A vitória em Vila Nova de Gaia tem um nome: Eduardo Vítor Rodrigues!
Mais do que um partido ou qualquer conjunção de forças ou vontades está a determinação de um líder, fortíssimo nas suas convicções e amor à sua terra. Eduardo Vítor Rodrigues podia ser quase tudo, neste país, mas escolheu servir e lutar pelas suas gentes. Reconhecidos os seus méritos, os gaienses, expressaram-lhe, inequivocamente, como a pessoa certa para os liderar e continuar a encher de orgulho Vila Nova de Gaia.
Notável, também, a aposta ganha na conquista das 15 juntas de freguesia onde o PS obteve resultados que ficarão para a história do poder autárquico no concelho. Não há dúvidas que a dinâmica introduzida por Eduardo Vítor Rodrigues ajudou, nalguns casos de maneira decisiva, na obtenção de tais desideratos.
Cipriano Castro, em Avintes, arrasou e obteve o resultado mais saliente ao conquistar 72,52% dos votos. A Coligação do PSD com o CDS aqui ficou reduzida a uns residuais 12,73%. Lembre-se que no tempo de Luís Filipe Menezes esta coligação era poder, com Nuno Oliveira, o que torna este resultado, ainda, mais relevante.
Arcozelo virou rosa e para muitos foi surpresa. Era um reduto que a Coligação queria manter a todo o custo, mas a saída de Nuno Castro Chaves, por limite de mandatos, foi-lhes fatal. Arlindo Camarinha não conseguiu manter os níveis de confiança que quase sempre os arcozelenses dão aos candidatos do PSD.
Obter 15 a 0 nas freguesias significa que todos os candidatos apresentados pelo PS eram de uma dimensão que os restantes não tinham? Aparentemente tal pode não ser verdade.
A onda Eduardo Vítor Rodrigues fez o que faltava pelos candidatos que tremiam e receavam perder o despique, com os gaienses a quererem, uma vez mais, premiarem o seu Presidente de Câmara, oferecendo-lhe a concretização de um desejo que, por diversas vezes, havia expressado.
José Cancela Moura é o grande derrotado. O PSD vale muito mais do que os resultados alcançados. Com ele toda a equipa que rodeou. Uma estratégia mal definida, com erros de casting tremendos. A vassourada que quis aplicar dentro do partido acabou por sobrar para si e, agora, resta-lhe seguir o exemplo do líder máximo do partido.
É pena porque José Cancela Moura é um trabalhador inato pela causa pública. Um homem dedicado e sempre disponível para participar e intervir em defesa de um concelho cada vez melhor. Teve um sonho e como quase todos os sonhos não passou disso mesmo.
Culpa própria parece não restarem dúvidas, mas, também, muita e muita culpa daqueles que acham que são os melhores do mundo e que ao resto não existe alternativa do que os seguir. Não é assim e os gaienses expressaram-no de uma forma exemplar.
Nota, também, para a agonia que o PCP vive há vários anos. Cada vez mais a aproximar-se do mítico MRPP. Será no futuro um grupo de reflexão e pouco mais.
Esta goleada autárquica tem muitos perigos. O principal é a tentação de viverem à sombra dos resultados alcançados ou na expetativa que Eduardo Vítor Rodrigues faça, sozinho, o que uma equipa tem obrigação de fazer. Mais do que nunca é preciso justificar aos gaienses tamanho resultado.
Vila Nova de Gaia tem de continuar em velocidade cruzeiro e para isso exigem-se autarcas ativos e dinâmicos. O adormecimento é proibido. Os mais de 300.000 habitantes que fazem deste concelho, uma referência positiva no país merecem trabalho dedicado e sempre no limite para obtenção de resultados que permitam um aumento da sua qualidade de vida e notoriedade pelos objetivos alcançados.