ARCO ÍRIS, TRÊS DÉCADAS ABERTA AO PÚBLICO

A loja Arco Íris, loja situada em frente à Igreja da Nossa Senhora da Conceição, na Ribeira Grande, celebrou, no passado dia 28 de março, 30 anos de abertura ao público.

“É uma vida. Uma vida felicíssima, apesar de haver dias melhores e dias piores, mas sempre feliz, sempre com um sorriso pronto para o cliente”, afirma a proprietária, Filomena Cunha.

Com esperança e vontade que o estabelecimento complete mais 30 anos, Filomena Cunha admite que a loja continua a ter procura, principalmente por ser “a única com tanta variedade de artigos”. De facto, na Arco Íris pode-se encontrar um pouco de tudo o que esteja relacionado com costura, desde rendas, linhas, tecidos variados, aplicações como os galões, entre outras tantas coisas.

E desengane-se quem pensa que este tipo de lojas está em desuso. Segundo a proprietária, a verdade é que até se está “a voltar ao passado”, com as pessoas a preferirem que a costureira faça as próprias toiletes para casamentos, comunhões ou batizados, por exemplo.

“Algumas coisas estão, de facto, a voltar ao antigamente. Lembro-me que a minha mãe também fazia a sua costura em casa, e para nós quando eramos pequenas. Eram as pessoas que faziam as suas próprias roupas. E agora, a maioria também voltou a recorrer às toiletes porque veem nas revistas ou na internet e gostam de imitar ou fazer algo diferente, bonito, à sua maneira e a única hipótese é ir a uma costureira para idealizar aquilo que a pessoa está à procura. Porque é difícil de encontrar no mercado já feito”, explica Filomena Cunha.

Com clientes habituais há 30 anos, a proprietária da Arco Íris explica que muitos deles já eram clientes da anterior loja, conhecida como do senhor Marianinho. “As pessoas das freguesias, como de S. Brás, da Maia, da Lomba da Maia ou da Lombinha, vinham à Ribeira Grande à loja do senhor Marianinho e quando eu abri as pessoas continuaram a vir. Mas recordam, muitas vezes quando vêm comprar tecidos, a pessoa que ele era, sempre atencioso e meigo para o cliente”, recorda Filomena Cunha.

Mas os tempos são outros e, hoje, a Ribeira Grande é também uma cidade diferente, cada vez mais por causa do turismo. Por isso mesmo, a Arco Íris tem também a sua parte de artesanato com uma enorme variedade de artigos como canecas, copos, dedais, tabuleiros, toalhas ou t-shirts dos Açores, umas com impressão outras bordadas, para servirem de recordação a quem visita a Ribeira Grande.

Com o aumento do turismo e a abertura de novos hotéis na Ribeira Grande nos próximos tempos, Filomena Cunha acredita que isso será benéfico não só para a restauração e para a hotelaria, mas também para o comércio local, com a parte dos chamados souvenirs. “Acho que vai ser muito bom até porque estamos muito bem posicionados aqui na rua direita, na rua principal, por isso, estamos com esperança que seja mesmo bom”.

Contudo, este sucesso da Arco Íris não depende unicamente da proprietária Filomena Cunha, mas também do seu marido e da “excelente funcionária”. “É o meu braço direito. Toda a gente me conhece, mas também a conhecem a ela, e à sua forma de estar ao balcão, o sorriso a amizade que fazemos com o cliente. A pessoa quando é bem atendida volta sempre e a nossa porta está sempre aberta”, afirma Filomena Cunha.