A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo manifestou satisfação com o crescimento do setor do turismo nos Açores em 2016, não só enquanto ano recorde em todas as ilhas, mas também por ser a região do país onde as dormidas evidenciam o maior crescimento, com um aumento de 21% face ao período homólogo.
“O mês de dezembro, com 55 mil dormidas na Região, mais do que um crescimento de 2% neste mês, traz para o ano de 2016 mais de 1,5 milhões de dormidas, o que nos deixa muito satisfeitos”, afirmou Marta Guerreiro, que comentava os dados divulgados pelo Serviço Regional de Estatística e pelo Instituto Nacional de Estatística.
Os turistas nacionais representam 41% das dormidas nos Açores e o mercado estrangeiro os restantes 59%, com realce para os EUA e Espanha, dois mercados que considerou serem “muito significativos” e que estão “bem identificados” no Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores.
A titular da pasta do Turismo, em declarações aos jornalistas, salientou que a aposta continuará ser feita no mercado nacional, mas haverá uma incidência no mercado estrangeiro, nomeadamente Alemanha, Itália, França, Suíça e Holanda, com destaque para os EUA e Espanha.
Para Marta Guerreiro, os EUA e o Canadá são “mercados muito importantes a desenvolver”, salientando que, tal como acontece com o mercado espanhol, não são servidos, contrariamente ao continente, por ‘low cost’ e têm tido crescimentos bastante significativos.
Ainda em termos de dormidas, entre janeiro e dezembro de 2016, as variações por ilha são todas “bastante significativas e acima dos dois dígitos”, com destaque para o crescimento registado na Terceira (63,4%), Corvo (42,7%) e Graciosa (24,1%) face a igual período em 2015.
“A aposta na Terceira é bastante significativa e está associada ao crescimento dos mercados espanhol e norte-americano, que, efetivamente, a par do mercado alemão, representam em termos percentuais os maiores pesos que temos de não residentes”, frisou Marta Guerreiro.
Relativamente aos desafios para 2017, a prioridade é fazer crescer o período da época alta e combater a sazonalidade, bem como a qualidade, “bem sustentada e bem reconhecida” por via da formação para jovens e da requalificação de quem já está no setor, em áreas como a restauração, mesa e bar, cozinha, atividades de Natureza, línguas e património.
“É importante realçar que, em termos de proveitos totais, conseguimos ultrapassar em 2016 a barreira dos 70 milhões de euros”, representando um aumento de 30% face ao ano anterior, salientou a Secretária Regional.
Marta Guerreiro reafirmou que há ainda trabalho a fazer, mas assegurou que “a massificação não é um risco” para os Açores, até porque “está a ser desenvolvido um trabalho em termos da avaliação das cargas dos locais frequentados pelos turistas”.