“A FESTA DA FLOR É UM DOS EVENTOS ÂNCORA DA RIBEIRA GRANDE”

Fundada na década de 90, enche a Ribeira Grande de cor, mais assiduamente, desde 2015, altura em que Alexandre Gaudêncio, durante o exercício da sua liderança à frente dos destinos do concelho, decidiu ressuscitar o evento. As flores são as rainhas, no fim de semana anterior às Festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres e são milhares as pessoas que participam e assistem à festividade, que conta com o envolvimento de todas as Juntas de Freguesia e forças-vivas locais. Por ser um dos eventos âncora da cidade, dinamizar a economia local e levar além-fronteiras o nome da Ilha de São Miguel, através do turismo, a Festa da Flor venceu o Troféu Tradição & Inovação 2021, do Jornal AUDIÊNCIA. Em entrevista exclusiva a este órgão de comunicação, o edil ribeiragrandense falou sobre este evento ímpar que, depois de dois anos de pandemia, vai voltar a colorir a cidade. Assumindo que a cultura é uma das maiores bandeiras deste executivo, Alexandre Gaudêncio mencionou, ainda, todos os eventos que vão impulsionar o concelho, durante este ano que será “o melhor das nossas vidas”.

 

 

Qual é a história e a relevância da Festa da Flor da Ribeira Grande?

A Festa da Flor foi iniciada no final da década de 90, pelo executivo camarário, com o propósito de dar resposta a alguma dinâmica cultural, que fazia falta, aqui, na cidade. Esta iniciativa, depois, caiu em esquecimento e não foi realizada pelas edilidades seguintes, praticamente, durante cerca de dez anos, pelo que foi retomada, por nós, em 2015. Esta festa, para nós, tem dois significados. Em primeiro lugar, representa termos, aqui, como já referi anteriormente, alguma dinâmica cultural, sem esquecer, também, uma vertente religiosa e, por outro lado, também, aproveitando o calor da primavera e o florescimento de novas espécies relacionadas com a flora local, nós quisemos dar, aqui, um colorido diferente à nossa cidade, iniciando os festejos culturais, antes do início do verão, propriamente dito. Nós, desde que reiniciamos, em 2015, este processo da Festa da Flor, que só foi interrompida devido à pandemia, quisemos dar-lhe uma componente religiosa, desde logo, com a proximidade às Festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada, que, todos os anos, arrastam milhares de pessoas e, principalmente, emigrantes. Como tal, a Festa da Flor coincide, sempre, com o fim de semana anterior às Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, precisamente, para aproveitar este maior fluxo que se vê na ilha, de pessoas que vêm propositadamente para aquela festa e, depois, também quisemos inserir, no âmbito da Festa da Flor, uma procissão, que é em honra do Senhor Santo Cristo dos Terceiros, que é uma figura, que existe, aqui, na nossa cidade e que é muito venerada pelos ribeiragrandenses. Curiosamente, foi esta imagem que começou a vida religiosa da Madre Teresa da Anunciada, que é a grande figura impulsionadora das Grandes Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, desde 1700, até esta parte. Neste seguimento, podemos afirmar que a Festa da Flor da Ribeira Grande alia uma componente mais profana aos festejos tradicionais das nossas gentes, que irão ter o habitual figurino no sábado, dia 14 de maio, com o desfile de carros alegóricos, em representação de todas as Juntas de Freguesia e instituições do nosso concelho. Já no domingo, dia 15, decorrerá, então, a procissão, com a componente mais religiosa, que quisemos associar à festa. Posso dizer-lhe, ainda, que esta iniciativa tem sido um enorme sucesso, atraindo muitas pessoas à Ribeira Grande.

 

De que forma é que esta celebração se distingue de tantas outras, que enaltecem a flor e ocorrem a nível nacional?

Acima de tudo, nós queremos dar uma componente muito local a esta festa, retomando algumas tradições locais e, aí, pedimos sempre a colaboração das nossas freguesias e das nossas instituições, que, à volta do tema que, este ano, será “Renascer”, caracterizam os seus carros alegóricos. O mote deste ano, tem como principal intuito reforçar a importância de recomeçarmos, depois deste período mais conturbado da pandemia. Recordo que, em torno da flor, propriamente dita, há uma forte componente local e tradicional, uma vez que, alguns carros alegóricos evidenciam desde a apanha do chá ou do trigo, aos moinhos de água. Portanto há, aqui, uma componente local, sem copiar modelos de outros locais, que nós não queremos que desapareça, porque, ao fim e ao cabo, quem nos procura e, principalmente, quem está de visita à ilha, quer perceber como é que nós vivemos e quais são os nossos costumes e tradições. A Festa da Flor também tem uma forte dinâmica comercial e empresarial. Nós vamos ter, aqui, muitos comerciantes, mais ligados ao ramo das flores, que estarão a enfeitar, literalmente, o nosso Largo, fazendo, também, o seu negócio, porque o intuito destas festas é que possam possibilitar a circulação e melhoria da nossa economia local e, depois, também, com uma componente mais focada para a animação, com a participação de grupos locais tradicionais e outros grupos de música mais moderna, dando, aqui, um figurino que nós achamos que, depois deste período conturbado da pandemia, pode ser o arranque de um grande verão, que se perspetiva, e que do nosso ponto de vista, poderá ser o melhor de sempre, ao nível da visibilidade e de turistas, que nos vêm visitar.

 

Numa altura em que o mundo está a começar a regressar ao quotidiano pré-covid-19, acredita que, à semelhança das edições anteriores, os emigrantes voltarão a ser, com certeza, uma presença forte e assídua na Festa da Flor deste concelho?

Nós temos essa expectativa, ao avaliarmos, principalmente, pelo número de reservas, que, agora, por exemplo, durante a altura da Páscoa já se viam. Portanto, há, aqui, uma grande perspetiva de que, por altura desta Festa da Flor, também, a própria ilha e o concelho, em particular, estejam repletos de pessoas, que estão a visitar esta localidade, não só devido à própria festa, em si, mas, também, devido à proximidade às Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Portanto, nós temos essa expectativa e, como disse, estamos, aqui, com uma perspetiva bastante otimista, daquilo que será, não só esta festa, mas, também, o resto do verão e é, por isso, que a autarquia está a apostar, fortemente, numa dinâmica cultural, para atrair, o máximo de tempo possível, quem está de visita à Ilha de São Miguel.

 

Dois anos depois, a Festa da Flor vai regressar às ruas do concelho, entre os próximos dias 12 e 15 de maio. O que está programado para assinalar a edição deste ano? De que forma é que se diferenciará das anteriores?

Voltar ao figurino normal de festa de rua, literalmente. Nós, nos últimos dois anos, devido aos constrangimentos da pandemia, realizamos a Festa da Flor, quase exclusivamente, via online, em formato digital. Este ano, iremos realizar esta festa no formato que era conhecido até à pandemia, com várias exposições, que vamos inaugurar durante esses dias, em vários sítios e para vários públicos, na nossa cidade. Na quinta-feira, no dia 12, à noite, vamos ter um concerto de música clássica, no Teatro Ribeiragrandense. Na sexta-feira, dia 13, vamos ter a abertura da própria Feira da Flor, desta festa, em frente aos Paços do Concelho, com muita animação de rua, protagonizada por grupos locais e com a abertura, também, do tradicional tapete de flores, que, este ano, com o tema “Renascer”, também promete ser único e irá ter, no mínimo, 10 mil flores, um número que, ainda, estamos a contabilizar. Este tapete arrasta, sempre, muitas pessoas, quer para tirarem fotografias, ou contemplarem esta obra magnífica, que ficará em frente aos Paços do Concelho. No sábado, dia 14, vamos ter um dos pontos altos desta festa, que contempla o tradicional cortejo alegórico, a partir das 16h30, e que contará com, pelo menos, dez carros alegóricos de várias freguesias e instituições e terá, no mínimo, mil figurantes, à semelhança da última edição que se realizou antes da pandemia, que irão representar, dignamente, as suas localidades. Nesse mesmo dia, à noite, vamos ter um concerto da Orquestra Ligeira da Ribeira Grande, que, também, promete animar bastante o serão. No domingo, dia 15, a partir das 16 horas, vamos ter uma missa solene, com a saída da imagem do Santo Cristo dos Terceiros, que sairá da Igreja de São Pedro, na Ribeira Seca, até, aqui, ao, então, Museu Vivo do Franciscanismo, na Ribeira Grande, um momento que será prolongado com mais animação e abrilhantado pela Filarmónica Aliança dos Prazeres, do Pico da Pedra.

 

De que forma é que a população vai poder voltar a viver esta tradição?

Acima de tudo, com o figurino normal. Como referi anteriormente, neste momento, em que, praticamente, todas as restrições já caíram, a nossa ideia é conviver e fazer com que as pessoas possam ir para a rua, usufruir de toda a animação que vai invadir a Ribeira Grande, para além das excelentes condições que vamos recriar, aqui, em frente aos Paços do Concelho. Nós ansiamos que as pessoas possam conviver, consumir no comércio tradicional, nos cafés e restaurantes à volta da respetiva festa, porque o nosso intuito, com esta dinâmica cultural, é sempre aumentar o contributo para a economia local, o que, para nós, também é sinónimo de vivacidade e, acima de tudo, de atratividade do concelho, como nos pretendemos que seja a Ribeira Grande.

 

Recentemente agraciada com o Troféu AUDIÊNCIA 2021, na XVII Gala deste órgão de comunicação, a Festa da Flor é um dos eventos âncora da cidade. De que modo leva além-fronteiras o nome do concelho da Ribeira Grande e da Ilha de São Miguel?

Posso dizer-lhe que foi uma honra ter recebido esta distinção, desde logo, porque foi um ano bastante atípico, devido às restrições da pandemia, como já mencionei, e tivemos de nos reinventar, não deixando morrer a festa. Claro que, privilegiámos, durante o ano passado, que esta festa tivesse uma componente mais digital, do que propriamente física e, agora, também, fruto deste reconhecimento pelo AUDIÊNCIA, podemos, também, aproveitar esta distinção para divulgar, ainda mais, a nossa cidade e o nosso concelho. A Festa da Flor, como disse e bem, acaba por ser um dos eventos âncora e nós estamos muito empenhados, para retomarmos essa normalidade. Como disse, será o primeiro grande evento, depois destes períodos conturbados da pandemia e, agora, vamos, também, ver qual será a abertura das pessoas para esta retoma. Por aquilo que temos recolhido de contributos, há uma grande expectativa, para que as pessoas possam, novamente, conviver, retomar a sua vida normal e, por isso é que a autarquia, tem, durante este ano de 2022, uma aposta muito clara, neste tipo de eventos, para atrair as pessoas ao nosso tecido empresarial local.

 

Por conseguinte, podemos afirmar que esta festa tem um impacto muito positivo na economia local.

Tal e qual. Aliás, este ano, à semelhança dos anos anteriores, queremos monitorizar, qual é que será o impacto. Mas, o que é facto é que, depois, à volta desta festa, é muito curioso ver que os cafés e os restaurantes têm uma lotação acima da média e que os próprios turistas, que estão cá na ilha, tendem a passar na Ribeira Grande e a ficar cá mais tempo. Portanto, há, sem sombra de dúvidas, um retorno económico direto, para a economia local.

 

Considerando que a cultura é uma das maiores bandeiras deste executivo, que eventos já estão agendados para este ano?

Logo a seguir à Festa da Flor, nós vamos empenhar-nos em retomar, novamente, as tradicionais festas do concelho, que são as Cavalhadas e Marchas de São Pedro. As Cavalhadas representam um evento único, em particular, porque é uma iniciativa que é celebrada há quase 500 anos e há, também, aqui, uma grande expectativa. Nós já realizamos uma primeira reunião com a organização e posso dizer-lhe que estamos à espera de mais de uma centena de participantes neste desfile de cavalos, que se vai realizar no dia 29 de junho. Também, em relação às Marchas de São Pedro, que irão sair à rua, precisamente na véspera do feriado, a 28 de junho, há, aqui, uma grande expectativa, com nove marchas que sairão à rua, todas elas do concelho da Ribeira Grande, o que será, pela primeira vez, um número record, só de machas do nosso concelho. Logo a seguir, durante o verão, nós vamos apostar na Feira Quinhentista, que já é um evento âncora da nossa cidade e decorrerá de 13 a 17 de julho. Teremos, também, no final de julho, um festival de música, o RFM Beach Power, que, também, é um evento muito procurado pelas classes mais jovens e, durante o mês de agosto, vamos ter, aqui, dois eventos importantes, o primeiro é o Summer CEmp, que é promovido pela Comissão Europeia, em Portugal, e que irá trazer 30 jovens de vários países da Europa, com muitos oradores convidados, também, de renome, cujos nomes ainda não são conhecidos, mas que promete, também, colocar a Ribeira Grande no centro da Europa, ao nível da juventude. Terminando, depois, o verão com o Azores Burning Summer, que é um festival, também, de música, mas mais ligado às questões da sustentabilidade e da ecologia. Portanto, nós achamos que este é um programa bastante atrativo, recheado de grandes momentos, como já disse, sempre com esta preocupação de colocar a Ribeira Grande no mapa e trazer as pessoas, para a nossa cidade.

 

Acredita que, este verão, os turistas regressarão em maior número à Ribeira Grande? Que condições reúne este território que o distingue de tantos outros?

Essencialmente, a expectativa é muito alta, porque estamos a avaliar, também, pelo número de reservas que já começaram a cair, quer na nossa hotelaria, quer ao nível de voos, em particular, aqui, para a Ilha de São Miguel e que estão com uma taxa muito acima da média, comparativamente com aquele que foi um grande ano, como foi o de 2019. Só para que tenha uma ideia, neste momento, nós temos mais 20% de voos, do que havia em 2019, portanto só isso representa um acréscimo muito significativo ao nível de pessoas, que vêm cá à ilha e, ao nível da hotelaria, posso dizer-lhe que, neste momento, as reservas estão completamente preenchidas, se bem que há sempre uma oportunidade em cima da hora. Mas, a expectativa, como já referi, é muito grande e muito positiva. Como disse, as pessoas estão ansiosas para poderem retomar a sua vida normal e, agora, cabe às autarquias, nomeadamente, aqui, à Ribeira Grande, poder responder a essa expectativa, criando, em prática, um programa cultural, como o que eu estou, aqui, a demonstrar, que possa atrair as pessoas à nossa cidade, para consumirem no nosso comércio local. É sempre essa a nossa preocupação.

 

Para além da dinâmica e programação cultural, qual é a sua estratégia para o desenvolvimento turístico da Ribeira Grande?

Nós temos apostado muito na divulgação e, principalmente, agora, nos últimos tempos, através das redes sociais. A autarquia está a fazer uma clara aposta no digital, através do Facebook e, também, do Instagram, para chegar a um público cada vez mais jovem e, principalmente, um público que nos interessa, com algum valor acrescentado. Nós não queremos atacar, pura e simplesmente, o público de massas, porque achamos que, aqui, a nossa terra, pode diferenciar-se pelo turismo de qualidade e é com essa intenção que temos, aqui, já um plano de comunicação bem montado, que está junto de operadores turísticos, quer locais, quer fora de portas, para promover, precisamente, aquilo que se vai passar na Ribeira Grande, nos próximos meses. E, como já mencionei, essa expectativa é bastante alta. Vamos, agora, começar a supervisionar estes investimentos que temos vindo a fazer, que são apostas que saem, nomeadamente, do Orçamento Municipal, mas não tenho dúvidas nenhumas de que têm um retorno direto na economia local e isto é uma grande preocupação da autarquia. Depois dos tempos conturbados que os nossos empresários viveram, principalmente na área da restauração e da hotelaria, é importante, agora, dar um novo impulso, com esta dinâmica cultural. Portanto, nós vamos, agora, monitorizar, sempre com esta boa expectativa, reforçando, novamente, que estamos a colocar, aqui, uma perspetiva muito elevada, apontando, claramente, que este poderá ser o melhor ano de sempre, ao nível das visitas no nosso concelho. O desenvolvimento turístico do concelho passa pela divulgação das nossas tradições, onde a Festa da Flor faz parte de um dos nossos eventos âncora. Acreditamos que é através da cultura, que podemos trazer mais pessoas à Ribeira Grande, principalmente ao nível do turismo. Esta é uma dinâmica através da qual nós acreditamos que podemos voltar a ter resultados positivos muito interessantes.

 

Neste âmbito e com o intuito de preservar a identidade, costumes, tradições e raízes, o Alexandre Gaudêncio tem estreitado relações com as várias cidades-irmãs do concelho que lidera. Recentemente, esteve na cidade de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, e brevemente muitas outras visitas se realizarão. De que forma é que estas ligações podem beneficiar tanto os ribeiragrandenses, como os açorianos que estão espalhados pelo mundo?

Este tema das cidades-irmãs, para nós, assume uma relevância cada vez maior. É certo que, às vezes, estes protocolos de geminação não saem do papel e, também, temos de reconhecer que que temos de fazer mais trabalho, do que meramente assinar um documento que, depois, fica, literalmente, esquecido, pelo que a nossa intenção é, pelo menos, neste novo mandato, reatar estas ligações entre as cidades-irmãs. Como sabe, eu estive pessoalmente, muito recentemente, na cidade de Porto Alegre, no Brasil, onde fiz convites oficiais às instituições públicas daquela cidade, para virem cá, durante o nosso feriado municipal, que se assinala a 29 de junho. Posso revelar-lhe, em primeira mão, levantando a ponta do véu, que foi com bastante agrado que o nosso convite foi muito bem recebido e que estamos só à espera da confirmação, para que um dos oradores convidados da nossa sessão solene possa ser, inclusivamente, de Porto Alegre. Aproveitando estas relações com as cidades-irmãs, nós também já temos a confirmação da presença de uma cidade-irmã de Cabo Verde, que é a Ribeira Grande, que fica na Ilha de Santiago, no nosso feriado municipal, o que, para nós, tem, aqui, uma dimensão internacional muito positiva, uma vez que é uma forma de divulgarmos a nossa cidade fora de portas, atraindo, aqui, um público totalmente diferente e com um potencial de crescimento muito interessante. Por exemplo, só a cidade de Porto Alegre tem 1,5 milhões de pessoas, o que significa que, se nós conseguirmos chegar a 1% daquela população, poderemos ter cá 15 mil pessoas, o que, para nós, teria um impacto completamente diferente nos nossos números e é com essa expectativa, aproveitando, também, o AUDIÊNCIA, que me permitiu estar pessoalmente em Vila Nova de Gaia, num convívio promovido por este órgão de comunicação com o presidente da Câmara Municipal de Gaia e inúmeras instituições gaienses, onde fui muito bem recebido. A Ribeira Grande quer convidar todos, em particular o público do Norte do país, principalmente de Gaia, Porto, Gondomar, Matosinhos e Trofa, para nos vir visitar, assim que o desejarem, com a certeza de que serão recebidos de braços abertos.

 

Quais são as suas perspetivas para o futuro do concelho da Ribeira Grande?

As expectativas, como referi anteriormente, são bastante altas. Claro que, agora, estamos focados em querer liderar uma dinâmica cultural na ilha, como tínhamos até à pandemia, e isto faz-se como este tipo de eventos, como os que estivemos, aqui, a relatar. Com certeza que, agora, os tempos serão novos e vamos ver qual será a reação das pessoas. Porém, há uma perspetiva muito positiva, para que a Ribeira Grande volte a ser o concelho dinâmico, que era até à pandemia. Obviamente que, isto tudo é feito, sempre, com rigor, competência e com pés e cabeça, como nós costumamos dizer. Nada disto é feito ao acaso, mas sim de acordo com uma estratégia de planeamento, muito bem definida, aquando da preparação dos nossos planos e orçamentos. Mas, tenho a certeza e tenho a convicção de que este é o caminho que nós queremos, para que o nosso setor empresarial possa rejuvenescer, ter novamente a preponderância que tinha até à pandemia, pelo menos é com esta intenção que nós trabalhamos, para que a Ribeira Grande volte a ser, como já o é, um concelho de futuro e um concelho dinâmico, no qual as pessoas gostam de viver. Eu tenho a expectativa de que 2022 será o melhor ano das nossas vidas.

 

Qual é a mensagem que gostaria de transmitir?

Queria aproveitar esta oportunidade para convidar todas as pessoas a visitarem a Ribeira Grande, quer seja na Festa da Flor, como durante todo o ano. Nós temos, aqui, muitas atividades que estamos a desenvolver. A aposta clara no surf, ou não fossemos a Capital do Surf, e temos vários eventos que irão decorrer durante este ano. A própria dinâmica cultural, as festas das freguesias e do concelho, que também são muito características do nosso povo. Portanto, ao fim e ao cabo, pretendo convidar a visitarem a Ribeira Grande. Os Açores, e em particular a Ribeira Grande, têm-se afirmado como um destino turístico de excelência e nós queremos aproveitar esta “onda”, para atrairmos cada vez mais pessoas e, desta forma, dinamizarmos a nossa atividade cultural e economia local.