CASA DO POVO DO PICO DA PEDRA CELEBROU O 40º ANIVERSÁRIO

Durante a sessão solene comemorativa do 40º aniversário da Casa do Povo do Pico da Pedra, que decorreu na sede da instituição, José Maria Tavares Cardoso Jorge, presidente da Casa do Povo do Pico da Pedra, destacou que “após 40 anos de atividade, é necessário olhar para trás”, para não se esquecerem nem do longo caminho percorrido, nem dos obstáculos que tiveram de ultrapassar, considerando que trabalharam algumas vezes em “condições quase irreais e em edifícios altamente degradados”.

“Ao longo destes anos participamos em dezenas de reuniões com entidades públicas e privadas, trocando ideias e conversações, para superar as dificuldades com que nos deparávamos. Sensibilizamos os governantes para as nossas carências e sempre na busca das nossas respostas”, afirmou o presidente da instituição.

José Maria Tavares Cardoso Jorge enalteceu que “do imóvel degradado passamos a ter instalações adequadas para o funcionamento condigno de uma creche, de um CATL, de um Centro Dia e de Convívio para Idosos, da Biblioteca Onésimo de Almeida e do salão onde nos encontramos, que recebe, diariamente, jovens e idosos para a prática de diversas atividades”.

A Casa do Povo do Pico da Pedra é “uma sociedade que se constituí por pessoas e para as pessoas”, e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da comunidade e contribuir para a valorização e enriquecimento do Pico da Pedra, assim como para uma sociedade mais justa e participativa.

Filipe Jorge, vereador da Cultura da Câmara Municipal da Ribeira Grande, lembrou, a este propósito, “o relevante papel social que a instituição tem tido na freguesia e no concelho, afirmando-se nas respostas sociais que dá e que vão ao encontro de quem mais precisa” e exaltou que “este é um macro da Casa do Povo do Pico da Pedra e é uma comemoração de todos os picopedrenses”.

Neste contexto, Fernando Sousa, Diretor Regional do Desenvolvimento Rural, revelou que “o pico da pedra não era a mesma coisa sem a sua casa do povo. A história do pico da pedra não era a mesma sem a sua casa do povo”.

No que respeita as infraestruturas, esta instituição é proprietária de uma zona de lazer com parque infantil e campo de futsal, churrasqueiras, espaços verdes e “não é frequentado apenas pela população residente, mas também por habitantes das freguesias vizinhas e por diversas instituições que trabalham com crianças e jovens”.

O presidente da Casa do Povo salientou que “se é verdade que possuímos todos estes equipamentos, também é verdade que, na sua maioria, foram fruto do nosso esforço, pois está no nosso ADN não cruzarmos os braços à espera que alguém faça tudo por nós”.

“O que eu quero agora aqui frisar é que, para além do edifício onde nos encontramos, nunca tivemos nada com a chave na mão, como acontece em muitas freguesias e, como tal, não é justo sermos penalizados perante os nossos projetos futuros. Podemos, assim, afirmar, com convicção, que a história desta Casa do Povo, além dos seus 40 anos de vida, resume-se numa ação constante ao serviço dos seus associados e da comunidade em geral, que é realizada em fraternidade para o desenvolvimento da pessoa humana na sua dimensão intelectual, física e social”, referiu José Maria Tavares Cardoso Jorge.

 

 

O presidente da instituição disse estar ciente e consciente de que “os tempos que atravessamos exigem de nós uma reflexão profunda do que queremos e para onde vamos” e que quando assumiu funções, neste último mandato, definiu como eixo prioritário de atuação “a aposta na valorização e na construção de novas infraestruturas, que possibilitem responder às exigências atuais e fortificar os pilares da nossa atuação ao longo destes 40 anos”.

José Maria Tavares Cardoso Jorge afirmou que a Casa do Povo do Pico da Pedra está disponível “para criar parcerias com entidades governamentais, autárquicas e civis, que permitam a existência e a valorização dos nossos valores e desenvolver uma atividade onde todos se revejam e se motivem nas diferenças e nas semelhanças. Nós queremos ser parceiros ativos e não somente financiadores”.

A instituição pretende adquirir uma moradia para construir um Centro Social com ateliers direcionados para cursos de formação, com uma sala de informática aberta à população e com o intuito de acolher os jovens do 1º, 2º e 3º ciclos, depois das aulas, quando regressarem à freguesia depois das suas aulas, para que eles posam usufruir de um espaço de instituto e de convívio.

“Gostaríamos também de ter um polivalente coberto, que possa servir a comunidade e, de modo especial, o Vitória Clube do Pico da Pedra, que é a equipa de futebol da freguesia. Esta seria, uma forma, de auxiliar o clube e a comunidade. Já manifestamos esta intenção ao presidente da Câmara da Ribeira Grande e esperamos que se concretize esta velha aspiração dos picopedrenses”, evidenciou José Maria Tavares Cardoso Jorge.

No que concerne os transportes e a mobilidade, o presidente da Casa do Povo explicou que “o fluxo de transporte de crianças, jovens e idosos, obriga a termos de equacionar, com urgência, a aquisição de uma viatura de 16 lugares, bem para além de uma outra para o transporte de pessoas de mobilidade reduzida”.

José Maria Tavares Cardoso Jorge prometeu “um esforço elevado e redobrado na concretização destes objetivos, apesar de nos preocupar as fontes de financiamento para tal”.

As comemorações dos 40 anos da fundação da Casa do Povo do Pico da Pedra vão decorrer ao longo do ano de 2018, através da realização de diversos eventos, a inauguração da ampliação da Biblioteca Onésimo Almeida, que vai decorrer no próximo dia 3 de março e vai contar com a presença do escritor Dr. Onésimo Teotónio Almeida, que vai aproveitar o acontecimento para lançar um dos seus mais recentes livros. Em junho vai decorrer o império dos Inocentes do Divino Espírito Santo, do qual a Casa do Povo é mordomo; e em setembro realizar-se-á um encontro com os emigrantes durante a época das festas da Santa padroeira do Pico da Pedra, Nossa Senhora dos Prazeres. A Casa do Povo do Pico da Pedra também tenciona organizar um dia aberto à comunidade, uma feira solidária, entre outros eventos.