CLUBE DE GOLFE DE MIRAMAR ESTÁ DE LUTO PELO PRESIDENTE

O octogenário Clube de Golfe de Miramar, instituição filiada na Federação Portuguesa da modalidade e fundada no longínquo ano de 1931, por acção do trio constituído por Frank Gordon e os irmãos Cláudio Martins e António Martins, está de luto pelo associado António Freitas da Costa, que há vários anos vinha presidindo aos destinos da prestigiosa colectividade gaiense, uma vez consumada a tomada de posse que o elegeu como sucessor do anterior “timoneiro”, Álvaro Teles de Menezes.

A morte do engenheiro Freitas da Costa, por ter ocorrido subitamente, apanhou de surpresa não apenas os que consigo privavam, mas todos os que se identificavam com a sua forma de ser e dirigir, aliando o perfil humano do dirigente em causa com o espírito de solidariedade que, ano após ano, tem fortalecido sobremaneira a vertente social deste clube gaiense.

Um deles foi o engenheiro José Miguel Mendes Ribeiro, vice-presidente do elenco actual e um dos sócios mais antigos na órbita da Direcção, em cujos órgãos já exerceu as mais diversas funções. Face a tão infausta ocorrência, Mendes Ribeiro fez questão de exprimir por palavras suas o verdadeiro sentimento de pesar de todos os miramarenses e amigos do clube:

«Foi um choque, não só para Miramar, como para muita gente, porque, para além de ser o presidente do clube, era uma pessoa com um perfil conciliador que reunia muitos amigos. É transversal ao Clube e ao Golfe Nacional, desde a Federação a presidentes de muitos clubes, com os quais mantinha um relacionamento muito próximo. O presidente que agora nos deixou sentia e vivia o nosso clube de forma ímpar. Falava com orgulho da sua valorosa história, promovia as suas tradições, defendia os seus interesses e rejubilava com os seus sucessos. Era para todos um inspirador, dando também um contributo fundamental para integrar aqueles que recentemente aderiam ao clube.

Para nós, o António era um intransigente defensor dos grandes valores e princípios da vida, do desporto e do golfe em particular. António Freitas da Costa foi e será para sempre um exemplo, uma referência e parte incontornável do património do nosso clube. Por isso, a maior homenagem que lhe podemos prestar é continuar a obra que deixou iniciada. É continuar o desenvolvimento da escola e responder com firmeza às novas exigências que irão surgir no Golfe Nacional, mantendo viva a parceria que temos com a Federação. Miramar irá responder com determinação porque quer estar sempre na linha da frente, sobretudo na formação de jovens e no seio do próprio clube, pois há muitos mais projetos que fazem parte do nosso plano de atividades.

Meu caro António, em nome do Golfe de Miramar, por tudo o que fizeste, muito obrigado e até um dia».

José Miguel Mendes Ribeiro (vice-presidente)