TASTE AZORES: OS MELHORES SABORES DAS NOVE ILHAS CONQUISTARAM O NORTESHOPPING

O evento Taste Azores trouxe, pela segunda vez, o melhor do arquipélago açoriano ao Norte do país. O NorteShopping voltou a ser o palco desta iniciativa, que contou com a participação de dez empresas que, entre os passados dias 27 de abril e 1 de maio, disponibilizaram inúmeras ofertas gastronómicas, características da região, tendo em vista responderem à procura e aproximarem-se do cliente final, assim como do mercado portuense.

 

Depois do sucesso da primeira edição, o NorteShopping voltou a abrir portas à iniciativa Taste Azores, que apresentou, pela segunda vez, neste espaço, o que de melhor se pode encontrar no setor agroalimentar desta região. Promovido pela Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, através do Gabinete de Gestão e Promoção da Marca Açores, este evento contou com a participação de dez empresas que, entre os passados dias 27 de abril e 1 de maio, deram a conhecer as suas histórias, gastronomia e tradições às dezenas de milhares de pessoas que, por dia, visitaram este centro comercial. “Com esta iniciativa, convidamos os nossos visitantes a conhecerem um pouco mais sobre a cultura das ilhas açorianas, sem saírem do Norte do país”, destacou Paulo Valentim, diretor do NorteShopping.

A inauguração oficial deste evento decorreu a 28 de abril e contou com a presença de Duarte Freitas, secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Bruno Belo, diretor regional do Empreendedorismo e Competitividade, Paulo Valentim, diretor do NorteShopping, e Miguel Azevedo, presidente da Casa dos Açores do Norte, que visitaram todas as empresas presentes na iniciativa, nomeadamente Chá Gorreana, Salsicharia Ideal da Ribeira Grande, LactAçores, Boa Fruta, Magnificat, Milhafre dos Açores, Queijo Vaquinha, MPD – Bensaude Distribuição, Vega for Stars e Yoçor.

Por conseguinte, o regresso deste evento surgiu na sequência da edição anterior, realizada em 2022, e teve como principal objetivo responder ao aumento da procura de produtos e serviços dos Açores no mercado nortenho, fruto não só do crescimento do número de turistas que visitam o arquipélago, através de voos diretos do Porto, mas, também, da oferta disponível, que tem crescido fruto de parcerias desenvolvidas pelo Gabinete de Gestão e Promoção da Marca Açores. “Sendo o Porto uma cidade muito procurada quer por turistas, quer por nacionais, mas também cidadãos espanhóis, traz uma dimensão e uma visibilidade aos produtos açorianos completamente diferente e isso reverse-se numa mais-valia”, asseverou o diretor regional do Empreendedorismo e Competitividade do Governo dos Açores, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, frisando que “todas estas iniciativas só têm sentido se, realmente, aquilo que nós exportamos tiver um valor acrescido, pelo que o que estava aqui em causa era valorizar produto e, obviamente, isso foi plenamente atingido”.

Assim, durante cinco dias, os visitantes tiveram a oportunidade de descobrir a magia do arquipélago, através de várias atividades promocionais como demonstrações de showcooking, degustações, atuações musicais, animação infantil e a apresentação do livro intitulado “À Descoberta da Gastronomia Regional dos Açores”, potenciando a presença e visibilidade das empresas, que tiveram, inclusive, à sua disposição, um espaço de ativação da sua própria marca.

Assegurando que “o objetivo não só foi alcançado, como foi superado”, Bruno Belo não escondeu a sua satisfação pelos resultados obtidos. “O balanço é muito positivo. Embora tenha diminuído o número de participações de empresas que não estão relacionadas com o setor agroalimentar, as expectativas eram muito elevadas, sobretudo fruto da edição passada, e foram atingidas em pleno. Para além daquilo que é a venda e a demonstração dos produtos, in loco, ao consumidor final, estes eventos também servem para projetar novos negócios, contactos, oportunidades de venda e, naturalmente, isto insere-se na capacidade de exportação das nossas empresas, que produzem para o mercado local, mas têm um pendor de exportação bastante significativo e é evidente que isto tem o seu impacto”, ressaltou.

Também Miguel Azevedo, presidente da Casa dos Açores do Norte, sediada no Porto, fez questão de sublinhar, a este órgão de comunicação, que “no global, este evento contemplou a afirmação dos produtos açorianos e uma elevação do depósito de confiança que o cidadão tem na Região Autónoma dos Açores, o que é muito importante para os valores da açorianidade”, afiançando que “julgo que ficaram portas abertas para negócios, na lógica «business to business», que possam garantir, mais tarde, uma melhor projeção para novos mercados, com tudo o que isso tem de positivo, nomeadamente na criação de postos de trabalho e no incremento da economia da região”.

No último dia do Taste Azores, o AUDIÊNCIA conversou com as inúmeras empresas presentes que não esconderam a sua satisfação pela procura e adesão em massa, que levaram, até, ao esgotamento praticamente da totalidade dos produtos, como aconteceu, mais especificamente à Boa Fruta que, no dia 1 de maio já não estava presente nesta área. Para o diretor regional do Empreendedorismo e Competitividade do Governo dos Açores, “Isto é maior prova de que aquelas que foram as expectativas projetadas para este evento foram plenamente cumpridas. Portanto, foi um evento que, na minha opinião, atingiu todos os objetivos, também, das próprias empresas. Como tal, trata-se de uma iniciativa que é muito interessante e com uma capacidade de valorizar aquilo que é o produto açoriano, em preço e distribuição, em mercados diferentes”.

Garantindo que a afirmação da açorianidade faz-se não, apenas, lembrando as tradições e a autonomia administrativa, Miguel Azevedo enfatizou que “a Casa dos Açores do Norte também quer ser um agente ativo na promoção de valor acrescentado à região”, reiterando que “a melhoria do capital de confiança na Marca Açores, para nós, é fundamental, porque conquistar um cidadão do Norte do país para a compra de produtos açorianos, significa que vamos fidelizar um consumidor, pois o nosso produto é de qualidade e este «business to consumer» é um trabalho de continuidade, de insistência, mas que deixa frutos”.

A pensar na valorização das empresas, Bruno Belo revelou que as marcas estão ansiosas por regressarem ao NorteShopping na terceira edição, depois da segunda, que ainda vai decorrer entre os dias 1 e 5 de novembro, em Lisboa. “O facto de termos conseguido incutir nas entidades a vontade de voltarem a estar presentes nestes eventos é uma grande vitória”, enalteceu.

 

Susana Figueiredo e João Rodrigues, Yoçor

“O balanço é extremamente positivo em vários cenários, relativamente à exposição da empresa, perante o mercado do Norte, no que respeitam as vendas. Nós conseguimos fazer com que as pessoas percebessem aquilo que é a história de todas as marcas que estamos, aqui, a representar, como é o caso do Chá Gorreana, com um stand próprio. Para além da nossa marca, Yoçor, exibimos outras das nove ilhas dos Açores, como Adega de Santana, Cerca dos Frades, Adega da Graciosa, Cabo Girão e Quintal dos Açores e também trabalhamos com entidades de conservas, biscoitos. Portanto, nós temos uma oferta muito vasta e tem sido isso que tem atraído várias pessoas para os nossos stands, pois quase que temos aqui uma pequena mercearia e as pessoas acham interessante nós termos aqui um pouco de tudo. A adesão tem sido fantástica, muitas pessoas deslocaram-se propositadamente porque sabiam que íamos estar cá, pelo que vendemos muitos produtos, porque as pessoas veem, aqui, uma oportunidade de se relembrarem de um produto que já consumiram nos Açores”.

 

Mário Melo, Salsicharia Ideal da Ribeira Grande

“A adesão foi muito boa. De um modo geral, o cliente tem demonstrado uma grande satisfação e curiosidade sobre os produtos. As pessoas têm procurado muito as nossas pastas, nomeadamente de debulho, pé de torresmo e chouriço, que não são tão comercializadas cá, pois são inovações, que têm feito muito sucesso. Os nossos enchidos também tiveram muita procura. Como é a segunda edição, as pessoas já sabem para o que vêm e o que vão comprar. Nós, também, transformamos a nossa imagem, tornando-a mais atrativa, com cores mais recetivas à nossa natureza, que é o verde e a recetividade do público foi inacreditável. Portanto, eu diria que esta edição superou as expectativas”.

 

Rita Azevedo, Gloria Patri e Magnificat

“Nós somos a Gloria Patri e a Magnificat, que são duas águas vulcânicas, dos Açores. A Magnificat é gaseificada e é mais suave do que as que estão à venda no mercado convencional e é o que a diferencia das restantes águas com gás, que são comercializadas. Algumas pessoas já conhecem as marcas, mas nem sabiam que podiam encontrar estas águas açorianas à venda no continente, mais especificamente no El Corte Inglés. Portanto, notamos uma adesão em massa e até tivemos de encomendar mais, pois superou as nossas expectativas”.

 

Pedro Rocha, Queijo Vaquinha

“A primeira edição correu bem, mas acho que este ano foi ainda melhor. As pessoas aderiram e gostaram muito e praticamente esgotei os queijos todos, por isso até superou as expectativas. Nós trouxemos os nossos quatro tipos de queijo de vaca da Ilha Terceira, nomeadamente o tradicional, sem sal e um mês de cura, o com sal e um mês de cura, o picante, que é um queijo com um mês de cura e com a pimenta da terra, e o nosso tipo ilha, que tem uma cura que vai até três meses. Paralelamente, trouxemos as manteigas do Pico, as chouriças de São Miguel, as nossas malaguetas, doces, vinhos, licores, de tudo um pouco. Como nós não vendemos para a zona do Porto e as pessoas gostam muito, a adesão tem sido muito boa, a primeira e a segunda edição correram bem e se assim continuar será, certamente, para continuar”.

 

Miguel Santos, MPD – Bensaude Distribuição

“O balanço é extremamente positivo. Os produtos dos Açores já começam a ter um reconhecimento muito grande e com a nossa presença, aqui, pelo segundo ano consecutivo, conseguimos superar as expectativas. Nós trouxemos a nossa gama de produtos já existentes, como queijos, pimentas da terra, geleias tradicionais, portanto tentamos agregar um bocadinho de todas as ilhas, para dar a conhecer todas as regiões e valorizar os produtos açorianos, mas temos este ano algumas novidades como a Fumarola, que é uma marca dedicada única e exclusivamente aos enchidos, produzidos em São Miguel. Trouxemos algumas referências de vinho novas e lançamos, aqui, também, a manteiga da Leitaria Açoriana, tradicional da Ilha do Pico. As perspetivas passam por continuar a fazer este trabalho e a trazer dos Açores o melhor que há, a nível de produtos, participando neste tipo de iniciativas, para podermos divulgar a região”.

 

Geovana Skrzypietz, Vega for Stars – Jewerly

“O balanço é muito positivo. Muitas pessoas já conheciam a nossa marca, que foi fundada pela minha mãe, Patricia Skrzypietz, e a nossa «Coleção das Ilhas», porque já estamos há 16 anos nos Açores e gostamos imenso do Porto. Nós temos a nossa sede em São Miguel, onde temos o atelier onde fabricamos todas as nossas peças, porque é tudo feito à mão e, depois, temos uma loja no Parque Atlântico, duas no SolMar, uma no Aeroporto de Ponta Delgada e outra na Ilha Terceira, mas já estamos a pensar em projetos futuros para Portugal continental. Nós trabalhamos com as pedras preciosas, desde ametista, quartzo, jade verde e lava vulcânica, natural dos Açores. O nosso metal é aço inoxidável, porque pensamos nas pessoas que têm alergias e, também, começamos a trabalhar, agora, com a prata. Esta será uma experiência a repetir, agora no final do ano será em Lisboa e esperamos voltar ao Porto, no próximo ano. Estamos ansiosas”.

 

Carolina Leser, LactAçores

“Nós trouxemos produtos das três ilhas, nomeadamente Faial, São Miguel e São Jorge, como o Queijo da Ilha Azul, o Famoso, 9 meses e 18 meses e os da Ilha de São Jorge, que são os mais conhecidos, de 7, 12, 24 e 30 meses e, também, temos uma tábua com vários tipos de cura. Paralelamente tínhamos o Queijo de Topo, da Ilha de São Jorge e o Queijo de São Miguel com alho e salsa, que foi o primeiro a esgotar e o que mais surpreendeu as pessoas pelo sabor diferenciado. Por outro lado, trouxemos as manteigas, nomeadamente da Ilha Azul e a Nova Açores Gourmet. No geral, foi ótimo, nós vendemos muito e as pessoas aderiram bastante, não só aos queijos, como às manteigas”.

 

Inês Beires e Helena Araújo, Milhafre dos Açores

“O balanço é positivo, na ótica de que viemos cá para demonstrar e publicitar, também, a marca e dar a conhecer a Milhafre aos portuenses e o feedback foi bom. Muita gente já conhece, porque muitos dos artigos já estão à venda nas grandes superfícies e, portanto, temos um bom feedback dos clientes. Nós trouxemos as joias da coroa, o nosso Queijo Milhafre, mais um género amanteigado, o queijo cura a três meses, os leites biológicos e a manteiga, que é o segmento mais conhecido. Dentro das expectativas para este ano, correu muito bem e as pessoas aderiram e degustaram os nossos produtos”.