COLÉGIO DE GAIA OFERECEU UM JANTAR DE HOMENAGEM ÀS DUAS EQUIPAS QUE SE SAGRARAM CAMPEÃS NACIONAIS

O Colégio de Gaia organizou a Gala das Campeãs, que decorreu no Restaurante Sancho Panza, em Vila Nova de Gaia, com o objetivo de distinguir as conquistas das equipas sénior e júnior de andebol feminino, com a respetiva entrega das faixas de campeãs nacionais. O evento contou com a presença de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, de Manuel Monteiro, vereador da Câmara Municipal de Gaia, e de Albino Almeida, presidente da Assembleia Municipal de Gaia.

A Gala das Campeãs realizada pelo Colégio de Gaia permitiu enaltecer as conquistas da equipa sénior de andebol feminino que obteve o título de Campeão Nacional da 1ª Divisão e venceu a Taça de Portugal, e da equipa júnior de andebol feminino que conseguiu o título de Campeão Nacional de Juniores, através da atribuição, às atletas, das respetivas faixas de campeãs nacionais.

Padre António Barbosa, diretor do Colégio de Gaia e presidente do CDE CG, afirmou ao AUDIÊNCIA, aquando da celebração, que este “evento é o culminar de mais um ano de trabalho, que se tem vindo a solidificar no Colégio de Gaia” e “é o culminar de todo um trabalho que há décadas se faz no Colégio de Gaia não só no desporto a nível geral, mas, particularmente, no andebol”.

As conquistas “engrandecem o Colégio de Gaia, como é óbvio. Nós devemos ser das poucas escolas em Portugal que têm um projeto de desporto tão forte quanto nós, neste caso muito concreto, ainda mais numa área que até há bem pouco tempo não era tão tida em conta como hoje será, que é o facto de ser andebol feminino”, sublinhou o diretor do Colégio de Gaia, destacando que “é importante para o Colégio, como é óbvio, e é importante para o Município, porque o Município vê aqui alguém, neste caso, uma equipa que leva o nome de Gaia fora”, porque “a equipa sénior vai participar nas competições europeias e alguns jogos fora de Portugal irão acontecer.

O coordenador do Andebol Feminino do Colégio de Gaia, Jorge Tormenta, explicou ao AUDIÊNCIA que “nós nos últimos 5 anos tivemos quase sempre a mesma equipa e isso permitiu irmos sendo cada vez melhor equipa. Nós, há 4 anos, fomos à final da Taça de Portugal e fomos vice-campeões. Em 2017, fizemos dobradinha. Em 2018, só não fizemos isso porque as lesões atrapalharam, mas mesmo assim, fomos à final da Taça e fomos vice-campeões e, este ano, voltamos à dobradinha. Associado a isso nos escalões jovens nós também fomos bicampeões em 2016 e em 2017, tanto em juvenis como em juniores, e fomos, agora, campeões em juniores. Portanto, há um privilegio de ter um conjunto de jogadoras que são apaixonadas pela prática da modalidade, que são apaixonadas pelas condições que o Colégio de Gaia pode oferecer, porque o grande esforço que o Colégio faz é em ter as melhores condições possíveis para que quer professores quer alunos se sintam realizados e consigam superar os seus objetivos, as suas metas, através do trabalho dedicado e nós não temos jogadoras profissionais, mas temos jogadoras que se comportam como se fossem profissionais e, por isso, treinam todos os dias e isso não é fácil”.

Jorge Tormenta salientou que “nós, atualmente, já estamos na quarta geração. Tivemos a primeira que foi campeã nacional em 1991. Tivemos uma segunda, que venceu a Taça de Portugal e a Supertaça em 1998. Tivemos uma terceira que foi 5 vezes vice-campeã nacional consecutiva em 2007. E agora esta geração que foi campeã em 2017 e em 2019. Portanto, é um grande orgulho ter estes mecanismos e que as jogadoras jovens estudantes consigam construir o seu sonho e consigam utilizar as condições que nós podemos oferecer”. 

Paula Castro, treinadora do Colégio de Gaia, contou ao AUDIÊNCIA que a diferença está “no trabalho realizado por elas, pois queriam sempre mais, sempre com as limitações porque elas são estudantes e por vezes tinham de faltar devido aos exames, mas era o mínimo dos mínimos quando isso acontecia. Este trabalho permitiu ter estes êxitos e esta equipa sénior é o fruto desse trabalho de quatro anos”.

No que respeita a participação nas competições europeias, a treinadora do Colégio de Gaia revelou que “as competições europeias são um prémio para elas” e são “mais uma participação”, porque “nós já temos muitas, se não me engano já estamos no numero de 70 ou pouco mais, mas a sensação é de sempre querer mais e é sempre de dar às próximas gerações a possibilidade de jogarem com equipas mais fortes e de poderem crescer ainda mais com essas equipas”, garantindo que as atletas “querem, cada vez mais, atingir outros patamares”.

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, fez questão de marcar presença na Gala das Campeãs, organizada pelo Colégio de Gaia, e referiu que “eu tenho dito, e não é por hipocrisia, que os títulos são meramente acessórios”, uma vez que “o trabalho que fazem pela formação para mim vale pelos títulos. Eu sei que isto parece um chavão dizer, mas é mesmo o que eu acredito”, assegurando que “para mim, os títulos são sempre um acréscimo. O Colégio tem a nossa consideração e o nosso empenho independentemente dos títulos. Claro que, os títulos são a cereja no topo do bolo e, portanto, ficamos sempre muito contentes, ainda por cima, porque eles também trabalham para isso, mas o que eu quero dizer é que quando por alguma razão não houver títulos a consideração que o Município tem pelo trabalho que eles estão a fazer será igual”.

O autarca garantiu ainda que “o que os clubes e as jogadoras fazem é levar o nome de Gaia ao pódio nacional, ainda por cima no desporto no feminino que tem sido, infelizmente, uma área não suficientemente valorizada” a aproveitou a ocasião para ressaltar que o Município vai continuar a apostar para garantir formação desportiva, porque a Câmara Municipal de Gaia acredita que “o desporto escolar está mais representado nos clubes do que efetivamente na educação física nas escolas, sobretudo na tenra idade e quando fazemos esse esforço, cumulativamente, os resultados tendem a aparecer quando há condições e eu estou convencido de que se não houvessem equipamentos e apoios e etc., não haviam seguramente resultados e não havia tanta gente empenhada e envolvida nisto. Nós estamos a fazer isto com a prata da casa, não estamos a fazer isto com outsourcing”.