A Festa da Flor da Ribeira Grande voltou a colorir e a perfumar este concelho da Ilha de São Miguel, entre os passados dias 30 de maio e 1 de junho. Com desfiles alegóricos, concertos, exposições e atividades para todas as idades, o certame contou com a participação das instituições e empresários locais, transformando o concelho num verdadeiro jardim. Assumindo-se como sendo um dos eventos âncora da cidade, esta iniciativa voltou a atrair milhares de visitantes à região.
A Festa da Flor da Ribeira Grande regressou, entre os passados dias 30 de maio e 1 de junho, às ruas da cidade. A paz foi a grande bandeira deste evento de referência, no panorama cultural do concelho ribeiragrandense, que proporcionou, através de um vasto programa, dias coloridos, repletos de animação e alegria, durante os quais as flores foram as protagonistas.
Assim, esta iniciativa começou a ser celebrada no dia 30 de maio, com a inauguração, no Largo Hintze Ribeiro, do tradicional tapete de flores. Posteriormente, decorreu a abertura do Mercado das Flores e da exposição de pintura “Colorir a Paz”, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, que antecedeu a mostra de artesanato intitulada “Mãos que Criam”, que esteve patente no Teatro Ribeiragrandense, e o concerto Moby Islands, com palco no Largo Hintze Ribeiro.
Já a 31 do mês em questão, as comemorações iniciaram com a Oficina de Circo para famílias – 9’Circos, no Largo Hintze Ribeiro. Este dia ficou, igualmente, marcado pelo emblemático desfile alegórico, que contou com a participação de 14 freguesias, assim como de instituições da Ribeira Grande e encheu as ruas da cidade de perfume e cor. Mais tarde, decorreu o Recital de Música de Câmara no Teatro Ribeiragrandense e o concerto João Moniz no Largo Hintze Ribeiro.
No seguimento deste célebre cortejo, Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, revelou que, “no total, contamos com 20 participações, incluindo as Juntas e instituições, 12 carros alegóricos e 800 figurantes”, salientando que “quando chega a esta altura do ano, as pessoas movimentam-se. Tivemos pela primeira vez uma participação de fora do concelho o que também diz nota de que esta festa já extravasa as portas do concelho. As nossas freguesias e as instituições veem que esta é uma excelente oportunidade de mostrarem aquilo que temos de melhor para oferecer. (…) Por isso, tem sido fácil motivar pelo sentimento de identidade local que tentamos criar e que julgo que está à vista”.
Por outro lado, a 1 de junho, data em que se assinalou o Dia Mundial da Criança, a programação incluiu uma tarde infantil, no Largo Hintze Ribeiro, dedicada aos mais pequenos, com pula-pulas, karts a pedais, demonstrações da PSP e espetáculos infantis. Posteriormente, o Trio Origens subiu ao palco do Largo Hintze Ribeiro, seguindo-se a temporada “Concertos nos Passos” de Quadrivium, na Igreja dos Passos, e o espetáculo infantil “Uma aventura no Mundo das Emoções”, por 9’Circos, no Largo Hintze Ribeiro. A comemoração da Festa da Flor terminou com um concerto da Orquestra Ligeira da Ribeira Grande.
Por conseguinte, durante três dias, a cidade vestiu-se a rigor para celebrar a primavera, num evento no qual também participaram vários empresários do ramo da floricultura, bem como instituições locais, aglutinando todas as freguesias e instituições do território.
Para Alexandre Gaudêncio, a Festa da Flor, por si só, constitui “um cartaz turístico. Nós, nesta altura, temos a hotelaria praticamente preenchida, pelo que esta é uma forma de dinamizarmos e atrairmos pessoas à nossa cidade. Por outro lado, também é uma grande oportunidade para a nossa economia local”.
Assegurando que este evento foi “um verdadeiro sucesso”, pela adesão das pessoas, assim como das instituições e empresários locais, o edil ribeiragrandense salientou a epígrafe desta edição da Festa da Flor, enaltecendo a importância da paz. “Como novidade tivemos a própria temática desta edição, que eu acho que se adequa perfeitamente aos tempos que nós vivemos, atendendo à situação internacional, infelizmente com algumas guerras que estão a decorrer, pelo que o objetivo é passar esse sentimento da paz, que é essencial para termos uma boa comunidade. Por isso, toda a decoração, o nosso tapete de flores e os carros alegóricos acolheram bem esta ideia da paz, que nós achamos que deu um colorido diferente”.
As flores foram muito variadas e de todas as cores, mas, no ar, ficou a ânsia de que continuar a preservar os valores da comunidade. “A nossa premissa na Câmara Municipal em todos os eventos que nós fazemos é criar este sentimento de identidade própria do ribeiragrandense, em saber receber, em mostrar aquilo que de melhor temos para oferecer. É esta identidade local que nós queremos incentivar e estas festas e a Festa da Flor e o Dia da Criança, em particular, são exatamente para criar este enraizamento à terra natal e passar o orgulho de sermos desta terra, com muito para oferecer, muito para dar e um potencial enorme para o futuro”, afiançou Alexandre Gaudêncio, não escondendo que “sentimo-nos realizados, porque olhando para trás houve aqui uma evolução muito positiva, sem falsas modéstias. (…) Ainda há muito para fazer, mas acho que trilhamos, aqui, um caminho que pode e deve ser seguido no sentido em que há aqui um rumo e uma estratégia que foi criada, com um desenvolvimento que está à vista. Hoje em dia, a Ribeira Grande deixou de ser um lugar de passagem para ser um lugar de paragem e isto também teve a ver com a nossa estratégia e com a nossa visão de criar estes eventos que, quer se queira quer não, criam um ruído positivo e contribuem para a economia local, porque não é todos os dias que temos milhares de pessoas na cidade, que provavelmente vão consumir no nosso comércio tradicional e na nossa restauração local, o que deixa mais valor acrescentado para a economia local. Portanto, foi sempre com essa premissa que, ao organizarmos anualmente as nossas atividades, principalmente como a Festa da Flor, quisemos também ter esta preocupação de contribuir para a economia local”.