Cabeças falantes? Quem são? Uma banda muito louca , new wave,  da década de 80 , que marcou decisivamente pela ironia e boa disposição. “Wild Wild Life” é o mote. Na próxima edição conversamos mais, ok?