UNIR: PCP CONSIDERA “INACEITÁVEL PAGAR MAIS POR TÃO MAU SERVIÇO”

A Comissão Executiva Metropolitana do Porto decidiu aumentar o valor pago por quilómetro a operadores rodoviários, no âmbito da rede UNIR. De acordo com a Direção da Organização Regional do Porto do Partido Comunista Português (PCP), “segundo a ata da reunião, nenhum membro da Comissão Executiva manifestou oposição à atualização, apesar de dois dos membros dessa Comissão Executiva contestarem o procedimento, evocando não haver conhecimento prévio ao Conselho Metropolitano. Contudo, a discussão e decisão é tomada sem que nenhum dos membros da Comissão Executiva tenha atendido ao contrato de concessão no seu conjunto, designadamente no que diz respeito à obrigação de cumprimento de serviços por parte dos operadores rodoviários e às penalizações decorrentes das muitas falhas que continuam a verificar-se na operação em curso nos cinco lotes, que abrangem o conjunto dos concelhos da AMP. Na verdade, sendo certo que o contrato prevê atualização do valor a pagar aos operadores, também prevê penalizações no valor a pagar em função do não cumprimento dos serviços”.

Neste seguimento a DORP do PCP considerou que “não é a AMP que deve pagar mais aos operadores, mas os operadores que devem receber menos por não estarem a cumprir os serviços contratualizados. Face ao exposto e atendendo aos inúmeros problemas que se arrastam ao longo destes dez meses de operação, indissociáveis da impreparação e incompetência com que a AMP conduziu este processo, tendo em conta a decisão tomada por essa Comissão Executiva, a Direção da Organização Regional do Porto do PCP solicitou à Comissão Executiva Metropolitana do Porto esclarecimentos sobre: tem a Comissão Executiva Metropolitana do Porto quantificação dos serviços não cumpridos pelos operadores? Como pensa fazer cumprir o contrato, designadamente em relação às penalizações previstas por incumprimento de serviços desde o início da operação? Que medidas tem em curso para resolver com urgência os problemas que tanto afetam os utentes e se arrastam, inaceitavelmente, há 10 meses, com falhas nos serviços, incumprimento de horários, percursos que não correspondem às necessidades e horários por divulgar?”.