A SÍRIA DECIDE O SEU DESTINO

Resistindo à brutal agressão e ilegal ocupação de parte do seu território por forças militares  estado unidenses e grupos terroristas, com a cumplicidade de Israel e da Turquia, enfrentando ainda o criminoso bloqueio económico promovido pelos EUA e a UE, a República Árabe Síria foi às urnas no passado dia 26 para eleger o seu presidente em eleições com observadores internacionais, ou seja, a história segue o seu curso contrariando todos os pretextos e mentiras que deram origem à invasão do território soberano sírio.

Mais de 40 mil objectos antigos roubados durante diferentes etapas da guerra foram devolvidos aos museus do País, revelou o director-geral de Antiguidades e Museus, Nazir Awad e as autoridades sírias têm realizado exposições de peças resgatadas pelo Exército Árabe Sírio e seus aliados das mãos terroristas e outros saqueadores, num enorme esforço de recuperação do património nacional, sabendo-se que, antes do início da guerra de agressão, a Síria era regularmente visitada por arqueólogos de renome provenientes de várias localidades mundiais.

Este é mais um exemplo da actuação do imperialismo, daqui resultando centenas de milhares de pessoas, populações inteiras inocentes, mortas às mãos dos vândalos do século XXI e um próximo e médio oriente em polvorosa, sem que possamos saber quando poderá será alcançada a tão almejada paz naquela área geográfica.

Ao longo destes últimos dias, foram chegando mensagens de felicitação ao presidente reeleito com 95,1% dos votos válidos de mais de 14 milhões de eleitores num universo de 18,1 inscritos nos cadernos eleitorais, mensagens sobretudo de dirigentes políticos, partidos, personalidades e intelectuais do Médio Oriente e de outros pontos da Ásia, no entanto contra todas as expectativas a União Europeia declarou a renovação das sanções económicas contra o País, deixando claro que as proclamações dos responsáveis europeistas sobre os seus valores contradizem-se na prática.

Em comunicado, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros afirmou que o prolongamento dessas «desumanas medidas coercivas unilaterais evidencia a falsidade dos valores que a  União Europeia alardeia e o seu envolvimento na injusta guerra contra a Síria».

Para as autoridades sírias, a UE acumulou «muitos fracassos por causa das suas perspectivas equivocadas e da sua dependência cega da política norte-americana, e perdeu credibilidade e influência na região e no mundo, tendo-se transformado numa entidade gelatinosa sem cor, sabor ou cheiro».

Num documento intitulado «Síria: Conselho prorroga sanções contra o regime por mais um ano», a UE anunciou o prolongamento das sanções impostas à Síria em 2011, até 1 de Junho de 2022, alegando a «contínua repressão da população civil no país».

A lista punitiva inclui 283 pessoas e 70 entidades, proibidas de entrar no território dos países que fazem parte do regime da União Europeia, e a quem é imposto ainda o congelamento de bens e activos.

As medidas visam igualmente o congelamento dos activos do Banco Central da Síria na UE e um embargo às importações de petróleo e às exportações de equipamentos e tecnologia, situação que reverterá negativamente para a população síria, a qual nem por essa razão deixou de festejar expressivamente em vários pontos do País a reeleição de Bashar al-Assad como presidente, segundo informação da Prensa Latina.

Estamos, pois, perante mais uma flagrante injustiça praticada pela UE que leva por diante a política criminosa imposta pelo imperialismo estado unidense, não deixando quaisquer dúvidas sobre os intentos da mesma: ingerir, invadir, matar e roubar recursos naturais de países soberanos.