Dificilmente poderemos considerar o novo ano como calmo e sem conflitualidades a exemplo do que infelizmente tem vindo a acontecer na última década com especial relevância para os confrontos bélicos regionais.
O presidente dos Estados Unidos, a exemplo dos congéneres anteriores, tornou-se no principal impulsionador desta insana atitude com ela trazendo intranquilidade para o mundo, a par do enorme cortejo de centenas de milhares de vítimas mortais, crianças, mulheres e homens, mas também destruição de património mundial.
Apesar do presidente norte americano ter afirmado há dias a sua disposição de abandonar a Síria, País soberano ocupado ilegalmente, resta-nos aguardar para saber se estamos perante mera declaração de intenções ou se tal atitude se deve ao facto de o exército sírio possuir nova e moderna cintura aérea defensiva disponibilizada pelo aliado russo, capaz de eliminar qualquer tipo de avião militar ou míssil, o que constituiria um descrédito para as forças militares norte americanas que preferirão deixar no terreno as forças turcas, mas também Israel, o aliado preferencial de sempre.
Por outro lado, o presidente estado unidense na sua polémica visita ao Iraque onde foi mal recebido pelas autoridades locais, também afirmou que «já não somos mais os totós», acrescentando «os Estados Unidos não podem continuar a ser a polícia do mundo, estamos espalhados por todo o mundo.
Estamos em países dos quais a maioria das pessoas nem ouviu falar, não é justo quando o peso recai todo sobre nós, não queremos mais ser explorados por países que nos usam e usam os nossos militares incríveis para protegê-los, eles não pagam por isso e vão ter que pagar», ou seja, reconhece a presença das suas forças militares por todo o lado, mas quer obrigar os aliados europeus na NATO a sacrificarem os seus orçamentos caseiros, retirando por exemplo verba destinada aos serviços públicos essenciais, Saúde, Educação, Transportes, Segurança Social, para seguirem religiosamente o mandante imperialista nas suas aventuras belicistas, cujos resultados estão bem à vista.
Nesta Europa dita connosco, em que continua a predominar a vontade da Alemanha, da França e da Grã-Bretanha, a crise instalou-se nestes três pilares da União Europeia, pois é notória a baixa de popularidade dos respectivos primeiros ministros a par da subida das áreas políticas neonazis, daí resultando talvez que nas próximas eleições europeias haverá mais antieuropeístas no Parlamento Europeu, ainda sob os efeitos do Brexit que parece não ter fim à vista.
O presidente russo, tentando contrariar as tendências armamentistas e as constantes ingerências em países soberanos, desde a América Latina, África e médio oriente, com destaque para a situação na Ucrânia, onde predomina um governo de ideário nazi, vai continuar a sua estratégia de avanço militar tecnológico para defesa das suas fronteiras perto das quais continuam a ser instalados sistemas de mísseis.
Relativamente à China, País disciplinado e bem liderado por um governo que apresenta resultados, seguramente prosseguirá o seu caminho de afirmação global que tem suscitado a admiração de muitos e a preocupação de alguns, pois o desenvolvimento económico obtido a continuar no mesmo ritmo trará a este País a liderança mundial.
Estas são, pois, algumas das principais previsibilidades a nível mundial, sem no entanto considerar sempre a existência dos chamados imprevistos que poderão ocorrer, atendendo à volatilidade das questões em apreço.
Aos leitores do Audiência um Bom Ano Novo com mais Paz, compreensão e respeito mútuos entre as nações e povos.