A nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), liderada por Paulo Macedo, só deverá tomar posse em fevereiro. O processo de transição aguarda ainda a avaliação do Banco Central Europeu (BCE) à lista de administradores e não deverá ter ’luz verde’ antes do final de janeiro, revelou ao Jornal Económico fonte próxima do processo.
A transição da gestão da Caixa vai, assim, demorar mais algumas semanas, depois de o ministro das Finanças ter desdramatizado o vazio de poder na Caixa e esperar um ok do BCE à equipa de Paulo Macedo durante esta semana.
O calendário de Frankfurt surge depois de, na semana passada, o ministro das Finanças ter avançado, em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, que a decisão poderia estar para breve, dado que os nomes da equipa de Paulo Macedo já teriam sido “testados”.
A lista enviada para Frankfurt inclui um dos nomes que já tinha sido avaliado aquando da nomeação de António Domingues: João Tudela Martins, que tinha a seu cargo o pelouro do risco no banco público. A equipa inclui ainda José João Guilherme, ex-gestor do BCP e Novo Banco; Maria João Carioca, ex-líder da bolsa portuguesa e que regressa à administração da Caixa; Francisco Cary; Nuno Martins; e José Brito, diretor central da CGD.
“Espero ter esse processo concluído nos próximos dias. Por próximos dias, eu diria que seria no decorrer da semana que vem, mas também gostava de frisar que é um processo que não depende do Governo, não depende do acionista”, referiu Mário Centeno a 4 de janeiro.
Paulo Macedo prepara-se para assumir a liderança da CGD, depois de Domingues ter recusado ficar até à entrada do seu sucessor, tendo a necessidade agudizado-se porque atualmente o banco público encontra-se a meio gás, quase em gestão corrente.
JF