Na passada semana, o Azores Fringe acolheu dezenas de artistas e artesãos em conversa e mostras para além de liderarem workshops de aprendizagem e a incentivarem para com o desenvolvimento das artes desde as tradicionais às contemporâneas.
O destaque vai para o workshop de boneca de trapos que, entre conversas, ideias e bom convívio, um grupo de aficionados decidiu seguir com a criação de uma boneca de trapos, com raízes na ilha montanha, pois tal seria um projeto digno para o Pico e seus habitantes, picarotas e picarotos.
Alzira e Conceição, da Escola Regional de Artesanato, partilharam as suas bonecas de trapos, que fazem parte do Museu da Escola em Santo Amaro, alimentando uma conversa com ideias entre as várias gerações presentes. “Isto é Fringe” diz Terry Costa, diretor artístico da associação MiratecArts, promotora do festival. “Isto é Fringe, isto é dinamizar a nossa sociedade, criar oportunidades de empreendedorismo.”
Assim, a MiratecArts vai liderar o processo de design da nova boneca de trapos do Pico, a que a jovem Joana Rosa já se comprometeu executar com o apoio da experiência das gémeas da Escola de Artesanato. “Esperamos conseguir apresentar no Montanha Pico Festival, que acontece em janeiro, o protótipo deste projeto, que pode muito bem ser um novo fenómeno cultural da nossa ilha para o mundo” conclui Terry Costa.
Entre outras ideias, os participantes sugeriram à MiratecArts trabalhar mais directamente com o CRAA (Centro Regional de Apoio ao Artesanato) para apresentar uma feira que possa acolher mais artesãos e mais modalidades de artesanato, das várias ilhas, durante o próximo Fringe.
O festival internacional de artes, Azores Fringe, continua até 30 de junho.