EMPENAS CEGAS DÃO NOVA “COR” À AVENIDA DA REPÚBLICA

Integrada no programa “Primeira Avenida/Duplo Sentido”, realizada por estudantes do mestrado em Arte e Design para o Espaço Público da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, está a decorrer uma intervenção de várias empenas ao longo da Avenida da República, em Vila Nova de Gaia. Denominado de Empenas Cegas, este programa de dinamização urbana integra várias propostas de âmbito artístico com o objetivo de reforçar a apropriação dos espaços daquela zona e o envolvimento das suas comunidades residentes ou visitantes.

O projeto nasceu de uma parceria entre a Câmara Municipal de Gaia e a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com o apoio do Programa Norte 2020, e nele participam estudantes de diversos países. Algumas das intervenções realizadas incluem a de Amanda Copstein, “Terra Invista” que desloca um fragmento da floresta brasileira para a Avenida da República e propõe gerar novas camadas de compreensão ao sobrepor o jogo de palavras, a popular frase “terra à vista” proclamada pelos primeiros descobridores/invasores europeus nas Américas.

Também como parte de um estudo sobre a necessidade de realizar pausas no quotidiano das vivências no espaço público da avenida, Ana Willerding apresenta “Silêncio”, um risco subtil no céu azul, tornando a empena a continuação do vento que sopra. Há ainda “Stone”, de Juana Bravo”, uma imagem destinada a criar tensão visual no espaço público, como uma figura grande e pesada debilmente pendurada por dois frágeis arames.