FESTA DO VIME ABRE PORTAS A NOVOS MERCADOS TURÍSTICOS

Este mês de março viu a primeira Festa do Vime da MiratecArts a acontecer na ilha de Santa Maria.  Com o apoio e liderança da Oficina de Artesanato, em Vila do Porto, com a artista e artesã Aida Bairos, um programa de atividades deu a oportunidade ao público de participar na preparação vime até à arte.

Desde a colheita do vime à plantação das estacas, passando pela cozedura e pelo descascar até à aprendizagem de como construir peças com os próprios vimes, dezenas de participantes tiveram uma experiência única em campo no local do Forno, em Santa Bárbara, até à Oficina de Artesanato, em Vila do Porto.

“Esta experiência única deu-me prazer para mostrar aquilo que está por detrás de cada peça” diz Aida Bairos. “Assim, abrindo portas ao meu dia-a-dia, durante a Festa do Vime, espero que os participantes conheçam melhor a realidade e os desafios que os artesãos têm diariamente para construir os seus trabalhos.”

O vime é um material utilizado desde os tempos primitivos, originalmente oriundo de varas moles e flexíveis do vimeiro. Nos Açores sempre foi usado para cestos na agricultura, na vitivinicultura e na cestaria, para frutas. Hoje em dia, trabalhos de vime são mais utilizados para embelezar e decorar as casas e menos na agricultura.

Terry Costa, diretor artístico da MiratecArts, pretende continuar a desenvolver este projeto da Festa do Vime, não só como projeto artístico mas também como projeto para cativar novos mercados turísticos para os Açores.

“Através das artes tradicionais, consegue-se desenvolver programas contemporâneos com os nossos artesãos e artistas, da região, e foi isso que mostrámos com esta Festa do Vime, onde houve a participação de marienses, para além destes uma jovem Micaelense que se deslocou propositadamente à Ilha e ainda alguns Emigrantes que estando na Ilha de férias se juntaram participando nas atividades. Promovendo este tipo de atividade conseguimos cativar pessoas interessadas em aprender sobre o que se faz nas ilhas e, ao mesmo tempo, progredimos nas artes como fonte económica para os Açores.”