TAÇA A. FREITAS DA COSTA DECIDIDA NOS PORMENORES

Apesar de estarmos ainda muito longe da normalidade sanitária na situação provocada pela Pandemia do CoronaVírus, o nonagenário Golfe de Miramar, fundado no longínquo ano de 1932, já regressou à actividade competitiva, com a disputa da Taça António Freitas da Costa. Trata-se de um dos mais recentes torneios do calendário regular do clube, em homenagem a um presidente subitamente desaparecido, quando estava no pleno exercício das suas funções, e ao qual substituiu o “histórico” associado José Miguel Mendes Ribeiro, bastante experiente, por já ter passado por outras áreas dos Corpos Sociais do clube.

O torneio em causa contou com a participação de mais de sete dezenas de inscritos e foi renhidamente disputado, com a vitória na modalidade mais competitiva (stroke-play) a pertencer a Luís Themudo, num confronto decidido nos pormenores, entre este, o vencedor da edição anterior, João Maria Pontes (este o mais credenciado em prova), e João Lousan. A prova, numa só volta de 18 buracos, foi disputada nas classificações “gross” e “net” (score real e com abono) e foi de tal modo renhida, que o desempate entre Luís Themudo, João Maria Pontes e João Cubeles Lousan, por força do resultado idêntico que haviam rubricado em “scorecard” – marca de 76 pancadas, isto é, 6 acima do par – e só a performance de cada um nos últimos três buracos permitiu estabelecer a classificação final, em obediência ao próprio regulamento de provas. Ainda assim, a diferença foi mínima com Luís Themudo a superiorizar-se aos restantes por uma escassa pancada. Themudo teve um registo de 14 pancadas nos últimos três buracos, enquanto Pontes e Lousan se equiparavam com 15 cada, em face do qual o torneio saiu bastante valorizado. Acresce salientar a presença de jogadores com vários títulos conquistados, entre eles Manuel Au Yong Oliveira (é o actual campeão sénior do clube) e Jorge Abreu, igualados na quarta posição, com 77 pancadas (7 acima), à frente de Martim Guedes (78), Ricardo Cabral (79), Henrique Saraiva e Tiago Cabral (80), e Luís António Silva (81).

Ex-espinhense Martim Guedes impõe-se na bonificada

Na modalidade bonificada (“medal-net”), e apesar de não ser dos abonos mais elevados (“handicap” 10), Martim Guedes, que fez toda a formação no centenário Oporto e reside, actualmente, nas imediações do percurso miramarense, foi uma agradável surpresa, ao obter o primeiro lugar da classificação após ter rubricado um cartão com 68 pancadas, ou seja, menos uma que a dupla Henrique Saraiva (hdcp. 11) e Rui Oliveira (hdcp. 21), que registou 69. Esta classificação também se caracterizou pelo equilíbrio, uma vez que entre o quarto e o oitavo, as diferenças foram mínimas; Themudo, Joaquim Gomes e Lousan equipararam-se com 70 pancadas cada (estiveram os três ao nível do seu nível de jogo, ao passo que a dupla Manuel Au Yong Oliveira e Luís António Silva imitou-se mutuamente, completando o percurso com 71 pancadas.

F. SERRANO E P. FREITAS SOBRESSAEM NA TAÇA WELLINGTON DO FOJO

Enquanto isso, no vizinho percurso canidelense da Quinta do Fojo, infraestrutura dirigida por Filomena Rito, Francisco Serrano e José Pedro Freitas davam um ar da sua “graça”, ao conquistarem, nas modalidades “gross” e “net”, a Taça Wellington, competição “rainha” do percurso gaiense que usufrui de uma localização privilegiada. O torneio em questão, que na edição anterior havia sido ganho por Diogo Pinto Rocha serviu de pancada inicial para a edição 2020 do campeonato do clube, para cuja fase “match-play” se qualificaram os 16 melhores da classificação de “score real” (“gross”). Na classificação bonificada (“net”), ganha pelo citado José Pedro Freitas, João Couto de Sousa foi segundo, mas também figura no quadro de “matchs” previstos. Além disso, a Taça Wellington premeia habitualmente os “drives” mais longos, que foram ganhos por António Mota e Maria Miguel Pinho, impondo-se Vitorino Dias como o concorrente mais preciso na disputa da Bola mais perto da bandeira. Para a disputa do título masculino da época 2020, há uma certeza impossível de alterar de que haverá um novo campeão, já que o ainda detentor do título, Carlos Alberto Gonçalves, não figura entre os 16 qualificados, o mesmo sucedendo no plano feminino, cuja campeã em título, Maria João Teixeira, também está ausente da fase final, por não ter participado da qualificação ganha por Isabel Barbosa. Entretanto, já estão definidas as “grelhas” competitivas para apuramentos dos novos campeões da Quinta do Fojo 2020:

Quadro masculino – Francisco Serrano-vs-Rogério Cardoso; Abílio Moreira-vs-Arménio Cordeiro; Carlos P. Dias-vs-Francisco Barroco; Vitor Mota-vs-Alfredo Fidalgo; João Couto Sousa-vs-Francisco Xavier; António Clemente-vs-Luís Mesquita Jr.; Jorge Ferreira-vs-Paulo Castelo; Pier Valenti-vs-Gabriel Sardo.

Quadro feminino – Isabel Barbosa-vs-isenta; Sandra Barbosa-vs-Anne Marie Zénere; Manuela Leite-vs-Maria Miguel Pinho; Ana Luísa Cruz-vs- isenta.