Detetada em dezembro de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, a Covid-19 tornou-se na pandemia mais mortal de que há memória na história recente. Sem grandes conhecimentos desta doença, que é transmitida por um novo coronavírus e que tem sofrido alterações conforme se espalhou pelo mundo, os cientistas tentam agora combater este flagelo com a tão esperada vacina.
Contudo, até ao momento, a pandemia de Covid-19 provocou já, pelo menos, cerca de 2,5 milhões de mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção detetados, segundo os mais recentes dados oficiais antes do fecho desta edição.
Só em Portugal, os números de óbitos aproximam-se vertiginosamente dos 16 mil e os casos de infeção confirmados, embora se assista agora a um decréscimo significativo, rondam os 800 mil.
Contudo, no meio deste caos, os Açores têm-se consigo manter em níveis que permitem o atendimento de todos os que precisam de cuidados médicos, contabilizando cerca de 3900 casos no total e 29 mortos, até ao momento. Medidas preventivas e cercas sanitárias mais apertadas, como a que acontece em Rabo de Peixe, podem ser alguns dos motivos que explicam este número baixo de casos.
Um ano após o início da pandemia de Covid-19 em Portugal, o AUDIÊNCIA tentou perceber quais os impactos que toda esta situação inesperada teve nos Açores, mais concretamente, no concelho da Ribeira Grande.
Abordando os vários setores da região, desde entidades políticas, forças de segurança, profissionais de saúde e instituições diversas de solidariedade social, foram vários os testemunhos ouvidos, que confirmam a rápida intervenção na região e a organização necessária para implementar todas as medidas necessárias, mas também a grave situação sanitária e, principalmente, social que esta pandemia veio trazer.
Se todos os entrevistados das entidades oficiais asseguram que a colaboração tem sido um dos motivos fundamentais para os bons resultados e rápidas soluções no terreno, já os entrevistados de instituições sociais lamentam o aumento de pedidos de ajuda e receiam as consequências económicas e psicológicas futuras.
Por outro lado, ficamos também a conhecer as medidas e apoios que estão a ser implementados quer para ajudar empresários, trabalhadores ou população em geral, a ultrapassar esta situação que ainda não tem fim à vista.