FESTEATRO: GALA DE ENCERRAMENTO CULMINOU COM UMA HOMENAGEM À ATRIZ ALZIRA SANTOS

A Gala de Encerramento do Festeatro – VIII Festival de Teatro Amador de Vila Nova de Gaia foi organizada pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, decorreu no Auditório Municipal de Gaia e contemplou uma homenagem à atriz Alzira Santos. Este evento contou com a presença de Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia, Paula Carvalhal, vereadora da Câmara Municipal de Gaia, e coletividades e entidades locais.

O Festeatro foi criado pela Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia (FCVNG), tendo em vista a promoção do teatro amador realizado no município e do trabalho que é desenvolvido pelas coletividades gaienses. A oitava edição desta iniciativa decorreu desde o dia 20 de outubro até ao dia 30 de novembro, no Auditório Municipal de Gaia, e incluiu a apresentação de nove peças, que foram interpretadas por sete coletividades do concelho.

A Gala de Encerramento deste Festival começou com um momento teatral, que foi protagonizado pelo ator António Soares através da interpretação de um excerto da peça “O Vagabundo das Mãos de Oiro”. Seguidamente, deu-se início à homenagem à atriz Alzira Santos, que começou com o discurso de José Manuel Araújo, membro da Federação Portuguesa de Teatro, que falou sobre a agraciada e afirmou que “muitos dos presentes conhecem a Alzira como atriz e proclamadora, mas atrevo-me a dizer que, possivelmente, ninguém saberá que ela foi encenadora”.

Também Ilda Figueiredo, presidente da direção do Conselho Português para a Paz e Cooperação, fez questão de declarar que “creio que conheço a Alzira há mais de 40 anos”, acrescentando que “a Alzira e o Mário Santos eram duas figuras importantes no teatro” e ressaltando que “mas eu conheço a Alzira também como professora, uma mulher sempre dedicada aos seus alunos, à educação, sempre com grandes preocupações culturais, sociais e sempre com uma alma tão grande como o mundo”.

Neste seguimento, Paulo Rodrigues, presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, explicou que “a razão da escolha da homenageada é e sempre será premiar uma personagem com fortes ligações à arte, mais propriamente ao teatro. A atriz Alzira Santos desde muito cedo se destacou nos palcos que pisou. Foi uma grande intérprete e é justamente reconhecida pelas suas qualidades abrangentes. Contracenou e conviveu com grandes nomes da cultura e do teatro em especial. Pelos êxitos alcançados, pelo exemplo transmitido, pela qualidade do seu trabalho nos palcos por onde passou, pela sua paixão e dedicação ao teatro, a Alzira Santos é digna e merecedora da homenagem que hoje lhe prestamos”.

E foi neste contexto que a atriz Alzira Santos subiu ao palco, enaltecendo que “eu nunca pensei que alguma vez me ia acontecer uma coisa destas, que alguém se ia lembrar de que eu tinha feito estas coisas” e salientando que “foi tão importante o meu trabalho nas coletividades como a minha formação académica”.

“Eu continuo a dizer aos jovens que comigo privam que é muito importante o trabalho das coletividades”, referiu a homenageada, alteando que “é muito importante o trabalho das coletividades e é muito importante que se valorize o trabalho das coletividades”.

A atriz terminou o seu discurso agradecendo “simplesmente este reconhecimento público que me deixa muito emocionada e quero dizer que continuem, porque com as pessoas é que nós vamos trabalhando no nosso pequeno mundo e vamos fazendo, eu acredito, um mundo maior e melhor”.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia, Patrocínio Azevedo, fez questão de marcar presença na Gala de Encerramento do Festeatro e lançou, a propósito da homenagem feita pela FCVNG a Alzira Santos, um repto à atriz, desafiando-a “a preparar, juntamente com coletividades de Avintes, uma peça para inaugurarmos muito em breve o Teatro Almeida e Sousa. É uma conquista do município, é uma conquista da Junta de Freguesia, mas, é, sobretudo, um desejo dos avintenses”.

Neste contexto, a vereadora do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gaia, Paula Carvalhal, também mencionou que “é realmente uma homenagem muito merecida e a Alzira realmente materializa e simboliza toda esta entrega das pessoas que fazem parte do mundo associativo, o gosto que têm, a capacidade de abdicarem de si, sendo elas inteiras e entregando-se completamente. Muito honra a sua homenagem, muito honra ter feito da sua casa o teatro e que ainda hoje continua”, declarando que “nós vamos continuar a fazer teatro em Vila Nova de Gaia”.

A entrega de troféus e diplomas de participação às coletividades que pisaram o palco do Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia, no âmbito da oitava edição do Festeatro, também foi um dos pontos altos da noite. Assim, a Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia distinguiu os Plebeus Avintenses, a Associação Recreativa de Canelas, a ACRAV, o Sporting Club Candalense, a Abientes, o Grupo Cénico da Paróquia de Oliveira do Douro e a TEAGUS.

O presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia revelou ainda, no contexto da sua intervenção final, que “esta edição do Festeatro foi participadíssima. Tivemos uma média de 250 espectadores aqui no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia, tivemos sessões com lotação esgotada, pessoas que reclamaram porque, de facto, não puderam assistir porque a lotação da sala já estava esgotada e, portanto, o público também está de parabéns por ter comparecido em força ao teatro. Esta edição do Festeatro visou dar continuidade ao trabalho de divulgação e promoção do Teatro Amador em Vila Nova de Gaia, tarefa iniciada em 2006 pela então designada Associação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, presidida pelo ilustre dirigente associativo António Fundevila Moreira, mais tarde na direção presidida pelo senhor Cesar Oliveira foi dada a continuidade ao Festeatro. Queremos enaltecer a dedicação, altruísmo, trabalho árduo, amizade, companheirismo, amor ao teatro de todos aqueles que semanalmente nas nossas coletividades desenvolvem esta atividade. Com os olhos postos no futuro, é com enorme satisfação que assinalamos a participação de dezenas de jovens, garantia da continuidade do Teatro Amador, fruto da aposta realizada em muitas coletividades de Vila Nova de Gaia. Tiveram a oportunidade de assistirem a três peças de teatro infantojuvenil, todas elas com imensa qualidade, que nos surpreenderam. Foi motivador para estes jovens terem o privilégio de exibir o seu trabalho naquela que é por excelência a melhor sala de espetáculos do nosso concelho, o Auditório Municipal de Gaia. A todos os atores, atrizes, encenadores, autores, caracterizadores, aderecistas, luminotécnicos, figurinistas, cenógrafos, dramaturgos, sonoplastas, contrarregras e pontos, desejamos as maiores felicidades e sucessos. Continuem a acreditar nesta arte, continuem a representar e a viver paixões, amores, desamores, alegrias, tristezas, mas com a certeza de que terão sempre o nosso apoio”.

Por conseguinte, César Oliveira, presidente da Assembleia Geral da FCVNG, sublinhou que “o trabalho que a Federação das Coletividades faz, mais do que federar, não é isso que nos interessa, é fazer trabalho, é entusiasmar as coletividades, responsabilizá-las e valorizá-las e ao valorizar as nossas coletividades e os seus dirigentes estamos a valorizar uma sociedade melhor”.