Fundada em 2002, a Matosinhos Sport visa assegurar o planeamento, administração, gestão e a manutenção de espaços e equipamentos desportivos da autarquia. No seguimento de, no passado dia 18 de janeiro, o concelho matosinhense ter sido agraciado com o título de Cidade Europeia do Desporto 2025, o AUDIÊNCIA falou com Henrique Calisto, administrador executivo desta empresa municipal, que ressaltou a importância que esta instituição tem na promoção da prática desportiva e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida no território. Assegurando que a Câmara Municipal de Matosinhos tenciona promover cerca de mil eventos desportivos durante o corrente ano, o antigo treinador de futebol evocou os equipamentos e as inúmeras valências da empresa que administra, evidenciando, ainda, que “o desporto é uma forma de inclusão social importante, porque tem uma única linguagem”.
Trata-se de um nome sonante no mundo do desporto, nomeadamente do futebol, mas para quem eventualmente não o conhece, quem é o cidadão Henrique Calisto?
Nasci e fui criado em Matosinhos e desde jovem estive sempre interessado pelo desporto. Sou licenciado em Educação Física e Desporto. Mas, também estive sempre ligado à política, desde muito jovem. Eu sou uma pessoa que gosta da sua terra, que ama Matosinhos e que pretende ser um cidadão ativo, que contribui para o bem-estar das pessoas. Acho que é fundamental que nós, dentro das nossas possibilidades, possamos trabalhar para que o bem comum se estabeleça e que haja felicidade nas pessoas. Num momento difícil, em que vivemos uma conjuntura nacional e internacional bastante desfavorável, aqui estou eu para servir as pessoas.
Assumiu, em 2021, a administração executiva da Matosinhos Sport. O que o levou a aceitar este desafio?
No final de 2019, eu terminei o meu contrato na China. Estive um ano a trabalhar no Dalian e decidi que tinha acabado a minha carreira. Posteriormente, em 2021, como eu estou ligado ao Partido Socialista há muitos e muitos anos, recebi um convite da senhora presidente, Luísa Salgueiro, e cá estou. Como estava também reformado, estou aqui gratuitamente, portanto sem salário, nesse sentido de missão, de serviço, de ser útil às pessoas numa área que eu conheço bem, que é o desporto e a política, obviamente.
Uma vez que representa esta instituição, a seu ver qual a importância que a mesma tem no concelho de Matosinhos?
A importância é fundamental, não só pelo trabalho que desempenha, mas também porque proporciona aos cidadãos de Matosinhos, de todas as idades, uma prática desportiva que é fundamental para a saúde e também para a criação de hábitos saudáveis de vida. Nós temos 81 áreas desportivas com 40 equipamentos e temos sete piscinas cobertas, duas piscinas descobertas, 24 pavilhões, um campo de ténis, uma pista de atletismo, um ginásio municipal com quatro polos de musculação, cinco campos de futebol, um polidesportivo desportivo de relva sintética, oito salas de formação e 31 salas de desporto. Isto são os equipamentos desportivos que a Matosinhos Sport gere. Nós temos uma frequência que ronda as 23 mil pessoas do concelho que, pelo menos uma vez de semana, frequentam as nossas instalações. Por exemplo, nós temos 16.632 pessoas que frequentam as piscinas, pelo menos uma vez por semana, 759 clientes dos nossos ginásios MS Fit e 5.823 praticantes nos pavilhões e nos complexos desportivos. Isto dá um total de 23.144 pessoas que, pelo menos uma vez por semana, estão connosco. Obviamente que nos desportos coletivos é mais frequente, três, quatro vezes, até nas piscinas e no MS Fit. Isto quer dizer que estas pessoas têm um nível de vida melhor, nós sentimos o progresso e a felicidade ao frequentarem as nossas instalações. Nas piscinas temos um enquadramento técnico-pedagógico muito forte, aí é que nós temos uma intervenção mais direta, com 20 programas e isso leva a que a Matosinhos Sport cresça muito. Posso adiantar que, entre 2021 e 2023, no pós-COVID, subimos em média quase 150%. Em 2021, tínhamos uma frequência nas piscinas de 3.973 pessoas e passamos para 16.632, é notório o aumento que nós tivemos nestes anos, o que diz bem da necessidade que as pessoas têm e da qualidade dos serviços que nós prestamos, assim como da recetividade que isso tem nas pessoas de Matosinhos. A Matosinhos Sport é uma entidade que gere os espaços desportivos e tem funções de manutenção, construção e também de divulgação da prática desportiva. O sócio maioritário da empresa é a Câmara Municipal de Matosinhos, mas nós também cumprimos, obviamente, aquelas que são as políticas públicas desportivas do município e são fortíssimas, por exemplo, há pouco falei em clientes individuais, que pagam, mas todos os clubes utilizam os espaços da Matosinhos Sport e não pagam absolutamente nada, quem nos paga é a Câmara Municipal, que é também quem comparticipa as inscrições, o seguro e ainda dá um bónus a cada participante dos escalões de formação dos clubes do concelho, desde que sejam nos quadros competitivos federados, e há uma majoração de 20% para as meninas, no sentido de aumentar a prática desportiva, que se tem acentuado.
A utilização gratuita dos equipamentos por parte das instituições de Matosinhos é também uma forma de a autarquia apoiar o desporto e contribuir para a sobrevivência desses mesmos clubes, uma vez que qualquer apoio, por muito pequeno que seja, pode fazer toda a diferença na vida de uma coletividade?
Faz toda a diferença. Sem os apoios camarários, era impossível os clubes terem alguma subsistência, porque se pagassem os pavilhões, os complexos, as piscinas, obviamente que não tinham capacidade para terem outra atividade. Para além disto, a Câmara Municipal de Matosinhos ainda ajuda, nomeadamente, na compra de meios de transporte, como carrinhas, porque sabe que os clubes sem os apoios não tinham capacidade de viver. E eu diria mais, se não fossem as Câmaras, não havia desporto não profissional, em Portugal. Repare, em 2022, os 308 municípios investiram no desporto 323,3 milhões de euros e o orçamento do Estado para 2025 é de 54,5 milhões, isto só para perceber a diferença que há entre o apoio do Estado, do Governo central e das Câmaras e a Câmara de Matosinhos é paradigmática nesse sentido, com um apoio muito substantivo aos clubes. Nós temos 120 clubes no concelho, salvo erro com 44 modalidades e, portanto, eles não eram capazes de subsistir se pagassem as instalações e se não tivessem este apoio. Claro que algumas instalações são de caráter permanente, nomeadamente, nós temos cedências do Complexo Desportivo Óscar Marques, que é um campo novo, bem apetrechado, à formação do Leixões e o Complexo de Lavra também está cedido ao Lavrense, mas nós fazemos toda a manutenção e também pagamos os custos da energia, gás, água e eletricidade. Portanto, é um papel importante porque nós acreditamos que o desporto é cada vez mais um promotor de saúde. Nós não podemos ver o desporto só como uma prática de lazer. É uma prática de lazer, efetivamente, mas é um promotor de saúde e também é um elevador social, quando os jovens fazem do desporto uma carreira profissional. E neste mundo em que nós vivemos, no qual cada vez mais os jovens são mais egocêntricos, mais virados para si próprios e mais isolados, a prática do desporto, para além de lhes definir o caráter e ajudar na sua formação integral de homem e mulher, também lhes promove competências sociais, de solidariedade, de fair play, de estar com os outros, de jogar em equipa, de ser membro de uma equipa, hábitos de saúde, hábitos de cumprir horários, de cumprir regras, isso é um caminho importante para ser um cidadão que não se adapta à situação, mas seja também um cidadão que transforma a cidade, afinal é isso que nós queremos, porque o jogo é sempre um fator de criatividade e de transformação e estas crianças transportam isso para a sua vida adulta.
“Põe-te a Mexer”, “Aprende a…” e “Matosinhos Ativo” são alguns dos programas desenvolvidos pela Matosinhos Sport. Pode falar-me sobre eles?
No total, nós temos nove programas municipais e, entre eles, temos dois anuais, que achamos que são fundamentais, que são os Gabinetes de Avaliação e de Prescrição do Exercício Físico, que funcionam nas sete piscinas e no Centro de Congressos, e os Gabinetes de Aconselhamento Nutricional, que são gratuitos. Um, como é óbvio, faz o aconselhamento nutricional, no sentido de as pessoas perderem peso, terem uma prática saudável em termos de hábitos alimentares e os Gabinetes de Avaliação e Prescrição de Exercício Físico avaliam o estado da pessoa, como a anamnese, e depois prescrevem o exercício físico e acompanham, conforme as pessoas estiverem mais dotadas, para irem para um meio que será menos agressivo para elas. Isto é gratuito e, para nós, é muito importante e tem tido uma grande aderência dos matosinhenses. Depois, temos o “Matosinhos Ativo”, que é o Aqua e o Cardio mais 65, em que as pessoas com mais de 65 anos vão uma vez à piscina sem pagarem, gratuitamente. Também temos o “Endurance Training”, que contempla a cedência das nossas instalações aos bombeiros, à Polícia Municipal, à Proteção Civil e ao Serviço de Salvação Balnear, em que utilizam as nossas piscinas gratuitamente e têm o acompanhamento dos nossos profissionais. Para além disso, temos as atividades de enriquecimento curricular e outras atividades educativas, que são as AEC’s, em que as crianças têm um leque de desportos, que passam pelo surf, xadrez e natação, e têm o apoio para aprendizagens. Por outro lado, o “Aprende a…” é um programa que normalmente se faz no verão, espalhado pelas nossas freguesias, onde os matosinhenses podem aprender a pedalar, skate, surf ou até jogar voleibol de praia. Por exemplo, há adultos que começam a aprender a andar de bicicleta aí. Já, o “Põe-te a Mexer” é um programa de movimentação onde as pessoas se enquadram em várias aulas. Por fim, temos o “Mar Desporto” que decorre, normalmente, no primeiro fim de semana de setembro, onde montamos vários aparelhos e piscinas na marginal de Matosinhos e as pessoas podem usufruir gratuitamente de quase todos os desportos que são praticados em Matosinhos. Estes são os nossos nove programas.
Que fazem toda a diferença na vida dos matosinhenses.
Obviamente. O que é que nós pretendemos, por exemplo, durante os programas de verão? Que a prática desportiva seja incentivada para que se prolongue todo o ano. A marcha, a corrida, andar de bicicleta são fáceis, acessíveis e, obviamente, fazem com que as pessoas tenham atividade sistemática, porque não interessa que as pessoas façam uma vez por mês, interessa que as pessoas pelo menos façam duas vezes, três vezes por semana e isso é que é fundamental, até porque a recomendação da Organização Mundial de Saúde é que nós temos que fazer 120 horas semanais de prática desportiva e, portanto, esses são os nossos objetivos, é que as pessoas tenham, de facto, essa prática semanal.
No passado dia 18 de janeiro, Matosinhos recebeu o título de Cidade Europeia do Desporto 2025. O que sentiu ao receber este galardão?
É o reconhecimento de que somos uma cidade virada para o desporto, com grande investimento, com grande prática, com um parque desportivo substantivamente forte em várias modalidades e com uns clubes também pujantes, porque a grande célula do desporto em Matosinhos são os clubes, a sua disponibilidade para trabalharem com a Câmara Municipal e a Matosinhos Sport e estas duas entidades do poder público estão perfeitamente dispostas a apoiá-los. Mas, as grandes células, aqueles que promovem, tirando aqueles utentes das piscinas, que aí somos nós que temos a intervenção, são os clubes de Matosinhos que fazem com que essa prática seja sistemática e não seja esporádica. Portanto, é o reconhecimento dessa prática e também uma janela para mostrar o que é que Matosinhos faz e aumentar as nossas capacidades de intervenção. É sempre uma oportunidade para nós aumentarmos aquilo que nós fazemos, melhorarmos aquilo que nós fazemos, darmos a conhecer, divulgarmos as vantagens da prática desportiva, que são fundamentais, não só no aspeto motor, mas também no aspeto cognitivo, no combate à obesidade, no combate ao envelhecimento precoce. É muito importante que se faça isso, que os vários escalões etários tenham objetivos diferenciados e nós pretendemos ir ao encontro desses objetivos, proporcionando técnicos, espaços e materiais para que haja essa prática sistemática.
Na ocasião, a senhora presidente da Câmara assumiu o compromisso de “transformar o desporto num motor de inclusão, união e dinamismo”. Na sua opinião, de que forma é que Matosinhos fará história no desporto, durante o ano de 2025?
A Câmara Municipal do Viseu, que detinha o título de Cidade Europeia do Desporto, promoveu 400 eventos e o objetivo da Câmara Municipal de Matosinhos é fazer mil eventos durante este ano. Há pouco falei-lhe que o desporto também é um elevador social, mas é um meio fundamental de inclusão social. Repare, no desporto não há línguas, não há créditos, não há sexos e isso é importante para a inclusão. O desporto nos bairros pode ser um momento de inclusão. Nos clubes, por exemplo, há relatos em que crianças de um escalão social mais elevado, quando vêm jogar para as coletividades, encontram crianças de todos os géneros, dos bairros sociais, de outras etnias, de outras raças, de outras culturas e isso tem um papel de enriquecimento social, que é fundamental. Muitas vezes as crianças vivem em bolhas, são protegidas em casa, e quando vêm para a prática desportiva encontram desafios, porque o desporto também é um desafio e também encontram companheiros e companheiras que para eles são surpresa, outras mentalidades, outras formas de estar na vida, e isso acho que é uma forma de inclusão. Nós somos um país que tem muitos imigrantes e é uma forma de as crianças terem contacto com essa heterogeneidade cultural que o nosso país felizmente tem e é importante que haja meios, nomeadamente para as crianças, para que elas sintam o que é a nossa prática e a prática dos outros, a cultura dos outros. Portanto, o desporto é uma forma de inclusão social importante, porque tem uma única linguagem.
Como é que a Matosinhos Sport vai apoiar os mais diversos eventos desportivos que serão promovidos no concelho?
A Matosinhos Sport gere, porque o apoio financeiro é sempre dado pela Câmara Municipal. Portanto, nós vamos ter aqui imensos eventos internacionais, vamos ter aqui muitas finais e esse programa é construído com um plafond financeiro, que a Câmara disponibilizou para Matosinhos, Cidade Europeia do Desporto 2025. Portanto, é assim que se faz. Nós damos o apoio logístico, que é muito grande, porque quando vamos para a rua temos de construir os espaços propícios para a prática do desporto com segurança. Será uma abordagem muito holística do desporto, isto é, está contemplado desporto para pessoas portadoras de deficiência, assim como para crianças, para jovens e para adultos, nas 44 modalidades que temos aqui, sejam desportos de rua, de pavilhão, de mar, vela ou surf, por exemplo. Mas, uns são promovidos pelas federações, nomeadamente, os campeonatos internacionais que vamos ter aqui de basquetebol, ou a Final Ibérica do Mundial de Hóquei Patins, ou a Taça de Portugal de Hóquei Patins, que se vai realizar pela primeira vez em Matosinhos. Depois, temos o apoio a muitos torneios que os clubes vão fazer e vão promover. Portanto, promoção da Câmara, das federações, dos clubes e das associações. A Cidade Europeia de Desporto poderá ser e tem de ser um ano de festa e de encontro das pessoas. O desporto não é uma guerra, o desporto é uma festa, é uma atividade onde as pessoas têm de ir por gosto e sair com muito prazer e com a sensação de que foi um momento de encontro e de solidariedade.
Ao nível dos equipamentos desportivos, o que diria que falta em Matosinhos?
Começa a faltar, porque estão super ocupados. Portanto nós temos, mais de 80 espaços desportivos que têm uma ocupação quase a rondar os 100%. Posso dizer-lhe que nós, desde o ano 2021 para cá, fizemos protocolos com as escolas e conseguimos que os pavilhões do parque escolar desportivo passassem para uma gestão mista. Portanto, foram mais de dez pavilhões, desde 2021 a 2024, que nós englobamos no nosso parque de disponibilidade para a prática desportiva dos clubes. Todavia, nós precisamos de piscinas, precisamos e isso já está a ser pensado. A Câmara já tem um plano para reconverter alguns espaços, mas, fundamentalmente, para criar novos espaços, porque o mercado, a procura, é muito grande e nós não estamos preparados. Contudo, vamos fazendo grandes esforços, às vezes parece que montamos um puzzle, para disponibilizar os espaços, mas em termos de médio e curto prazo temos de dar resposta às solicitações, nomeadamente nas piscinas, que estão quase a 90%, e uma está a 100%, já sem hipóteses de ter mais ocupação. Logo, é isso que nós temos de fazer, ver a oferta, ver a procura, a nossa capacidade e arranjar os meios financeiros para construir mais espaços desportivos para dar resposta às solicitações, alargando o nosso âmbito de praticantes.
Como vê o futuro do desporto em Matosinhos?
O futuro vai ser pujante. A grande aposta é dar aos clubes a capacidade de darem resposta à procura, apoiando-os nos aspetos logísticos e financeiros, no sentido de termos clubes que tenham uma pujança forte, em termos desportivos, mas também uma saúde financeira, que é importante para que as pessoas possam trabalhar, nomeadamente, os agentes desportivos, os médicos e os enfermeiros. Portanto, para além do envolvimento dos atletas, não é depreciativo falar no envolvimento da população, que gere os clubes e que também está envolvida neste fenómeno do desporto. Muitos clubes têm instalações próprias, como é o caso do Padroense, do Académica de São Mamede, o Perafita, o Aldeia Nova, e quando a procura extravasa a capacidade, vêm falar connosco e nós cedemos as nossas instalações. Logo, em Matosinhos, se contabilizarmos as inscrições institucionais nos quadros federativos, mais aqueles que ocupam os nossos espaços, mais aqueles que ocupam os espaços próprios dos clubes, mais aqueles que estão nos ginásios e aqueles que estão na rua, estaremos a falar de cerca de 50 mil pessoas que têm uma prática desportiva e isso é um estudo que a Câmara está a fazer, assim como uma app, na qual vai disponibilizar as instalações de todos os clubes, inclusive as nossas, onde as pessoas podem fazer desporto, podem consultar os horários, as modalidades que os clubes praticam a geolocalização, a história, os seus corpos sociais. Como tal, é uma aplicação que está a ser construída e que penso que será lançada este ano, com o intuito de ajudar as pessoas que querem praticar desporto. Portanto, há uma intenção, há um programa que já vem de longe, mas que a senhora presidente da Câmara Municipal de Matosinhos tem um imenso prazer o gosto de incentivar, para que a prática desportiva seja difundida pela população de Matosinhos e isso tem reflexos não só na saúde, mas também em termos financeiros, no que concerne ao orçamento da saúde. Há estudos que provam claramente que a prática desportiva sistemática, a médio e a longo prazo, traz benefícios. As pessoas que são sedentárias podem ter problemas graves de saúde e, obviamente, essa prática desportiva faz com que a médio prazo não se reflita na chegada de pessoas ao hospital. Matosinhos é muito forte em termos desportivos.
Que atividades e projetos vão ser promovidos futuramente pela Matosinhos Sport?
O grande projeto que nós temos passa por darmos as melhores condições físicas, materiais e pedagógicas e, depois, aumentarmos o número de praticantes e, obviamente, o nosso parque de disponibilidade. Vamos construir o Complexo Óscar Marques 2, que é mais um polo de prática de futebol e há já algumas indicações para novos espaços que não queria agora revelar, pois esse anúncio será feito pelos órgãos competentes, nomeadamente pela senhora presidente da Câmara, que é uma entusiasta e pratica também desporto. Portanto, é estar atento. Nós temos, por exemplo, uma coisa que é única, que é um ginásio dentro de água, na Piscina de Custóias. Logo, é algo inovador, que vamos tentar que seja uma instalação vocacionada para a recuperação funcional e que tenha efeitos de fisioterapia.
Qual é a mensagem que gostaria de transmitir?
Façam desporto e venham à Matosinhos Sport. O desporto é fundamental não só nos jovens, mas também em todos os escalões etários, no sentido de preservar, manter e melhorar a sua saúde.