GALERIA COSTA GANHA MAIS ARTE COM O FRINGE

Durante o festival internacional de artes, Azores Fringe, dezenas de artistas conheceram a MiratecArts Galeria Costa. Um quilómetro de arte, entre a paisagem da cultura da vinha, arbustos e floresta: instalações, pinturas, esculturas e locais de interesse com o objetivo de desenvolvimento de arte na natureza, podem ser visitados pelo público, a qualquer hora, porque a galeria é literalmente ao ar livre.

“É um terreno com mais de 20 mil metros quadrados para experimentação e uma experiência a não perder” diz Terry Costa, o diretor artístico da MiratecArts. “Aqui, os artistas podem desenvolver novos projetos inspirados pela natureza, incentivados por temas da nossa terra e deixá-los para o resto do mundo apreciar.” E, assim, acontece todo o ano, mas em especial durante o Azores Fringe.

Nesta temporada, a Galeria Costa ganhou novas intervenções. A “Saia da Barrica” foi a peça construída pelos participantes do Projeto Tricô, incluindo uma dúzia de mulheres do Pico e ainda uma peça especial tricotada pelo Steven Vieira, luso-canadiano que visita anualmente a ilha dos seus antepassados.

A Colombiana Camila Galofre construiu “Utopia Pessoal”, uma peça de land-art que abrange mais de 300 metros quadrados de floresta.

O Canadiano David Swartz passou um fim de semana no Pico, suficiente para dar seu contributo com a peça “Whales on Ladders”, instalada no meio da vinha.

O picuense Manoel Costa construiu uma peça que vai desde a pintura à escultura, assim, dando vida à “Gruta do Cagarro”.

O português Guilherme Gamito voltou à ilha, pela segunda vez, deixando “Wishing Wall” na parede de reforço da Estrada Regional.

“Tás co’olho” é a segunda intervenção do Coletivo Nora, na ilha do Pico. Os artistas oriundos de Águeda, cidade geminada com a Madalena, já têm uma peça no Jardim dos Maroiços. O principal foco deste novo trabalho foi a criação de um local de fruição para a vinha, com a montanha do Pico em pano de fundo, assim, enquadrando na Galeria Costa. Recorrendo ao uso do bloco de betão e gabião com pedra vulcânica da ilha, a escolha do amarelo como principal cor, cria um contraste sobre o preto dominante da paisagem.

“Clayjelly” foi uma experiência de transferência fotográfica acrílica, usando pedaços de telha de barro quebradas, encontradas na vila da Madalena. As luas geleias são fotos capturadas em Toronto, mas as espécies são encontradas nas águas do Pico. “Durante a minha estadia nos Açores, conheci muitas pessoas com história ou família em Toronto, então acho que estas peças se sentirão em casa na MiratecArts Galeria Costa”, explicou a artista Jessica Lin.

A MiratecArts Galeria Costa também incentiva a escrita. Vários escritores açorianos já se expressaram com as suas palavras sobre algumas das instalações, ou mesmo a propriedade em geral, como a Helena Pereira que nos deixou o poema “pelos caminhos…” que será montado na entrada da propriedade.