ESCUTANDO SIMON SINEK

Para quem não conhece, Simon Sinek é um dos mais proeminentes autores e oradores motivacionais da atualidade.

Por norma sou cético em relação a estes oradores. Até porque acho que para desempenhar esse papel é preciso muita experiência de vida, muito conhecimento de facto e viver de pés bem assentes no chão. O que não falta para aí são “vendilhões” cuja profissão é convencer-nos – com meia dúzia de chavões – de que tudo é possível. Mas que, na prática, nada de especial fizeram na vida.

Não é o caso de Simon Sinek.

Norte-Americano, sedeado em Nova Yorque, consegue ser fonte de inspiração no mundo do trabalho e dos negócios para todo o mundo. Até nos Açores.

Sentado que estava em busca de inspiração para escrever estas linhas, dei de caras um dos seus mais recentes posts no Facebook. Livremente traduzido, é algo como isto: “Se fossemos bons a tudo, não precisaríamos uns dos outros”.

E é verdade, não é?

Por vezes gostamos de nos convencer a nós próprios de que somos capazes de ser “the one man/woman show”, com resultados arrebatadores para todos. Mas não é verdade. Porque, embora nem sempre queiramos ou gostemos de acreditar, há outros que são melhores do que nós. Numa ou noutra área. Admitir isso é dar um passo rumo a um novo mundo, mais interligado, mais eficaz, mais real.

No mundo laboral, isto aplica-se perfeitamente aquelas organizações que gostam de resolver tudo com a “prata da casa”. Todavia, recorrendo a outro cliché, dificilmente os “Santos de casa fazem milagres”. Será útil e produtivo colocar o meu colaborador a realizar tarefas para as quais não está minimamente preparado ou motivado? O resultado final será satisfatório? Dificilmente. Será muito melhor, porventura, contratar serviços especializados para aquela tarefa em específico ou recorrer a outsourcings.

Outro exemplo são as organizações que contratam um especialista em determinada área, mas que depois duvidam de tudo o que essa pessoa diz ou sugere, preferindo “fazer como sempre se fez”, ou decidindo outra via, apenas com base num “ah, porque eu acho que…”. Se já caiu neste erro, faça o exercício de pensar o que teria sido diferente se tivesse ouvido @ especialista.

Facilmente se comprova que precisamos uns dos outros, porque é impossível sermos bons a tudo.

Se não conhecem, pesquisem no YouTube ou no Facebook: Simon Sinek. É o conselho que vos deixo hoje.