ESTENOSE AÓRTICA: MAIORIA DOS DOENTES APRESENTA SINTOMAS DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

As estimativas apontam que mais de 400 mil portugueses sejam doentes com insuficiência cardíaca (IC), uma condição crónica que se caracteriza pelo enfraquecimento e dificuldade do coração bombear sangue para o resto do organismo, comprometendo as funções dos órgãos. Considera-se ainda que esta é uma das principais causas de hospitalização na população idosa e que a sua prevalência continue a aumentar nos próximos anos.

Deste modo, é com o envelhecimento que a probabilidade de desenvolver esta condição aumenta e, muitas vezes, os seus sinais de alerta são negligenciados e associados à idade crescente, como é o caso do cansaço e do inchaço dos pés e pernas (edema). No entanto, é crucial estar atento, especialmente se apresentar outros sintomas, como problemas no sono associados a dificuldade respiratória, tosse com expetoração, barriga inchada, tonturas, desmaios e taquicardia.

Estes sintomas podem ter uma relação direta com a existência de problemas do foro cardíaco, como o enfarte agudo do miocárdio, hipertensão arterial, miocardite e a doença valvular cardíaca (DVC). No caso da DVC, que engloba condições como a estenose aórtica, insuficiência mitral e regurgitação tricúspide, existe a presença de uma válvula cardíaca disfuncional e o seu funcionamento débil poderá levar a que se desenvolva um quadro clínico de IC.

Instala-se um ciclo vicioso que conduz ao agravamento de sintomas. Uma das nossas grandes preocupações prende-se com a diminuição acentuada da qualidade de vida que limita, assim, a independência pela incapacidade de fazer esforços, pelo desconforto que estes provocam, pelas tonturas e insegurança que despertam.

Assim, é primordial estar atento aos pequenos alertas de insuficiência cardíaca, especialmente quando já apresenta condições cardiovasculares e já se enquadra numa faixa etária mais elevada.

É igualmente importante proteger a saúde do coração, adotando estilos de vida saudáveis como: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress.