“SE NÃO FOSSE O POVO DA RIBEIRINHA, NÃO CHEGÁVAMOS LÁ”, GARANTE ANA FEIJÓ GAUDÊNCIO

A Marcha Popular da Ribeirinha participou no Desfile de Marchas de São João das Sanjoaninas, que aconteceu na noite de 23 para 24 de junho. Uma viagem inesquecível para todos os marchantes, que trabalham todo o ano para manter a marcha viva.

 

 Desde 2010 que a Marcha Popular da Ribeirinha representa a sua freguesia por onde quer que passe. Uma iniciativa de Ana Feijó Gaudêncio, nascida e criada naquele lugar, que explica como começou esta aventura: “antigamente dançava nas marchas da Ribeira Seca com o Alexandre [Gaudêncio], mas achava que podia fazer uma marcha na minha freguesia porque esta é extremamente dinâmica! Os anos foram passando e arrancámos em 2010”.

 Este ano os marchantes voltaram a rumar até à ilha Terceira, onde participaram pela terceira vez consecutiva no tradicional Desfile de Marchas de São João, incorporado nas Sanjoaninas. O convite foi feito num encontro de presidentes de Câmaras Municipais, como explica a responsável pela marcha, num desafio por parte do Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo ao Presidente da Câmara Municipal de Ribeira Grande. Após lançar, por sua vez, o desafio aos marchantes, estes aceitaram e propuseram-se a trabalhar para angariar fundos para a viagem.

 Desde a venda de malassadas, jantares de angariação ou o porco no espeto, a imaginação é o limite para fazer as atividades que lhes permite adquirir a quantia suficiente para conseguirem manter a marcha e fazer a viagem. Ana Feijó Gaudêncio vai mais além, e garante que “se não fosse o povo da Ribeirinha, não chegávamos lá”. São essas as “pessoas que vão aos jantares e que nos compram as coisas”, a par dos benfeitores que a marcha tem.

 Este foi mais um objetivo conquistado pelos 60 marchantes que compõem a Marcha Popular da Ribeirinha que, este ano, para comemorar a sua 10.ª edição, decidiram dedicar o tema da marcha ao padroeiro. “Ribeirinha e o seu Santo Padroeiro em Festa” tem música de António Feijó e letra de Álvaro Feijó e filhos. A coreografia e a indumentária foi idealizada por Ana Gaudêncio Feijó e pelos restantes marchantes, sendo as roupas costuradas pela vila-franquense Aurélia Medeiros.