JOANA OLIVEIRA ESTREIA-SE COMO MAESTRINA DA SOCIEDADE FILARMÓNICA DE CRESTUMA

Aos 27 anos de idade, Joana Oliveira é a nova maestrina da Sociedade Filarmónica de Crestuma. A estreia à frente da banda ocorreu na romaria da Nossa Senhora do Triunfo, em Olival, e Joana Oliveira foi bastante aplaudida e mesmo ovacionada pelos próprios músicos no final do concerto.

Para a professora de flauta transversal, expressão musical e música para bebés, este foi um momento muito emotivo, que nunca mais esquecerá. “É muito bom receber o apoio e carinho de todos, em especial dos músicos da banda. Mas fiquei particularmente emocionada com o carinho que recebi, sobretudo, da população crestumense, cujas mensagens de apoio e carinho muito agradeço e não irei esquecer”, refere ao AUDIÊNCIA.

Natural de Crestuma, Joana Oliveira explica que o sucesso desta estreia também se deveu ao trabalho com os músicos e à própria preparação pessoal.

“Foi necessário elaborar em conjunto com os músicos uma seleção do reportório a utilizar e proceder ao estudo e preparação do mesmo, que estava habituada a tocar e não a dirigir. Sabia perfeitamente que a atuação da banda iria depender muito da segurança que eu própria transmitisse aos músicos. E em três semanas os músicos foram excecionais, verdadeiros heróis, acima de tudo porque me permitiram trabalhar, falhar, corrigir e melhorar. Este trabalho de equipa só poderia dar bons resultados. A banda esteve muito bem e mereceu todos os aplausos que recebeu”.

Aluna da Sociedade Filarmónica de Crestuma desde os nove anos de idade, e flautista desde 2004, Joana Oliveira tem já uma ligação a esta instituição que remonta aos seus antepassados. “O meu trisavô foi um dos fundadores e o primeiro presidente da direção. O meu bisavô foi executante, maestro e presidente interino. Além disso, sempre tive e tenho vários familiares músicos que iniciaram a sua aprendizagem e carreiras musicais na SFC”, acrescentou.

Contudo, desde 2012 que assumiu funções mais proeminentes na Sociedade Filarmónica, ocupando o cargo de responsável pela Orquestra Ligeira e de assistência ao maestro titular, o que lhe deu a experiência necessária, embora Joana Oliveira garanta que “ser a maestrina titular é completamente diferente”.

“Requer outro tipo de conhecimentos, experiências, responsabilidades e até aprendizagem. Sinto que esta experiência é, acima de tudo, um novo desafio que surgiu de forma espontânea e até muito assertiva tendo em conta que a banda ficou privada de maestro titular”.

Desta forma, e após reunião da direção com os músicos, nada mais natural que “passar a batuta e a responsabilidade da banda ao maestro assistente”, neste caso, a jovem crestumense.

Garantindo que o feedback tem “sido bastante positivo”, Joana Oliveira não esquece o apoio da família e deixa clara a sua ambição. “As perspetivas agora passam por adquirir mais conhecimentos ao nível da direção musical e por fazer crescer musicalmente esta instituição que me é tão querida”.

 

BI

Joana Isabel Ribeiro Campos de Oliveira

Natural de Crestuma, nasceu a 26 de Janeiro de 1990.

Iniciou os seus estudos musicais aos 9 anos de idade na Escola de Música da Sociedade Filarmónica de Crestuma. Em 2001 inicia estudos no Conservatório Regional de Vila Nova de Gaia, na classe de Flauta Transversal do professor Adriano Sabença, com quem concluiu o 5º grau. Em 2006 é admitida na Escola Profissional de Música de Espinho, no curso de Instrumentista de Sopro e Percussão, na classe do professor Jorge Correia, tendo trabalhado também com as professoras Angelina Rodrigues e Ana Catarina Costa. Concluiu no ano letivo 2011/2012 a Licenciatura em Música (Performance) na Universidade de Aveiro, na classe da professora Angelina Rodrigues.

Atualmente encontra-se a finalizar o Mestrado em Ensino de Música na mesma instituição.

Frequentou cursos e masterclasses com Gil Magalhães, Félix Renggli, Ana Maria Ribeiro, Vasco Gouveia, Pedro Couto Soares, Cátia Guerreiro, Nuno Inácio, Jorge Caryevschi, Massimo Mercelli, Philippe Bernold, Giuseppe Nova, Wéndela van Swol e Stefano Parrino. A nível de Música de Câmara trabalhou com os professores Aldo Salvetti, Luís Carvalho, Jean-Michel Garetti e Luís Silva.

Participou em vários estágios de orquestra de sopros e orquestra sinfónica, nos quais trabalhou com os maestros Mário Mateus, Saúl Silva, Lino Pinto, Luís Cardoso, André Granjo, Armando Saldarini, Jouke Hoeskstra, Délio Gonçalves, Carlos Amarelinho, Hugo Vieira, Paulo Martins, Hermenegildo Campos, Luís Clemente, Fernando Marinho, José Eduardo Gomes, Luís Carvalho, Francisco Ferreira, Rafael Agulló Albors, Cesário Costa, Pedro Neves, Jean-Marc Burfin, Dominique Debart, António Vassalo Lourenço, Eugene Rogers, Ernst Schelle e António Victorino D’Almeida. Participou ainda em cursos de Técnica Alexander com Pedro Couto Soares e Patrícia Gavinho e em cursos da YAMAHA «ClassBand – Music Teaching System and Method».

Apresentou-se a solo com a Orquestra Clássica da Fundação Conservatório Regional de Vila Nova de Gaia, juntamente com a harpista Carolina Coimbra, interpretando o Concerto para Flauta, Harpa e Orquestra em Dó Maior KV299 de W. A. Mozart.

Obteve o 3º lugar na categoria C no “I Concurso Luso-Galaico Albertino Lucas” e foi-lhe atribuído o Prémio Revelação pelo jornal nortenho “Audiência”.

Desde Abril de 2012 é responsável pela Orquestra Ligeira de Crestuma e maestrina assistente da Sociedade Filarmónica de Crestuma. É uma das fundadoras e responsáveis pelo Estágio D’Ouro – Estágio de Orquestra de Sopros e Percussão. É professora de Flauta Transversal na Academia de Música de Costa Cabral, e professora de expressão musical e de música para bebés na Academia BeSmart.