II BIENAL INTERNACIONAL DE ARTE DE GAIA SUPERA EXPETATIVAS

O primeiro dia da 2ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2017 superou todas as expetativas da organização. Meio milhar de pessoas visitaram o evento que está patente no pavilhão maior da Fercopor e que engloba 18 exposições.

Na cerimónia de inauguração, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, salientou a importância deste evento na afirmação de Gaia como polo cultural e prometeu empenho total do município a um evento que “ajuda a consolidar a ideia de abertura de Gaia ao mundo”.

“Não entendo Gaia como a Conímbriga do Porto. Não quero que nos visitem como uma cidade em ruínas”, afirmou o autarca, acrescentando que a Bienal “contribui para renovar a identidade do concelho” e prometendo que, caso seja reeleito, irá “reforçar a parceria com o Centro Empresarial Fercopor, para fazer nascer no antigo pavilhão da Coats & Clark um centro de arte”.

Durante a inauguração Eduardo Vítor Rodrigues entregou ainda a Medalha de Mérito Municipal Cultural e Científico, Grau Ouro, à pintora Graça Morais que apresentou uma exposição de 42 obras. “Agora, ficarei ligada a Gaia para sempre. Agradeço poder participar numa manifestação cultural desta dimensão”, acrescentou a pintora.

 

 

Já Agostinho Santos, diretor da Bienal, aproveitou o momento para lembrar “todos os que trabalharam para colocar de pé esta obra de obras”, agradecendo também aos artistas e curadores “que se preocuparam em criar exposições de qualidade” e aos trabalhadores da Câmara de Gaia “pois esta Bienal também é deles”.

Também presente no evento esteve António Ponte, diretor geral de Cultura do Norte, que defendeu que “este tipo de eventos serve para reforçar a rede cultural do norte e do país”. “Nota-se que a Bienal de Gaia cresceu muito. Já se solidificou e seguramente irá ajudar o concelho a tornar-se um polo cultural”, rematou.

No mesmo dia foram ainda inauguradas mais três exposições, duas na Biblioteca Municipal de Gaia e outra no Convento Corpus Christi. Já no dia a seguir, foram inauguradas as exposições “Guilherme Camarinha Homenagem” e “JOB”, de José Rodrigues, na Fundação Escultor José Rodrigues, no Porto, totalizando assim 23 exposições para visita.

Neste polo do Porto, os visitantes podem conhecer 12 obras de Guilherme Camarinha, quase todas da coleção da família, pelo que Armando Coelho, curador desta mostra, a define mesmo como “uma exposição de afetos pessoais”.
O professor e historiador também se referiu à exposição “JOB”, de José Rodrigues, como sendo de “afetos sociais”, já que, a seu ver, “são desenhos dedicados a quem sofreu para o bem dos outros”, justificando assim a “oportunidade desta exposição numa bienal de causas”.

Agostinho Santos recordou nesta ocasião “o incentivo de José Rodrigues para fazer nascer a Bienal”, tendo sido uma das primeiras pessoas com quem conversou, e o facto de admirar a obra de Guilherme Camarinha. “Só por isso, estas exposições juntas já se justificavam”, referiu.

Além destas 23 exposições, há também outras nove exposições, no Mosteiro de Grijó em Gaia e em Gondomar, Barcelos, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira, Monção, Seia e Figueira da Foz.