Numa cerimónica simbólica que se realizou no auditório municipal, em Montalegre, foram tratados o Acordo de Transferência de Competências de Gestão do Centro de Formação Agrícola da Aldeia Nova do Barroso, o Protocolo do Centro para a Valorização do Barroso – Património Agrícola Mundial – ValorBarroso e o Contrato de Consórcio para o Centro ValorBarroso. Todos os envolvidos acabaram por salientar a importância da investigação e da ciência na sustentabilidade do território, e no caso específico de Montalegre e Boticas, para o desenvolvimento do interior.
O auditório municipal em Montalegre recebeu a cerimónia de assinatura do consórcio para o desenvolvimento do Centro para a Valorização do Barroso – Património Agrícola Mundial – ValorBarroso, no seguimento da operacionalização dos projetos para o Património Agrícola Mundial.
A cerimónia foi presidida por Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e contou, entre outras individualidades, com as presenças da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa (por videoconferência), do Secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, e da Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira. Também representantes das instituições parceiras do projeto marcaram presença, como Municípios de Montalegre e Boticas, ADRAT, CIMAT, Instituto Politécnico de Bragança, Fundação para a Ciência e a Tecnologia e DSTelecom.
O momento simbólico conjugou três pontos: o Acordo de Transferência de Competências de Gestão do Centro de Formação Agrícola da Aldeia Nova do Barroso; o Protocolo do Centro para a Valorização do Barroso – Património Agrícola Mundial – ValorBarroso; e o Contrato de Consórcio para o Centro ValorBarroso.
Inicialmente foi assinado o Acordo de Transferência de Competências de Gestão do Centro de Formação Agrícola da Aldeia Nova do Barroso, entre a Direção-Geral do Tesouro e Finanças e o Município de Montalegre. De seguida, teve lugar a apresentação pública, pelo Diretor de Filatelia dos CTT, Raul Moreira, dos selos alusivos a este reconhecimento pela FAO. Procedeu-se à assinatura do Protocolo para a Valorização do Barroso – Património Agrícola Mundial e do Consórcio para o Centro ValorBarroso. Aqui foram divulgadas as linhas orientadoras e os principais objetivos deste projeto, que acarreta uma grande importância para a sustentabilidade do território.
Orlando Alves, Presidente da Câmara de Montalegre disse que este “foi um dia memorável para Barroso”, referindo ainda que “o protocolo celebrado, que envolve a Fundação para a Ciência e Tecnologia, vai proporcionar trabalhos de investigação para que sejam trabalhadas ideias para o território, nomeadamente na área dos produtos biológicos”. O autarca mostrou-se entusiasmo pela mais valia que a ciência e a investigação na área representam para a população e terminou dizendo que “ver esta colaboração é algo que nos deixa com a firme convicção de que estamos a trabalhar bem em prol da nossa comunidade. Juntos temos muita força”.
Já Manuel Heitor, Ministro de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, deixou bem claro que “instalar um centro de investigação no Barroso, entre Montalegre e Boticas, para estudar os sistemas agroindustriais da região é extremamente importante”. O ministro salientou ainda que são projetos como estes que dão nome às cidades que os lideram. “Temos que trazer conhecimento para que dê mais sustentabilidade a este território. Queremos dar oportunidades e colocar Barroso no mapa do Mundo”, concluiu Manuel Heitor, sendo que a sua colega, Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, concordou e reforçou a ideia de que “o desenvolvimento do nosso Interior só é possível diversificando a sua base económica com ciência, com tecnologia, trabalhando em rede e com estratégias de eficiência coletiva”. “Um dos principais motivos para a distinção deste território SIPAM é o facto da agricultura ser desenvolvida em perfeita sintonia com os ecossistemas locais, preservando a sua biodiversidade. Estamos a falar de sustentabilidade”, acresceu Ana Abrunhosa.
Miguel Cruz, Secretário de Estado do Tesouro, assumiu que queria “projetos com uma natureza sustentável de rentabilização e aproveitamento dos edifícios e que permitam ter uma abordagem de aproveitamento dos espaços públicos”, assim sendo diz que este projeto agora formalizado é “um exemplo a ser seguido por outras regiões e para outros ativos”.
A Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, começou por dizer que se encontra “de coração cheio”, e deixa para daqui a alguns anos o deslumbre dos resultados que vão conquistar com este projeto. “Daqui a uns anos vamos ver o impacto transformador destes projetos que vão mudar o Interior. É essencial garantir a presença de fibra em todo o território para podermos atrair pessoas e empresas”, referiu.
Já Fernando Queiroga, Presidente da Câmara de Boticas, assumiu que não tinha palavras para descrever a importância do momento. “Vamos dando passos seguros para que este território tenha futuro e consiga atrair mais gente e esteja mais capacitado. Boticas e Montalegre estão de mãos dadas neste desidrato e estão de mãos dadas neste objetivo. Temos a vontade e a certeza do valor que tem esta região”, verbalizou, feliz.
O Presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Orlando Rodrigues, disse que todos se sentem um pouco lavradores ou pedreiros da obra, mas foi também a pensar na melhoria da vida da comunidade que disse que “temos a consciência de que temos o valor das pessoas e os recursos, como aqui acontece, conseguimos valorizá-los para atingir o desenvolvimento e qualidade de vida das populações”.