A 12ª edição do iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes decorreu entre os passados dias 2 e 31 de maio e reuniu 55 fotógrafos de 11 países, que tiveram cerca de 400 obras expostas em 23 locais, não só da freguesia e do concelho, como além-fronteiras. Evidenciando que o balanço é “extremamente positivo”, Pereira Lopes, presidente da Direção do iNstantes – Associação Cultural, lamentou “a baixa adesão do público local”.
O iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes decorreu entre os passados dias 2 e 31 de maio e reuniu 55 fotógrafos de 11 países, apresentando cerca de 400 obras em 23 exposições espalhadas por vários espaços culturais de Avintes, Vila Nova de Gaia, Lourosa e Braga.
O presidente da Direção do iNstantes – Associação Cultural, Pereira Lopes, destacou a elevada participação nos workshops e o número expressivo de visitantes que aderiram ao evento. “Recebemos imensas visitas e os nossos workshops tiveram uma participação bastante grande”, afirmou o responsável, sublinhando que o sucesso desta edição reflete-se não só na adesão internacional, como também no entusiasmo com que já começa a desenhar a 13ª edição do Festival Internacional de Fotografia de Avintes.
Criado há mais de uma década, o iNstantes tornou-se um ponto de encontro global da fotografia contemporânea, tendo já contado com a participação de mais de 600 fotógrafos, oriundos de 62 países. “É um festival aberto ao mundo, mas também aberto internamente, com exposições em vários espaços além de Avintes, como a Biblioteca Municipal de Gaia, o Centro de Reabilitação do Norte, a Casa da Cultura de Lourosa e até a Universidade do Minho”, destacou Pereira Lopes.
Entre os temas abordados nas obras expostas estiveram questões ambientais, imigração, corpo feminino e os problemas enfrentados pelos povos indígenas do Brasil. A curadoria envolveu uma rede internacional de colaboradores ligados ao festival, que mantém uma articulação contínua com fotógrafos e entidades culturais espalhadas pelo mundo.
A adesão do público foi considerada muito boa, embora o presidente da Direção do iNstantes lamente a fraca participação da comunidade local. “Faltou-nos a adesão das pessoas da terra, que por vezes preferem ir ver guarda-chuvas em Águeda do que apreciar gratuitamente o que se faz aqui. Vieram visitantes do Brasil, Macau, Holanda, Finlândia e Espanha. Só faltaram mesmo mais avintenses”, disse Pereira Lopes, lamentando a falta de reconhecimento local por um evento que já projetou Avintes para além das suas fronteiras tradicionais da broa e do teatro.
Apesar do sucesso internacional, o iNstantes – Associação Cultural enfrenta, segundo Pereira Lopes, desafios estruturais. “Neste momento trabalhamos num espaço de apenas 14 metros quadrados. Precisamos urgentemente de uma sede, ou corremos o risco de asfixiar. Trabalhamos com grande resiliência, mas é preciso mais condições para garantirmos a continuidade deste projeto”, alertou o presidente da organização.
O festival contou com a colaboração do Instituto de Artes e Imagem e reafirma-se como um dos principais eventos de fotografia contemporânea, combinando arte, diversidade e compromisso social em cada edição.