JAIME RITA POR MAIS QUATRO ANOS À FRENTE DOS DESTINOS DA JUNTA

Decorreu, no passado dia 22 de outubro, no Centro Social e Paroquial da Maia, a tomada de posse dos novos órgãos da Assembleia e Junta de Freguesia da Maia. Jaime Rita, presidente reeleito, fica assim por mais quatro anos à frente dos destinos da Junta de Freguesia.

Dos membros eleitos do executivo fazem ainda parte Ana Filipa Serpa como Secretária e Cláudio Pimentel como Tesoureiro, e os vogais Bruno Faria, Rúben Araújo, José Maria da Costa, Glória Rodrigues e Natércia Pacheco.
Já a mesa da Assembleia de Freguesia continuará a ser presidida por Luís Olindo, tendo como 1º Secretário Valter Teixeira e 2ª Secretária Luzia Mota.

No discurso de tomada de posse, o novo presidente da Assembleia de Freguesia não deixou de agradecer à anterior equipa pela forma “correta e diligente de todos”, sem esquecer os funcionários da Junta que “foram incansáveis no seu contributo”. “Acho que o trabalho foi meritório”, comentou Luís Olindo, acrescentado que o trabalho em conjunto com a Junta de Freguesia é para continuar.

“O ato de eleições terminou a 1 de outubro. A partir de agora, estamos todos juntos pela Maia. E é isso que se pretende desta Assembleia, que seja pela Maia, que colabore ativamente com a Junta na melhoria da nossa freguesia mas que também seja capaz, a qualquer momento, de propor diversas coisas de interesse para a freguesia, para que esta continue a crescer como tem vindo a crescer”, afirmou.

Luís Olindo não esqueceu também que a votação obtida “traduz-se numa maior responsabilidade” e deixou palavras de incentivo ao presidente reeleito, Jaime Rita. “Sem dúvida que a Maia está bem entregue, já são alguns anos em que temos vindo a constatar um grande desenvolvimento. É uma honra continuar a trabalhar com Jaime Rita porque, desde a primeira hora, facultou tudo o que havia para facultar, trabalhando sempre em prol da freguesia, e é isto que interessa”.

“Em boa hora, há quatro anos, se elegia como tema principal a solidariedade, já que há quatro anos, havia um desemprego muito forte nesta freguesia e a Junta de Freguesia tomou isto como um ponto de alavancagem para a Maia e hoje vemos a Maia diferente, pujante, com dignidade. De cada vez que alguém vem cá diz que a Maia está diferente e está, porque há trabalho. Sem trabalho nada se consegue. Só no dicionário é que o sucesso vem antes do trabalho, porque sem trabalho não há sucesso”, acrescentou Luís Olindo.

Por sua vez, o presidente da Junta reeleito, Jaime Rita, aproveitou o momento não só para agradecer as palavras do presidente da Assembleia de Freguesia, mas também para fazer uma referência “à forma como o adversário e a sua equipa fizeram a campanha eleitoral”. “Naturalmente que as eleições terminaram no dia 1 de outubro mas o trabalho não. E espero que, daqui para a frente, se mantenham com o mesmo posicionamento, defendendo os seus ideais mas bom bases para podermos trabalhar em prol da Maia e, todos juntos, levar a Maia ao ponto que queremos”, referiu.

Jaime Rita agradeceu ainda a toda a sua equipa anterior, já que, no seu entender, “ninguém consegue fazer tudo sozinho e quem pensa assim são os ditadores”, lembrando também o papel da Assembleia de Freguesia, funcionários e família, que o têm apoiado neste percurso, apesar de todas as dificuldades. “Todos sabem as dificuldades que passo na vida, mas não voltei a cara, não recuei, não abandonei e nem o farei”, garantiu.

Para os próximos quatro anos, o presidente reeleito assegurou que o seu executivo irá cingir-se “àquilo que foi proposto à população da Maia no manifesto eleitoral”, embora admita que algumas coisas possam não ser “em quatro, nem oito anos, podem ser em 12”.

“As coisas não são estáticas, vão evoluindo, e temos de as acompanhar. E quando se diz que a Maia tem tudo o que precisa, não é verdade. A Maia tem o indispensável mas precisa de mais. E isso vai ser a nossa batalha e peço a colaboração da oposição, para que estejam ao nosso lado em defesa da Maia”, apelou Jaime Rita.

Embora com a região a dar sinais de melhoria, o presidente reeleito admite que uma das prioridades irá continuar a ser a parte social. “Menos um foguete, menos um jantar, menos uma festa, não interessa, vamos para a parte social. Foi isto que fizemos nos últimos quatro anos, por isso, tivemos a votação que tivemos. As pessoas reconheceram o que fizemos em prol dos mais carenciados e dos mais desfavorecidos, muitas vezes sozinhos, quando havia outros parceiros e entidades que se deviam ter chegado à frente”, lembrou.

Além da área social, outras das prioridades para este novo mandato que agora se inicia prendem-se com as questões da melhoria da vida da população da Maia, dando destaque à continuação dos projetos de emprego promovidos pelo Governo Regional e que alteraram a vida, para melhor, de algumas pessoas na freguesia.

“Há mesmo alguns casos de sucesso. Temos pessoal a trabalhar na Junta, desses programas, que estão em condições, neste momento, de montarem o seu próprio negócio ou a sua própria empresa em várias áreas. E há que aproveitar isso para que também possamos dar o salto que precisamos”, acrescentou.

Já para a Câmara da Ribeira Grande, Jaime Rita deixou também um pedido referente às acessibilidades para a Maia. “É uma das nossas prioridades e sei que consta também do programa da Câmara, que é o caminho que liga a Maia à Lombinha da Maia. É a prioridade número um e não queremos arranjos, não ‘aceitamos’ remendo. Aceitamos sim, e temos esse direito, que se faça uma coisa digna, segura, em que possamos circular sem estar com o coração nas mãos”, afirmou Jaime Rita, acrescentando que a Junta fez uma contagem desde as 06h às 19h, num único dia, e contabilizou cerca de 1200 viaturas, 36 das quais autocarros, que por ali passaram.

De facto, as acessibilidades e a carência de transportes públicos foram alguns dos aspetos mais focados pelo presidente como as prioridades para este novo mandato, apelando, igualmente, ao Governo Regional, para melhorar a acessibilidade a partir de São Brás para entrar na Maia, onde passam, diariamente, cerca de três mil viaturas.

“Acontece muito de dizerem que para chegar à Maia é preciso um GPS senão as pessoas perdem-se. Por isso, há essa necessidade e faremos, novamente, chegar esse recado a quem de direito. Temos direito a termos aqui também boas acessibilidades. Estamos habituados ao isolamento mas não queremos viver mais nesse isolamento, queremos bons transportes públicos e boas acessibilidades”, afirmou o presidente.

Jaime Rita focou ainda os setores da agricultura, das pescas, as zonas balneares e o turismo como outras das áreas onde se notará maior intervenção da Junta nos próximos quatro anos, admitindo, contudo, que está aberto a sugestões da população.

“Estamos sempre disponíveis para aceitar propostas válidas, que sejam para o bem da freguesia. Naturalmente que, o que queremos para a Maia, a população também irá querer da mesma maneira. Além disso, tudo faremos para que as pessoas sejam atendidas com dignidade e bem atendidas, mesmo que levem um não. Cá estaremos para o que acharem que é útil para a Maia e para o concelho da Ribeira Grande”, rematou.

A cerimónia contou ainda com a presença de vereadores da Câmara Municipal da Ribeira Grande, entidades da freguesia e população em geral, entre as quais, Graça Castanho e o primeiro presidente de Junta eleito depois do 25 de Abril, Francisco Sousa.