DEPOIMENTOS ANIVERSÁRIO RIBEIRA GRANDE

Gisela Rodrigues, presidente da Junta de Freguesia da Conceição

“Parabéns à nossa Ribeira Grande que atinge, este ano, a beleza matura de 39 anos de Cidade!

Associada a esta efeméride está a freguesia da Conceição, um dos berços da sua génese e um dos pilares sociais e económicos do concelho.

À semelhança de toda a Ribeira Grande, a freguesia da Conceição oferece luxuriantes paisagens e confortáveis serviços, a par de regalos gastronómicos e de tradições seculares.

As transformações positivas que se têm vindo a operar na Conceição revelam a força e a ambição das suas Gentes e a motivação dos seus dirigentes em todas as áreas de atuação humanas. Orgulhosamente, a freguesia da Conceição é casa de imponentes edifícios classificados, de conceituados restaurantes, de apetecíveis pastelarias, da melodiosa Filarmónica Voz do Progresso, do sadio Clube Benfica Águia Sport entre tantas outras instituições e serviços que lhe dão Vida.

No meio da sua secular história, os 39 anos da nossa Ribeira Grande são sentidos com muita alegria na freguesia da Conceição, particularmente pela importância do evento e pelo significado cívico que este representa.

Ainda que em registo diferente e sem a comum «pompa e circunstância», a nossa Ribeira Grande está em festa e é-lhe devida toda a gala. Que a «comadre» Senhora da Conceição deite sempre as suas bênçãos sobre todos os ribeiragrandenses que, por nascimento ou opção, fazem deste o melhor lugar para viver!

Viva à nossa Conceição e viva à nossa Ribeira Grande!”

 

 

João Dâmaso Moniz, presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Seca

“A 29 de junho de 1981, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores aprovou o Decreto Regional n.º 9/81/A, elevando a então cognominada de vila-cidade à categoria de cidade. Este ano, celebra-se o 39.º aniversário de uma legítima aspiração dos Ribeiragrandenses, que permitiu a consagração da relevância desta cidade no progresso económico e social da ilha de São Miguel e por consequência da Região Autónoma dos Açores.

O poder local, ao longo destes 39 anos, procurou acompanhar a dinâmica do tecido empresarial, numa altura em que ser cidade significava desenvolvimento económico e progresso social. Hoje, facilmente se destaca aquilo que a Ribeira Grande possui de verdadeiramente expressivo: a competência das nossas gentes, a sua atividade empreendedora, a riqueza patrimonial e arquitetónica, os genuínos costumes e tradições, as nossas paisagens e zonas balneares, e, por consequência deste enquadramento, o seu enorme potencial!

A dinamização do concelho e particularmente da cidade da Ribeira Grande passa, hoje, pela sua promoção turística associada à atividade cultural, mas também à riqueza patrimonial, aos seus costumes e tradições. O tecido empresarial local saberá acompanhar os desafios futuros, dando respostas concretas às necessidades desta nova fase. Interessa, no entanto, manter e conservar aquilo que melhor nos carateriza, numa lógica de sustentabilidade e preservação.

Como em qualquer efeméride, importa enfatizar o esforço, a dedicação e o empenho de todos aqueles que contribuíram para o desenvolvimento da Ribeira Grande ao longo destes últimos 39 anos: empresários do setor primário ao terciário, autarcas, forças vivas do concelho, e de forma especial os cidadãos desta terra que contribuíram com a sua capacidade e dedicação para dar continuidade ao percurso social e económico desta nossa cidade.”

 

 

Marco Furtado, presidente da Junta de Freguesia da Ribeirinha

A Ribeirinha descrita por Gaspar Frutuoso: «Um lugar de boas e frescas águas».

A Ribeirinha, desde a sua passagem de curato a paróquia, passando a freguesia em 3 de agosto de 1948, muito tem evoluído, sendo poucos locais que possuem duas fábricas: a do linho e a da chicória.

Com aproximadamente com 3000 mil pessoas, é umas das freguesias mais jovens do concelho da Ribeira Grande.

O porto de Santa Iria sempre foi (desde os tempos da caça à baleia) zona piscatória e de recreio, bem como porto de carga de laranja para exportação, uma fonte de rendimento à população (este local paradisíaco está desde 2005 a necessitar de obras urgentes de recuperação por parte do Governo Regional).

Vários novos bairros foram surgindo: o bairro de Santa Rosa, Ruas Padre Artur Pacheco Agostinho, Rua Monsenhor Jacinto da Costa Almeida e mais recentemente o complexo de apartamentos da Rua do Jogo.

Igualmente a todas as freguesias, tem os seus problemas como a falta de habitação condigna, a falta de emprego e a toxicodependência, e são estas algumas das situações que a Junta tem tentando colmatar.

Somos conhecidos pela qualidade dos nossos produtos hortícolas, pelo dinamismo das pessoas, pelas nossas instituições e associações que, dia após dia, trabalham para melhorar a freguesia: os romeiros, os escoteiros, a comissão de festas, os movimentos religiosos, a filarmónica, as associações como a Vassoura de Milho, Os Ribeirinhos, a Unidos Por Si, Os Veteranos, grupos corais, a Casa do Povo e a escola.

Somos uma Freguesia com nome diminutivo mas com grandes tradições nas suas gentes, são várias as figuras icónicas que dinamizaram a nossa Ribeirinha. A grandiosidade das festas do nosso padroeiro, o Santíssimo Salvador do Mundo, que em tempos era a maior festividade religiosa da ilha a seguir à festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Desde que é freguesia (1948), todos os seus 10 presidentes de junta ao longo do tempo tiverem que superar, várias situações difíceis, mas penso que nunca foi tão desafiante e desgastante ser presidente de junta como agora, em estamos a passar tempos difíceis a nível social, habitacional e socioeconómico. Somos os parentes pobres da política, mas a nível pessoal por mais que digam que não, é gratificante, e é sempre um orgulho poder contribuir para o desenvolvimento do que é nosso: da nossa terra e as suas gentes.”

 

 

Hernâni Costa, presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Grande – Matriz

“Parabéns, Ribeira Grande pelo 39º aniversário de elevação a cidade. Após ter sido elevada a vila por D. Manuel I a 4 de Agosto de 1507, foram necessários mais 474 anos para que fosse elevada a cidade, a 29 de Junho de 1981, fazendo justiça a uma vila que transbordava dinamismo e desenvolvimento.

Os ribeiragrandenses, povo laborioso e empreendedor, nunca se resignaram às fatalidades da natureza nem às imposições políticas, mesmo quando sofreu uma grande injustiça com a mudança do aeroporto para a costa sul. Essas e outras injustiças sofridas ao longo dos tempos apenas fortaleceram esse espírito inconformado dos fuseiros. A maior riqueza de uma terra são as suas gentes e no caso da Ribeira Grande, foram os ribeiragrandenses que lutaram para verem reconhecido o seu estatuto de grande polo socioeconómico nos Açores.

Após a elevação ao estatuto citadino, a Ribeira Grande passou por um período de menos fulgor talvez pelo desgaste provocado pelo reconhecimento desse patamar administrativo. A década de 80 do século passado acabou por ser um período de alguma estabilidade e de adaptação a uma nova realidade, a que não foram alheias as dificuldades económicas que a região e a república atravessavam. Situação que se viria a reverter com a adesão de Portugal à comunidade europeia em 1986, mas que em termos locais e no que à Ribeira Grande diz respeito, só começaram a ver os efeitos práticos dessa adesão na década de 90.

Hoje a Ribeira Grande é uma cidade diferente, mais jovem e dinâmica, virou-se para o mar e abriu os horizontes. Aos investimentos públicos levados a cabo pela autarquia, sem o devido acompanhamento regional, seguiram-se investimentos privados em várias áreas, mas o turismo tem sido sem sombra de dúvidas uma alavanca primordial para a economia local e para a reabilitação urbana da cidade.

O que era um local de passagem a caminho das Furnas, tornou-se uma paragem obrigatória para aqueles que estão condicionados pelos horários dos autocarros fretados pelas centenas de cruzeiros que ancoram todo o ano em Ponta Delgada. Aqueles que vêm por conta própria descobrem uma cidade cheia de locais de interesse histórico e paisagens idílicas; aqueles que antes só se hospedavam nos hotéis de referência descobriram agora os alojamentos locais de grande qualidade e fiéis à nossa tradição.

Hoje a Ribeira Grande está diferente para melhor.

Não se pode falar da Ribeira Grande sem falar na freguesia da Matriz. Se todas as partes de um corpo são importantes, não é menos verdade que nenhum corpo sobrevive sem o seu coração. A freguesia da Matriz tem sido esse coração pujante na nossa jovem cidade, um coração que orgulhosamente alberga grande parte do valioso património histórico da cidade, e um facto inultrapassável é o de ser a primeira de entre todas as freguesias que constituem a cidade. A sua toponímia assim o reconhece: Matriz (Mãe) da Ribeira Grande, tanto a nível geográfico como histórico.

A Nossa Senhora da Estrela da Matriz, representativa da padroeira concelhia e de freguesia, sempre se manteve na heráldica do município desde o seu início, símbolos que se foram juntando o açor, a ponte e a faixa ondulada, alusivos, respetivamente, à Região Autónoma dos Açores, à Ponte dos Oito Arcos e à nossa ribeira que dá nome à cidade.

A Freguesia de Ribeira Grande – Matriz é um local pleno de história e interesse e é, sob o ponto de vista patrimonial e cultural, um dos lugares dos Açores que apresenta maior riqueza. Uma vasta panóplia de monumentos, como a imponente Igreja Matriz de Nossa Senhora da Estrela que está situada no cimo de uma enorme escadaria no Largo Gaspar Frutuoso; a Igreja do Espírito Santo (também conhecida por Igreja do Senhor dos Passos) é um templo religioso do século XVII com uma espetacular fachada barroca, e para além destes templos existem várias ermidas, como as de Santo André, Santa Luzia, Nossa Senhora da Salvação e a Nossa Senhora de Fátima.

O edifício dos Paços do Concelho, a janela manuelina com o seu friso renascentista do século XVI, a Casa do Arcano Místico (obra de Madre Margarida do Apocalipse), a Casa Municipal da Cultura, instalada no antigo Solar de São Vicente, o Teatro Ribeiragrandense e a Biblioteca Daniel de Sá são alguns dos melhores exemplos da riqueza patrimonial da Matriz.

A Ponte dos Oito Arcos constitui um dos ‘ex-libris’ da cidade da Ribeira Grande, agora com a companhia da nova Ponte do Atlântico como pano de fundo de um lindo postal de visita. Estas duas pontes representam o passado laborioso e resiliente da Ribeira Grande, mas também um futuro de esperança e desenvolvimento para este século XXI. A ribeira da Ribeira Grande é a nossa cara e consciência e, ao mesmo tempo, é o nosso convite para viajar à tradição e cultura dos moinhos tão enraizada na nossa história.

Neste momento está em curso a construção de um trilho pedestre ao longo da Cala da Condessa denominado Roteiro dos Moinhos que visa salvaguardar esse património histórico valioso e preservar o nosso ambiente.

As Caldeiras da Ribeira Grande são uma aprazível zona turística com um estabelecimento termal e várias nascentes de água mineral, um restaurante de referência regional e trilhos pedestres que são o encanto dos amantes de natureza pura. As poças da Ribeira Grande também oferecem uma área de veraneio de primeira qualidade aos seus habitantes e a todos aqueles que nos visitam. Uma infraestrutura moderna e diferenciadora em relação aos outros concelhos de São Miguel.

O Miradouro de Santa Luzia, também conhecido como o Miradouro do Palheiro será a nova atração turística da cidade, passará a ser conhecido como “O Melhor Pôr-de-Sol dos Açores”, projeto que já está na sua fase final e que trará enormes benefícios para a Ribeira Grande.

O Largo das Freiras já totalmente requalificado, será mais um novo ponto de encontro entre gerações de ribeiragrandenses. A recuperação do tanque de repuxo do antigo jardim e recolocado neste novo Largo das Freiras, é uma importante recuperação de património histórico, mas sobretudo de recuperação do orgulho da Ribeira Grande. Uma cidade tão rica em termos históricos não se podia dar ao luxo de “esquecer” tão valioso património.

O futuro desenvolvimento da Freguesia da Ribeira Grande – Matriz passa pela abertura do Caminho da Tondela, esse é um facto inegável e que finalmente vai começar a ver a luz do dia com a construção ainda este ano da nova Rotunda da Grota. Com esta nova via de acesso direta ao coração da cidade, abre-se uma janela de oportunidades a diversos níveis, desde logo rodoviário mas principalmente ao nível imobiliário, com a possibilidade da freguesia crescer para a zona sul.

Neste enquadramento de desenvolvimento futuro, a segunda e muito viável alternativa é crescer para a zona nordeste com a abertura da Chã das Gatas rumo à freguesia da Ribeirinha, ligando assim as duas freguesias pela orla costeira e enriquecendo a Ribeira Grande com a possibilidade de percorrer desde a Ribeira Seca até ao Porto de Santa Iria sempre com o mar à esquerda. Privilégio que poucas cidades no mundo têm e que a Ribeira Grande tem que saber aproveitar para estar na linha da frente na área que mais potencialidade tem no futuro: economia azul.

As preocupações ecológicas estão cada vez mais presentes na nossa sociedade e a Ribeira Grande tem feito um grande esforço para estar na vanguarda desta nova consciência global. A nova ciclovia que irá percorrer toda a cidade é um perfeito exemplo disso mesmo, alternativas ecológicas e promotoras de estilos de vida saudáveis, fazendo com que cada vez mais inseridos num mundo global, estejamos atentos a tudo o que se passa nesta aldeia global. Nos dias de hoje e com os avanços tecnológicos, estamos todos interligados e interdependentes.

A Matriz da Ribeira Grande também constitui o centro nevrálgico de todos os serviços do Concelho e da Cidade nomeadamente tribunal, finanças, segurança social, registo predial, correios, bancos, comércio, etc., fazendo dela um polo político, social, financeiro, empresarial e institucional.

A Ribeira Grande está de parabéns, estes 39 anos foram de muitas lutas e «dores» de crescimento, mas os desafios que nos esperam são muito aliciantes. O nosso concelho, fazendo fronteira com todos os outros concelhos de São Miguel, assumiu uma posição de charneira e com a melhoria exponencial das vias de comunicação, ficamos a escassos minutos de distância de todos eles. Se é no meio que está a virtude, então é a Ribeira Grande que está no centro da nossa ilha e no centro das decisões que influenciam o nosso futuro em conjunto.

A nova geração de ribeiragrandenses é a mais qualificada de todas, temos a obrigação de desenvolver políticas de fixação desses jovens, impedindo a sua «saída forçada» para outros mercados.

A emigração sempre fez parte da Ribeira Grande, temos uma comunidade extraordinária na América do Norte e outras mais pequenas espalhadas pelo mundo fora. Essa comunidade de ribeiragrandenses (que apenas não residem nos Açores) é uma grande riqueza para a nossa cidade e felizmente a Ribeira Grande soube homenagear os nossos emigrantes com a nova Praça do Emigrante, que ficou uma obra-prima.

A cidade da Ribeira Grande tornou-se num excelente local para se viver e para se visitar, e temos que dar os parabéns a todos aqueles que contribuíram para esse desenvolvimento no passado e no presente, mas todos nós temos a responsabilidade de continuar a construir uma cidade e um concelho cada vez mais sustentável e harmonioso.

A Matriz continuará a ser o coração da Ribeira Grande, também ela cheia de desafios aliciantes e projetos que visam beneficiar não só a nossa terra, mas principalmente os nossos cidadãos. Essa é a marca que gostaria de deixar como legado para o futuro. A verdadeira causa pública é estar ao serviço das pessoas.”

 

 

José António Garcia, presidente da Assembleia Municipal da Ribeira Grande

Há pouco mais de três meses cada um, com mais ou menos certezas, dava por adquirida uma série de realidades, vividas ou em perspetiva, mas todas elas excluindo qualquer cenário tão crítico e aterrador como o que nos foi imposto pela Pandemia do SARS-CoV-2, contra a qual nos confinamos, lutamos, sofremos, alguns dos nossos pereceram e que ainda não sabemos ao certo como irá evoluir.

Somos um povo resiliente. Há muito que convivemos com os desafios que a Natureza nos impõe e sempre nos reerguemos ainda com mais força e vontade de viver. Resistimos ao isolamento geográfico e político afirmando e fazendo consagrar soluções de autogoverno.

Resistimos também a ciclos económicos negativos. Mas sentimos agora dolorosamente que a abertura ao mundo, a chamada globalização, não é apenas uma palavra do contexto socioeconómico. É tudo o que vivemos porque o mundo deixou de ser a Aldeia Global, no conceito criado por H. McLuhan, e passou a ser a Rua ou a Sala Global, excluindo por vezes qualquer hipótese de confinamento pessoal e social só porque queremos que assim seja. Não estou em desacordo. Mas o mundo globalizado não vai mudar. Os nossos comportamentos sim.

Na vida da Pólis e dos órgãos de governação mais próximos, a que chamamos autarquias locais, também houve mudança: de prioridades, de políticas e de comportamentos.

Se umas se materializaram em significativas medidas de mitigação do impacto pandémico, outras manifestaram-se em mudanças, nem sempre tão simples, como o recurso à videoconferência e ao teletrabalho. Assim aconteceu no fim do passado mês de abril quando a Assembleia Municipal da Ribeira Grande se reuniu, em sessão ordinária, por videoconferência, apesar de estar excecional e legalmente dispensada de o fazer. Mas, fruto do entendimento entre os partidos políticos nela representados e com a cooperação do órgão executivo municipal, foi dado um sinal claro de que não estávamos (como não estamos) condenados ao confinamento paralisador e atrofiador do exercício da cidadania, cívica e política, criando espaço não apenas para o cumprimento das funções legais deste órgão deliberativo, mas também para a discussão e fiscalização políticas, sem preconceito, que são essenciais à saúde da democracia.

Celebrar neste contexto o Feriado Municipal e simultaneamente o 39º aniversário da elevação a cidade da Ribeira Grande, mesmo sem a mais icónica manifestação dessa data, como é o desfile das Cavalhadas, é celebrar a maturidade e a responsabilidade demonstradas pelos nossos órgãos autárquicos, todos sem exceção, que na sua vocação de proximidade e apoio aos concidadãos se têm multiplicado em esforços e iniciativas para que as desigualdades não se acentuem perigosamente, colocando em risco dois bens essenciais e inalienáveis: a liberdade e a dignidade. Só isso já é motivo para celebrar.

Parabéns, Ribeira Grande.