“É IMPORTANTE FALAR SOBRE TEATRO”

O Auditório de Campanhã foi palco do V Fórum de Teatro Associativo e Artes Performativas. Promovido pela Junta de Freguesia, em colaboração com o Teatro Amador de Campanhã e com o Novo Acto – Associação de Artes Performativas, o certame foi aberto a toda a comunidade e contou com a participação de Abílio Cunha, presidente da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, e Fernando Paulo, vereador da Câmara Municipal do Porto.

 

Promovido pela Junta de Freguesia, em colaboração com o Teatro Amador de Campanhã e com o Novo Acto – Associação de Artes Performativas, o V Fórum de Teatro Associativo e Artes Performativas decorreu no passado dia 5 de abril, no Auditório de Campanhã.

A sessão de abertura foi inaugurada por Abílio Cunha, presidente da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, que afirmou que “é um prazer estar em Campanhã e fazer parte desta moldura inclusiva que existe nesta freguesia e nesta cidade, onde envolvem os parceiros, sobretudo, numa disciplina tão difícil de conciliar públicos como o teatro. Penso que para o público que vem da associação é uma oportunidade para fazer parte da comunidade e de se elevar junto da mesma, trabalhando nesse sentido, promovendo a inclusão, a dignidade e a diversidade”.

Seguidamente, foi Paulo Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Campanhã, quem tomou a palavra, frisando que a edilidade “só pode incentivar estes dois grupos, o Teatro Amador de Campanhã e o Novo Acto, a continuarem, pois é um fórum que extravasa as fronteiras deste território. Portanto, este é um evento com uma importância muito grande nesta freguesia”.

Também, Fernando Paulo, vereador da Câmara Municipal do Porto, participou no certame, sublinhando que “o movimento associativo é uma forma de estar na vida, um propósito e um sentido”.

Assegurando que “os grupos de teatro continuam a ser muito importantes para a formação integral das crianças, dos jovens e da população em geral”, o autarca afiançou que “no movimento de cariz associativo e popular, o teatro continua a ter uma função extraordinária, porque consegue ser muito mais eclético, consegue ter propostas muito mais diversificadas e, sobretudo, dar oportunidade a todas as pessoas, que embora não podendo ser profissionais, através do teatro se realizam e encontram uma forma de se ocupar”.

Neste seguimento, Francisco Nogueira, presidente da Direção do Teatro Amador de Campanhã (TAC), asseverou, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, que “como todos os fóruns, é importante falar sobre teatro, principalmente quando falamos de teatro comunitário e é essa a grande importância deste fórum, porque é uma nova forma, um novo desafio, porque até aqui tínhamos uma ideia de teatro muito fechada e eu acho que o teatro comunitário é uma abertura para dar lugar a todas as associações que praticam teatro, para colaborarem umas com as outras, pois é essa principal finalidade do teatro comunitário”.

Por outro lado, Rui Martins, presidente da Direção do Novo Acto – Associação de Artes Performativas, revelou, em exclusivo a este órgão de comunicação, que “este V Fórum de Teatro vem na sequência dos anteriores, em que nós procuramos sempre, através de temas que estejam na atualidade, debruçar-nos não só sobre o teatro, mas sobre as coletividades, as associações e as artes performativas. Portanto, não é apenas um fórum sobre teatro, é um fórum onde nós trazemos as restantes artes performativas e é também uma iniciativa que nós consideramos importante, por ser o tema de abertura às comunidades e onde procuramos, de uma forma geral, trazer temas genéricos. O ano passado falamos sobre a Inteligência Artificial e, este ano, em função do incremento de comunidades, de microcomunidades e de população estrangeira, procuramos falar sobre essas questões, que são cada vez mais atuais”.

Sob o tema “Teatro Comunitário: Outros Desafios – Novas Abordagens”, o fórum reuniu dois painéis de oradores credenciados, nomeadamente, Fernando Moreira, Manuel António Oliveira, Sónia Barbosa, Gisela Firmino, Indalécio Paiva e Ivan Silva, que moderados por Sónia Barbosa e Mónia Cunha discutiram estratégias inovadoras na área das artes performativas. O debate centrou-se na reflexão sobre práticas colaborativas, sustentabilidade artística e diálogo comunitário, seguindo tendências globais discutidas em estudos recentes sobre teatro participativo.

 

 

 

Rádio Audiência
Rádio Audiência
LIVE