EDP PARTICIPA EM GUIA DE BOAS PRÁTICAS PARA PROJETOS SOLARES FLUTUANTES

A EDP é pioneira a nível mundial em projetos solares flutuantes, uma vez que em 2016, desenvolveu um projeto-piloto na Europa, mais precisamente na albufeira do Alto Rabagão, em Montalegre. Agora, a empresa portuguesa une-se a mais 23 empresas mundiais para a criação de um guia de boas práticas, eficientes e sustentáveis, para parques solares flutuantes.

 

A EDP é a única empresa portuguesa no grupo de trabalho internacional que conta com 24 empresas da área energética, liderado pela SNV, consultora especializada em energia e com atividade em mais de 100 países. O objetivo é definir, em formato de guia, as práticas mais eficientes e sustentáveis para parques solares flutuantes.

A energia produzida a partir de painéis solares instalados em estruturas flutuantes, como albufeiras ou lagos, é uma tecnologia em desenvolvimento em vários países e com forte potencial para a produção de energia limpa, principalmente em zonas onde há escassez de terrenos disponíveis para instalar centrais solares. Embora seja uma tecnologia promissora, há ainda uma série de complexidades associadas à sua instalação, desenvolvimento e gestão que motivaram a criação deste documento de “boas práticas”.

Foram definidas várias recomendações baseadas na experiência das empresas, que ajudam os promotores de parques solares flutuantes a desenvolverem os seus projetos com a máxima eficiência e o mínimo impacto ambiental. O guia, já publicado, recomenda as melhores práticas a seguir em todas as fases de um projeto, desde a localização e design de uma central solar, até questões técnicas como segurança elétrica, ancoragem e amarração das plataformas flutuantes ou monitorização da qualidade da água e condições ambientais.

A EDP é uma das pioneiras a nível mundial no solar flutuante, tendo desenvolvido um projeto-piloto na Europa na albufeira do Alto Rabagão, em Montalegre, numa localização escolhida para testar a produção de energia nas condições mais adversas. Com 840 painéis fotovoltaicos (cerca de 220 kW), que ocupam 2.500 m2 do espelho de água, esta unidade-piloto foi construída em 2016 e tem testado, com sucesso, a complementaridade entre a energia solar e a hídrica, bem como as vantagens ambientais e económicas desta nova tecnologia. Baseada nos bons resultados do projeto no norte do país, a EDP planeia agora a instalação de uma nova central solar flutuante na albufeira do Alqueva, no Alentejo, com perto de 12 mil painéis (cerca de 4000 kW). O objetivo é garantir a produção de energia renovável, aliando a solar à hidroelétrica.

À escala global, esta tecnologia está a ganhar dimensão. Em 2015, a capacidade de energia solar flutuante era de apenas 10 MW, mas, nos últimos anos, cresceu significativamente, sendo que no final de 2020 já somava 2 GW e, até 2025, a estimativa é de que os projetos de solar flutuante possam atingir uma capacidade total de 10 GW.