JOSÉ ALBANO DA SILVA RENOVA MANDATO POR MAIS DOIS ANOS

Na tomada de posse dos novos órgãos sociais Associação Recreativa Entre Parentes, José Albano da Silva, reconduzido no cargo de presidente, garantiu continuar a dinamizar a coletividade. Numa sessão onde se lembrou um dos fundadores, Quim da Ilha, e se elogiou o trabalho desta associação no panorama local e nacional, não faltaram também as críticas aos partidos políticos que queriam terminar com os subsídios ao tecido associativo na freguesia.

 

Tomaram oficialmente posse, no passado dia 14 de janeiro, os novos órgãos sociais da Associação Recreativa Entre Parentes para o biénio 2025/2026. Da lista eleita fazem parte José Albano da Silva como presidente da direção, Abílio Saavedra como vice-presidente, Paulo Sérgio Pacheco como Tesoureiro e Carina Choupina como Secretária.

Elísio Pinto tomou posse como presidente da Mesa da Assembleia Geral, tendo como secretários Aristides da Silva e Ana Coutinho, enquanto o conselho fiscal ficou a cargo de André Filipe Correia como presidente, Luís Miguel Correia como 1º Secretário e Cristiano Teixeira como Relator. Fazem ainda parte, como vogais, os nomes de Vitorino Castro, Helena Choupina, Maria Rosa Gomes, Maria do Céu Oliveira, Paulo Jorge Saavedra, Celestino da Silva, Mário Oliveira de Sá, Maria Alexandra Oliveira e Rodrigo Moreira.

Na ocasião, José Albano da Silva, reconduzido no cargo de presidente da Associação Recreativa Entre Parentes, agradeceu a presença de todos e deixou a promessa de continuar a dinamizar a coletividade. “É uma honra enorme estar aqui para cumprir mais um mandato. Para esta coletividade andar para a frente, vamos dar seguimento ao que nos propusemos a fazer em 2023, 2024 e 2025. Com todos eles, esta foi uma direção escolhida por mim, tenho confiança nestes elementos, espero que não me deixem ficar mal”, afirmou o presidente, prevendo um futuro auspicioso para a associação.

“Prevejo um futuro risonho para a associação visto que em 2023 a coletividade estava um pouco em baixo, e propus reavivar a associação dando continuidade a desportos, ao teatro e aos cavaquinhos. Esta coletividade é hoje reconhecida no concelho pela frequência que tem na apresentação de peças de teatro, dos cavaquinhos, aliás já fomos até Torres Vedras apresentar e a Trás os Montes e penso dinamizar ainda mais esta coletividade e levar mais longe”, garantiu.

Envolvido nos órgãos sociais da Associação Recreativa Entre Parentes há 33 anos, começando como secretário da Assembleia Geral, depois secretário do Conselho Fiscal, presidente do Conselho Fiscal, e desde 2023 até agora, como presidente da direção, José Albano da Silva aproveitou ainda a oportunidade para deixar um agradecimento especial a Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia.

“Quero agradecer ao presidente Eduardo Vítor Rodrigues que, por intermédio do vereador Elísio Pinto, nos concedeu um subsidio para que pudéssemos ter hoje uma envolvência nova, uma instalação nova e que foi na base de um compromisso entre a coletividade e a Câmara de Gaia para que tivéssemos aqui obras de remodelação do sistema de iluminação, segurança e climatização. Depois disto feito, já estamos a notar na conta da luz benefícios disso. Estamos muito gratos por ter metido na agenda estas melhorias na nossa coletividade”.

Presente na cerimónia esteve também Paulo Rodrigues, presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, que teceu elogios não só à coletividade, mas também aos seus dirigentes por toda a dedicação e empenho.

“Estes são dirigentes voluntários, benévolos, e que foram eleitos. As coletividades são casas de liberdade e de democracia, e vocês são exemplo disso. Mandato apos mandato, vão elegendo órgãos sociais sucessivamente, é um exemplo de liberdade e democracia. E deram um contributo muito forte para o 25 de Abril de 1974. Desejo que durante este mandato conseguiam atingir todos os objetivos a que se propõem. A Federação está cá para colaborar no que for preciso e contamos convosco em março para o Festeatro, onde, mais uma vez, vão participar, o que revela o dinamismo que nos últimos anos tem sido empregue nesta coletividade, não só o teatro, mas no grupo de cavaquinhos e todas as atividades”, afirmou.

Um momento marcante da cerimónia, foi a lembrança, por parte de Aristides da Silva de um dos fundadores da coletividade, mais conhecido como Quim da Ilha. “Esta coletividade tem um património rico, desde o edifício, como o património histórico, pois 84 anos de vida têm muita história. Mas também património artístico, com o grupo de cavaquinhos a atuar há 15 anos ininterruptamente, e um grupo cénico que, só no ano passado, representou 13 vezes a mesma peça. Nem grupos profissionais fazem isto. Mas temos também um património imaterial, desde logo o nome da associação, não é vulgar, e para mim tem muito valor. E também um património humano e um dos fundadores mais queridos desta casa, que é Quim da Ilha”, afirmou o secretário da Assembleia Geral.

Também Alexandra Amaro, presidente da Junta de Freguesia de Mafamude e Vilar do Paraíso, aproveitou a ocasião para destacar a importância desta coletividade, anunciando uma surpresa que gerou bastante emoção.

“O que fazem aqui hoje é de louvar, é uma referência para todas as coletividades a nível nacional. Não é em todo o lado que se vê este vigor, esta paixão, esta dedicação e empenho com todas as atividades que têm em curso e com a juventude a aproximar-se cada vez mais. A Junta de Freguesia estará sempre disponível para o que necessitarem e estaremos sempre a apoiar a revitalização do tecido associativo. Aliás, a Junta de Freguesia já fez a proposta para a toponímia com o nome do Quim da Ilha, estamos a aguardar, não depende de nós”.

Por sua vez, também Elísio Pinto, na condição de vereador da Câmara Municipal de Gaia, parabenizou a coletividade em que pertence. “Hoje é uma noite de alegria mas também de reconhecimento. E temos de ser gratos a quem se disponibiliza a gerir as nossas coletividades. Obrigado pelo amor e pela sua dedicação. Hoje é uma instituição inspiradora, devemos sentir orgulho. O José Albano da Silva deu muito de si à coletividade e pode contar sempre comigo para ajudar a coletividade a crescer ainda mais”, assegurou.

 

“Quando deveríamos estar a reivindicar por mais apoios ao associativismo, fizeram o contrário, tentando cortar as pernas à Junta de Freguesia”

À margem da tomada de posse, as críticas políticas também não se fizeram de esquecidas. Alexandra Amaro foi a primeira e dar conhecimento de algumas situações que, a seu ver, os vilarenses precisam de ter conhecimento.

“Hoje é um dia particularmente feliz, por três motivos. A dona Helena faz anos; estarmos aqui hoje nesta tomada de posse que significa mais do que celebrar o associativismo, celebrar a continuidade desta coletividade que é uma referência e na continuidade das atividades e no rosto desta sala. E o terceiro motivo é que hoje também se efetivou a celebração de uma escritura que vai potenciar o direito de superfície e de cedência da Junta de Freguesia ao terreno para ser concluída a obra da ERPI do Centro Social de São pedro. É uma resposta social bastante grande que vamos dar à nossa união de freguesias, a outras localidades do concelho, é uma valência que vamos levar para a frente e que a Junta sempre esteve ao lado do Centro Social para concretizar esta missão que é olhar pelos que nos são queridos para ter uma vida digna”.

Apesar de, ser um motivo de celebração esta conquista importante para o concelho, Alexandra Amaro explicou que tal só aconteceu porque a Junta e a Assembleia de Freguesia têm maioria absoluta.

“No passado dia 30 de dezembro, a Junta procedeu a atribuição do subsídio anual às coletividades. Não ficaria bem comigo própria se não partilhasse que foi com todo o orgulho que a Junta fez esta atribuição, e isso só foi possível porque a Junta tem também a maioria absoluta na Assembleia de Freguesia. Porque, quando foi votado o orçamento, dia 23 de dezembro, vários partidos votaram contra a possibilidade de a Junta de Freguesia celebrar acordos e celebrar protocolos de atribuição de subsídios às coletividades. Eu acho que isto é extremamente grave quando, na realidade, na política também não vale tudo. Quando deveríamos estar a reivindicar por mais apoios ao associativismo, fizeram o contrário, tentando cortar as pernas à Junta de Freguesia para que não possamos continuar a prestar o apoio para a continuidade das atividades das associações”, anunciou a presidente.

Além disso, Alexandra Amaro afirma ainda que vários partidos políticos também “votaram contra o facto de a Junta de Freguesia poder receber da Câmara Municipal verbas para a construção das capelas mortuárias, por exemplo”.

Já Elísio Pinto, reconhecendo a “presença constante e a proximidade com o movimento associativo” da presidente da Junta de Freguesia, insurgiu-se contra o facto de alguns partidos políticos não pensarem nas pessoas, nem na comunidade. “Hoje tivemos uma excelente notícia, de um processo muito complexo e longo, um processo da nossa comunidade. Obrigada presidente pela sensibilidade e disponibilidade para apoiar o Centro Social de São Pedro. Mas como é possível que, na cedência de direito de superfície de uma propriedade de um terreno, para a construção deste equipamento, haja partidos políticos que votaram contra. Os vilarenses têm de ter conhecimento disto. Isto é para servir pessoas! Isto não é política!”, afirmou Elísio Pinto, acrescentando que a obra deverá estar concluída entre maio e junho de 2025, seguindo-se um período de seis, sete meses para as licenças para abrir a instituição.