CIPRIANO CASTRO ADMITE QUE “AINDA HÁ MUITO PARA FAZER” EM AVINTES

O Auditório dos Plebeus Avintenses acolheu, no dia 14 de outubro, o ato de instalação dos novos órgãos autárquicos da freguesia de Avintes. Cipriano Castro elencou, na cerimónia, as mudanças positivas que a freguesia sofreu ao longo dos últimos oito anos. Eduardo Vítor Rodrigues mostrou abertura para a construção de uma piscina em Avintes, e não poupou elogios ao Centro de Inclusão Social, já em funcionamento.

 

 

Cipriano Castro foi reeleito presidente da Junta de Freguesia de Avintes pelo Partido Socialista. A tomada de posse aconteceu no dia 14 de outubro, e a ele, para o quadriénio 2021-2025, juntou-se o restante executivo, composto por Manuela Lopes, Domingos Oliveira, Eduardo Ribeiro e Joana Sá, nomeado com dez votos a favor e três em branco.

A eleição a Mesa da Assembleia de Freguesia contou também com dez votos a favor e três em brancos. Assim, Daniela Castro assumiu a função de presidente, juntando-se a ela Eurico Pereira e Teresa Ferreira, como primeiro e segundo secretários, respetivamente.

Soraia Teixeira foi a primeira a discursar e começou por dizer que “é com enorme satisfação e sentido de compromisso que assumo o lugar de eleita pela CDU”. No entanto, não demorou a fazer duras críticas à governação, afirmando que Avintes “tem sido, nos últimos anos, marginalizada com falta de apoios eficazes para quem participa no panorama cultural”, recordando que “somos uma terra de teatro, de música, de artesão e ofícios”. A educação, habitação e mobilidade também mereceram a sua atenção e terminou com um apelo: “que se cumpra o que se promete. A pista de atletismo e as piscinas de Avintes, dois equipamentos essenciais para a prática desportiva, tanto para a utilização das coletividades que focam a sua atividade neste setor, como para toda a população”.

A intervenção de Manuel Moreira, eleito pela Aliança Democrática, foi direta e chamou, desde logo, a atenção para abstenção, afirmando que os resultados de dia 26 “assentam apenas em metade da população, o que, no meu entender, é um motivo de preocupação para o futuro”. Com foco no objetivo comum de todos – o desenvolvimento de Avintes – Manuel Moreira deixou o seu desejo de que “não sejam necessárias mais décadas pra colocar esta freguesia na rota do desenvolvimento da modernidade”, afirmando que espera contribuir, com a sua oposição, “com as melhores ideias para o desenvolvimento da freguesia, acrescentando valor, rigor, responsabilidade a esta Assembleia, com base na honestidade”.

O representante da bancada do PS, Daniel Castro, deixou um agradecimento aos avintenses pela confiança, mas também agradeceu a Eduardo Vítor Rodrigues, “obrigada por ter vindo a fazer dos problemas dos avintenses, os seus problemas”. Os elogios estenderam-se a Ciprino Castro, apontado como “alguém que reconhece que há muito para fazer, mas que tem trabalhado incansavelmente, com muitos sacrifícios pessoais, para que hoje Avintes esteja mudada e seja uma referência na região por todas as suas valências”.

O discurso de Ciprino Castro ficou marcado por uma visão da freguesia há oito anos, como forma de salientar tudo o que foi feito. “Lembremos-nos como era a nossa frente de rio (Cais do Esteiro, zona entre o Esteiro e o Areinho, o próprio Areinho), como eram as nossas Casas Mortuárias, como NÃO ERA o nosso atual Pavilhão Desportivo Salvador Guedes, como eram e como são hoje a maioria das nossas ruas de pavimento em asfalto, como era o apoio aos pais das crianças em idade escolar, sem a existência do programa Gaia Aprende+, como estava a antiga Escola Primária do Magarão, agora transformada em Centro de Inclusão Social, como era a sede da Associação de Socorros Mútuos e como existe agora um moderno edifício” e continuou, referindo obras como o Centro Social Mário Mendes da Costa, a Fundação Joaquim Oliveira Lopes, as instalações da Abrigo Seguro e o Quartel dos Bombeiros. Ciprino também referiu a importância do MOB+, que considera um “apoio aos nossos idosos no processo de vacinação”, no entanto, também deixou bem claro que “ainda há muito para fazer”, prometendo “trabalhar diariamente e com toda a dedicação e empenho, o melhor que sabemos e podemos, para com isto contribuir para o progresso da nossa terra”.

A Daniela Castro, nova na função de presidente da Mesa da Assembleia, coube a promessa de que, para todos, mesmo pelos que votaram branco ou não votaram, iria orientar a assembleia “convicta que a Democracia sempre se fará na freguesia de Avintes”, deixando o apelo aos avintenses e às forças partidárias que não conseguiram assento, que participem ativamente nas sessões.

Eduardo Vítor Rodrigues deixou bem claro o seu apoio à construção de uma piscina, caso esse seja o desejo da população, admitindo que “uma piscina municipal não é um luxo, não é um esbanjamento de água, uma piscina numa freguesia como Avintes é um investimento tardio, porque já devia estar feito, é um investimento que serve as pessoas”, disse enquanto revelava as valências que podia ter, como fisioterapia, hidroginástica, entre outras.

“Garantidos temos já, para a freguesia de Avintes, não só o projeto de uma creche que tão importante vai ser nesta freguesia, como a transformação da antiga escola do Magarão naquilo que é hoje o primeiro equipamento do país a funcionar como escola oficina e centro de inclusão social para pessoas com deficiências, que saem aos 18 anos da escola e não encontram no mercado de trabalho nenhuma resposta”, terminou apontando o presidente de Gaia.