“TENHO CONSCIÊNCIA DE TER FEITO O MELHOR QUE PUDE E SOUBE PELO POVO”

Apesar de ainda não ter decidido se se recandidata ao cargo, Adelino Martins Maia, presidente da União de Freguesias de Alvarelhos e Guidões admite ao AUDIÊNCIA que faz um balanço positivo do seu mandato. Contudo, o presidente garante que ainda há muito a fazer na freguesia e que, caso vá a votos, terá de contar com o apoio da autarquia para a concretização de alguns projetos.

“Temos que ter um ‘protocolo’ maior, pois necessitamos de mais dinheiro para levarmos a cabo as obras que o executivo considera serem as mais importantes para o bem-estar do nosso povo”, afirma.

 

Qual o balanço que faz a este seu primeiro mandato?
É claro que ambicionamos fazer sempre mais! Eu estou aqui para servir as pessoas e respeitá-las, sem olhar a cores partidárias. Tenho o meu partido e respeito-o, mas temos que ouvir o povo, independentemente da sua cor partidária. Mesmo não tendo podido fazer muitas outras coisas, acho que o que fizemos foi essencial para o bem-estar das pessoas, pelo que, considero poder fazer um balanço positivo. Quero ser presidente do povo e aceitei ficar aqui a tempo inteiro para poder estar sempre perto dele e dos seus anseios, prometendo e fazendo aquilo que ele mais necessitava.

 

O que marca a sua passagem pela presidência desta União de Freguesias e o que gostaria de ter feito?
Tive a sorte, quando entrei para a presidência, de conseguir concretizar um anseio antigo do povo e que era o alargamento da Rua 25 de Abril, e a outra foi o alargamento da rua que passa em frente à Igreja de Alvarelhos. Também fizemos obras em Guidões, onde abrimos algumas ruas e alargamos outras que necessitavam de ser melhoradas, mas sem inaugurações públicas. Não gosto nem faço inaugurações, quero é fazer obras. Se o povo o quiser fazer inaugurações, então vou lá beber um copo com ele e ajudar à festa, mas os dinheiros públicos são para as obras e não para se andar a gastar o pouco que há com essas coisas.

 

Já referiu que o relacionamento com a Câmara da Trofa tem sido bom, e em relação às demais entidades?
O presidente da Câmara é um homem muito parecido comigo, é muito terra-a-terra e de bom coração, e isso tem sido essencial para o bom desenvolvimento deste trabalho conjunto. No princípio do mandato tive alguns problemas, até porque ‘isto’ não era para mim. Eu entrei a apenas dois dias das eleições, dando a cara por respeito ao povo. Mas esta foi uma luta um bocado desigual, até porque eu não tinha qualquer experiência neste campo. Dei, em conjunto com os restantes elementos que compõem o executivo da Junta, o melhor que foi possível, independentemente de ser em Alvarelhos ou em Guidões. Costumo dizer em jeito de brincadeira que tenho três amores, Ribeirão, a minha terra natal, Alvarelhos e Guidões, e, é assim que eu lido com o povo.

 

O que pode esperar o povo se for reeleito na presidência?
Já pensei um pouco no assunto, não porque esteja desgostoso com o trabalho desenvolvido, bem pelo contrário, mas ainda não sei se vou optar pela continuidade, até porque acredito que há pessoas com mais qualificação para o desempenho destas funções, mas não estou preocupado com o futuro. Eu sou alérgico a campanhas eleitorais e não estou preocupado com elas. As pessoas é que têm que decidir se o nosso trabalho foi bem feito ou não e se vamos continuar ou não, e isso é decidido livremente pelo povo na hora de votar. Tenho consciência de ter feito o melhor que pude e soube pelo ‘povo’, e, se sair, fico de consciência tranquila com o trabalho realizado ao longo deste meu primeiro mandato. Se acabar por me decidir pela candidatura a um novo mandato à presidência da Junta e, se o povo decidir que eu e o meu executivo somos a melhor opção, sei que vamos continuar a ter muito trabalho para levar a cabo.

 

Que trabalho é esse que falta?
Há muito para fazer nestas duas freguesias e, pessoalmente, já prometi ao povo que iria dar continuidade a diversas obras, uma das quais a reparação da rua principal de Guidões, uma obra de muita importância para o povo da freguesia. Outra obra que se impõem é a reparação da rua de Sanguinhal, mas há muito mais a fazer. Em Guidões também queremos avançar com a colocação de sinalética numa das aldeias da freguesia, um anseio dessa população há mais de quinze anos. Se for reeleito, já disse ao presidente da Câmara que é preciso muito boa vontade e dinheiro. Temos que ter um ‘protocolo’ maior, pois necessitamos de mais dinheiro para levarmos a cabo as obras que o executivo considera serem as mais importantes para o bem-estar do nosso povo.