SERAFIM GONÇALVES (CN POVOENSE ACUMULA TROFÉUS COM PERSISTÊNCIA

Não obstante os frequentes constrangimentos competitivos provocados pela Pandemia Covid, quem gosta verdadeiramente de praticar desporto descobre sempre a “janela” de oportunidades que surge para ludibriar o cenário “desértico” que tal perturbação tem provocado nos mais diversos sectores da sociedade. Porém, o velejador Serafim Gonçalves, que pratica a modalidade há mais de quatro décadas, metade das quais em representação dos poveiros do Naval Povoense, tem sido exemplo de perseverança em prol da modalidade que transporta no coração.

    Desde as mais amistosas organizações locais, às iniciativas que ocorrem além-fronteiras (eventos europeus e mundiais), na vela tradicional (o “laser-standard” hoje designada de ILCA 7), com destaque para as constantes regatas da Comunidade Autónoma da Galiza, a presença de Serafim Gonçalves é sempre um nome a ter em conta. O seu mais recente triunfo ocorreu numa prova “doméstica”, em cenário que tão bem conhece – a bacia de Leixões – ao vencer de forma incontestável, a 1ª Prova do Campeonato Regional, organizada por um “emblema” que também representou, o Sport Clube do Porto. Num universo competitivo de seis regatas agendadas, Gonçalves não deu hipóteses e foi primeiro em todas elas, obtendo o primeiro patamar do pódio, com 5 pontos, seguido do anfitrião Jorge Ferrer, com 9. Porém, neste mesmo cenário, o laserista do clube poveiro também tinha ganho a regata organizada pelo CVA (Clube de Vela Atlântico), embora tivesse que “suar as estopinhas” para superar a oposição do anfitrião Miguel Pessanha, que não lhe deu tréguas.

    Outro ponto alto de Serafim Gonçalves na presente época, ocorreu na Regata Social do Náutico de Sanxenxo (Galiza), com a obtenção do segundo lugar da geral, numa prova pontuável para o Campeonato de Espanha, com um segundo lugar e dois terceiros. Em Sanxenxo, o vencedor foi Roque Viejo, do Marítimo de Oza, que venceu as três regatas concretizadas, enquanto Serafim Gonçalves foi segundo, à frente de António Gaona, do Náutico de Vigo. Os três primeiros do pódio obtiveram, respectivamente, três, oito e dez pontos.

     Quanto à ex-denominada classe “laser radial (agora ILCA 6), cuja diferença reside na menor superfície da vela do barco, Serafim Gonçalves não venceu, mas também foi ao pódio. O triunfo foi para a Gran Canária, através da sua velejadora Marina Cacho, que totalizou 19 pontos, seguida da individual Ana Moncada, com 21, enquanto Gonçalves fechou o pódio com idêntica pontuação.