MUSEU VIVO DO FRANCISCANISMO ENCHE PARA NOITE DE SERENATAS

De 6 a 8 de março as cidades de Ponta Delgada e Ribeira Grande acolheram três tunas vindas de Portugal Continental para a realização do III Inventio – Festival Internacional de Tunas, organizado pela TAUA (Tuna Académica da Universidade dos Açores). O Museu Vivo do Franciscanismo recebeu a Noite de Serenatas no dia 6.

Mais de 300 pessoas assistiram à Noite de Serenatas no Museu Vivo do Franciscanismo, na qual participaram a concurso a VicenTuna (Tuna da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), a TML (Tuna Médica de Lisboa) e a EnfTuna (Tuna Académica da Escola Superior de Saúde de Portalegre), trazendo cerca de 120 estudantes à ilha de São Miguel.

À semelhança da sua última edição em 2014, o Inventio dividiu-se em duas partes distintas: a Noite de Serenatas (que pôs a concurso o prémio de Melhor Serenata) aconteceu na Ribeira Grande no dia 6 de março, e a noite de espetáculo em palco (com os prémios de Melhor Instrumental, Melhor Solista, Melhor Adaptação, Melhor Original, Melhor Pandeireta, Melhor Porta-Estandarte, Tuna do Público e Melhor Tuna) no dia 7 de março, no Coliseu Micaelense em Ponta Delgada.

A par destas tunas vindas de Lisboa e Portalegre, também participaram no festival todos os grupos musicais do campus de Ponta Delgada da Universidade dos Açores: na Noite de Serenatas atuou, como é tradição, o Grupo de Fados da Universidade dos Açores, enquanto que na noite seguinte atuaram a Tuna Com Elas, os Tunídeos, a Enf’in Tuna e a Estudantina Universitária dos Açores. Desta forma, mais de 300 jovens universitários participaram nesta iniciativa organizada pela TAUA.

A presença do músico Carlos Mendes foi um dos marcos deste festival que, para além de ter tido um momento a solo ao piano na noite de sábado, atuou também com a Tuna Académica da Universidade dos Açores. Juntos interpretaram o tema “Festa da Vida”, vencedor do Festival da Canção em 1972.

De acordo com Rodrigo Maré Aguiar, Magíster da TAUA, “não podíamos deixar de trazer um grande nome ao palco do Coliseu Micaelense, tendo em conta que o tema do nosso festival era o próprio Festival da Canção”.

A vinda do músico, que também ganhou o concurso exibido pela RTP em 1968 com o tema “Verão”, significou também uma “homenagem a todos os compositores, músicos e artistas que trabalham para representar o nosso país na Eurovisão”.

José António Garcia, o presidente da Assembleia Municipal da Ribeira Grande, foi convidado para ser presidente do júri desta edição do festival. O músico ribeiragrandense foi a escolha da TAUA “pelo seu percurso musical enquanto ensaiador de vários grupos corais e organista, por descender e ascender de uma família de músicos e pela grande qualidade com que ensaia os grupos por que passa”.

Pilar Silvestre também foi inserida no cartaz do III Inventio: “recentemente estreámos um arranjo nosso do tema tradicional açoriano «Olhos Negros». Sendo a Pilar uma grande voz açoriana, tornou-se um complemento da nossa atuação”. Com a vinda da artista também foi possível “homenagear a música açoriana, dando-a a conhecer aos jovens que nos visitaram”.

Das três tunas a concurso, foi a EnfTuna a grande vencedora. De regresso a Portalegre levaram os prémios de Melhor Porta-Estandarte, Melhor Pandeireta, Melhor Instrumental, Melhor Original, Melhor Adaptação, Tuna do Público (cuja votação é feita através do voto do público) e Melhor Tuna; por sua vez, a Tuna Médica de Lisboa levou o prémio de Melhor Solista e a VicenTuna o de Melhor Serenata e também Tuna Mais Tuna, sendo que este último prémio é decidido e entregue pela tuna organizadora e diz respeito ao espírito tunante da tuna vencedora.

No dia 8 de março houve ainda tempo para as tunas convidadas visitarem a Fábrica de Chá Gorreana e o Pinhal da Paz, onde se deu o término deste festival com um convívio entre todos os grupos.